O julgamento de Nuremberg Bagdahd
Já sei que hoje devia escrever sobre a candidatura de Cavaco Silva. Afinal, é um daqueles acontecimentos que têm a bizarra propriedade de parecerem significativos quando, na verdade, são provavelmente inconsequêntes.
Em vez disso, vou abordar outro dos assuntos candentes nos media. Não é o furacão Wilma, nem o 'suicídio' de Ghazi Kanaan, nem sequer a cimeira entre Mahmoud Abbas e Bush, e muito menos a saborosa história do rapto de Rory Carroll no Iraque.
Comento antes o julgamento dos vencedores sobre os vencidos. E as críticas que se podem ler nos media. A verdade é que enquanto em 1945 e 1989, o povo alemão não foi capaz de julgar os seus ex-ditadores, que em 2001 o povo jugoslavo teve que entregar o seu ex-ditador para julgamento em Haia, porque estava, básicamente, falido, os iraquianos, muito embora sob a sombra, eventualmente ameaçadora, mas protectora, do poder militar americano, conseguem reunir a coragem suficiente para julgar o seu ex-ditador. E, contrariamente à habitual justiça expedita entre vencedores e vencidos, até dão a Saddam todas as oportunidades de insultar quem o julga.
Tal como os vencedores julgam os vencidos, também os vencidos julgam os vencedores. Em Nuremberg poucos foram os que duvidaram da culpa dos vencidos. Esperemos que o mesmo se passe em Bagdahd. Os iraquianos, pela coragem que mostram diariamente, merecem-no.
Em vez disso, vou abordar outro dos assuntos candentes nos media. Não é o furacão Wilma, nem o 'suicídio' de Ghazi Kanaan, nem sequer a cimeira entre Mahmoud Abbas e Bush, e muito menos a saborosa história do rapto de Rory Carroll no Iraque.
Comento antes o julgamento dos vencedores sobre os vencidos. E as críticas que se podem ler nos media. A verdade é que enquanto em 1945 e 1989, o povo alemão não foi capaz de julgar os seus ex-ditadores, que em 2001 o povo jugoslavo teve que entregar o seu ex-ditador para julgamento em Haia, porque estava, básicamente, falido, os iraquianos, muito embora sob a sombra, eventualmente ameaçadora, mas protectora, do poder militar americano, conseguem reunir a coragem suficiente para julgar o seu ex-ditador. E, contrariamente à habitual justiça expedita entre vencedores e vencidos, até dão a Saddam todas as oportunidades de insultar quem o julga.
Tal como os vencedores julgam os vencidos, também os vencidos julgam os vencedores. Em Nuremberg poucos foram os que duvidaram da culpa dos vencidos. Esperemos que o mesmo se passe em Bagdahd. Os iraquianos, pela coragem que mostram diariamente, merecem-no.
5 Comments:
Não me parece que a independ~encia dos iraquianos em tal julgamento seja muito extensa. E se o condenarem à morte, também não será um início muito auspicioso. Bem pelo contrário.
não está mal de todo, mas...
Do Teu Filho
Viva Pedro,
Gostei da abordagem, e, para além do mais, estamos em perfeita sintonia.
Espero sinceramente que este julgamento contribua para a acalmia no Iraque, contudo, a atitude de Saddam em tribunal está a ser quanto a mim surpreendente e a criar muitos problemas aos americanos e ao governo iraquiano.
Também me parece que a Administração Bush está virada agora para outras frentes...Nuclear Diplomacy
Um abraço,
Correcção: Espero sinceramente que o final do julgamento coincida com o inicio de uma época de maior acalmia no Iraque. :)
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