Ficção & Realidade: falar de blogues na primeira pessoa – 1ª parte
Um fim-de-semana perfeito, para mim, é para descansar ao máximo, fazer o mínimo indispensável, e divertir-me o melhor que posso. Parecendo que não, tentar fazer estas três coisas em dois dias, além de dar bastante trabalho, requer um certo savoir-faire. Mas, como no último sábado, tive alguns problemas de “agenda”, depois de fazer o jantarinho fora, da praxe, com a minha mulher, em vez de irmos beber mais um copo a “qualquer lado”, voltámos para casa mais cedo que o costume.
Antes de me ir refastelar no sofá da sala a ver um filmezinho desconhecido que no regresso levantei no Blockbuster, abri uma garrafinha de vinho tinto, servi dois copos, e passei pelo PC, só para ver como “paravam as modas” no «Geração Rasca» (GR). Para minha surpresa, constatei que o número de visitas estava bastante mais elevado do que era habitual, para um sábado. A última vez que tal fenómeno tinha sucedido, foi quando o Filipe, do infelizmente já meio-morto «Blogue de Esquerda», fez um post sobre o «GR». Das duas uma, ou o significativo aumento de visitas durante a semana se estava finalmente a estender, também, ao fim-de-semana, ou então, algum blog conhecido, teria escrito um post com um link para o «GR».
Desta feita, por pura e incontrolável curiosidade, comecei a correr rapidamente todos os links da frame «Outros Blogues», que se encontram todos posicionados na parte direita do layout do «GR» logo por baixo da frame com os «Arquivos». Começando pelo primeiro, blog a blog, fui lendo todos os primeiros posts de cada um deles. Não encontrando nada daquilo que procurava, fechava a janela e clicava no próximo link, acedendo de imediato ao blog seguinte. Quando, finalmente, entrei no «Indústrias Culturais», reparei que o Professor Rogério Santos tinha colocado por lá um post, onde referia o «GR», com um link para uma estória que eu vinha escrevendo sobre o Colóquio, «Falar de Blogues». Estava, pelo menos, parcialmente justificado o aumento das visitas no «GR».
O pior, foi quando me lembrei que tinha escrito algumas coisas no post que não seria suposto o Professor ler. “Bem... está feito, está feito!”, pensei eu. Já não havia nada a fazer. Nem sequer valia a pena recortar algumas partes do texto, pois ainda seria “pior a emenda que o soneto”. De qualquer das formas, o Professor parecia ter achado alguma graça à minha estória, e isso é que merecia ser destacado.
Contudo, como estava a pensar escrever a quarta parte da estória no dia seguinte (domingo), e logo um capítulo em que o Professor Rogério iria ter um certo protagonismo, comecei-me a sentir bastante constrangido por saber que o Professor poderia vir a ler aquilo que eu iria escrever sobre ele. Embora já tivesse elaborado um esboço do resto da estória na minha cabeça, o mais provável, agora, era não me conseguir abstrair deste “pequeno“ [grande] pormenor.
Para piorar ainda mais a situação, enquanto ainda me encontrava sentado em frente ao computador, recebi um simpatiquíssimo e-mail de José Carlos Abrantes a dizer que se estava a divertir muitíssimo com a minha estória.
Isto só podia ser um complô organizado para me estragar a minha linda estórinha.
Mas, como para a minha mulher, “blog” é uma onomatopeia provocada por um súbito mal-estar, achei melhor, naquela noite, deixar-me de bloguiçes e ir ver o tal filmezinho.
(continua...)
Antes de me ir refastelar no sofá da sala a ver um filmezinho desconhecido que no regresso levantei no Blockbuster, abri uma garrafinha de vinho tinto, servi dois copos, e passei pelo PC, só para ver como “paravam as modas” no «Geração Rasca» (GR). Para minha surpresa, constatei que o número de visitas estava bastante mais elevado do que era habitual, para um sábado. A última vez que tal fenómeno tinha sucedido, foi quando o Filipe, do infelizmente já meio-morto «Blogue de Esquerda», fez um post sobre o «GR». Das duas uma, ou o significativo aumento de visitas durante a semana se estava finalmente a estender, também, ao fim-de-semana, ou então, algum blog conhecido, teria escrito um post com um link para o «GR».
Desta feita, por pura e incontrolável curiosidade, comecei a correr rapidamente todos os links da frame «Outros Blogues», que se encontram todos posicionados na parte direita do layout do «GR» logo por baixo da frame com os «Arquivos». Começando pelo primeiro, blog a blog, fui lendo todos os primeiros posts de cada um deles. Não encontrando nada daquilo que procurava, fechava a janela e clicava no próximo link, acedendo de imediato ao blog seguinte. Quando, finalmente, entrei no «Indústrias Culturais», reparei que o Professor Rogério Santos tinha colocado por lá um post, onde referia o «GR», com um link para uma estória que eu vinha escrevendo sobre o Colóquio, «Falar de Blogues». Estava, pelo menos, parcialmente justificado o aumento das visitas no «GR».
O pior, foi quando me lembrei que tinha escrito algumas coisas no post que não seria suposto o Professor ler. “Bem... está feito, está feito!”, pensei eu. Já não havia nada a fazer. Nem sequer valia a pena recortar algumas partes do texto, pois ainda seria “pior a emenda que o soneto”. De qualquer das formas, o Professor parecia ter achado alguma graça à minha estória, e isso é que merecia ser destacado.
Contudo, como estava a pensar escrever a quarta parte da estória no dia seguinte (domingo), e logo um capítulo em que o Professor Rogério iria ter um certo protagonismo, comecei-me a sentir bastante constrangido por saber que o Professor poderia vir a ler aquilo que eu iria escrever sobre ele. Embora já tivesse elaborado um esboço do resto da estória na minha cabeça, o mais provável, agora, era não me conseguir abstrair deste “pequeno“ [grande] pormenor.
Para piorar ainda mais a situação, enquanto ainda me encontrava sentado em frente ao computador, recebi um simpatiquíssimo e-mail de José Carlos Abrantes a dizer que se estava a divertir muitíssimo com a minha estória.
Isto só podia ser um complô organizado para me estragar a minha linda estórinha.
Mas, como para a minha mulher, “blog” é uma onomatopeia provocada por um súbito mal-estar, achei melhor, naquela noite, deixar-me de bloguiçes e ir ver o tal filmezinho.
(continua...)
5 Comments:
Fixe. Nova "estória".
Caro André,
Essa do "blog" ser «uma onomatopeia provocada por um súbito mal-estar» está muito bem apanhada. Isto saiu da tua cabeça, ou tiras-te de algum lado?
Não te deixes NUNCA condicionar pela audiência.
Se escreveres com a alma és verdadeiro e toda a gente entende. acho que o fazes. Não mudes :)
Qual era a marca do vinho? Preciso de saber todos os pormenores, todos! :)
Dinada,
Mas tu achas que estes gajos são condicionados por alguma coisa? Para isto parecer um manicómio só faltava cá eu.
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