Falar pouco e dizer muito
Quando Cavaco Silva apresentou a sua candidatura, os seus adversários políticos e a generalidade dos analistas e media, concluíram que o seu programa pecava por se assemelhar a um programa de governo, tal era a vastidão da matéria abarcada.Uns dias mais tarde, Cavaco Silva foi claríssimo quando afirmou que na sua opinião o Presidente da República não se deve limitar a ouvir, numa resposta, inconfundivelmente, dirigida a Mário Soares.
Nas entrevistas que vem concedendo aos mais diversos media, vem sendo bastante explícito quanto à forma como, caso seja eleito, pretende exercer a sua magistratura, inclusivamente, salientou a forma original como pretende utilizar o veto presidencial.
Quanto a mim, os seus esclarecimentos têm sido mais que suficientes para entender a forma como pretende exercer o seu mandato. Lamentavelmente, o mesmo não posso dizer dos outros candidatos que, ou se limitam a reafirmar que Cavaco Silva não fala, ou a trocar “mimos” pouco dignificantes entre eles… e pouco mais. Por isto, não me espanta que se façam desentendidos quanto às ideias que Cavaco Silva vem defendendo publicamente. O que me espanta, é a evidente falta de argumentos políticos que Soares, Alegre, Jerónimo e Louçã vêm dando mostras diariamente.
Em comparação com os outros candidatos, talvez Cavaco Silva fale um pouco menos, mas vem dizendo muito, muito mais.

2 Comments:
Concordo plenamente.
É caso para dizer que os outros candidatos "falam, falam..."
E um gaijo fica chateado, ah pois fica!
:D
O problema é que os outros candidatos não dizem nada de interessante (que tenha a ver com as eleições)e ainda por cima fazem-se de chateados e apontam o dedo ao Cavaco que é o único que fala realmente em presidenciais.
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