Mas os nossos políticos não têm vergonha?
Conforme refere a Ana Clara Quental no post seguinte, neste dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, ficámos a saber que Portugal é o país da União Europeia com o maior fosso entre ricos e pobres.
No nosso país 12,4% da população activa vive apenas com 374 euros por mês (+600.000 portugueses), e 7,2% destes "activos" estão desempregados; 26,3% dos reformados recebem menos de 200 euros por mês; 79,4% da população activa não terminou o ensino secundário; as 100 maiores fortunas portuguesas representam 17% do PIB – 22,4 mil milhões de euros; 10.800 pessoas têm rendimentos superiores a 816 mil euros anuais; e, o mais grave disto tudo: nos últimos 10 anos estes números não sofreram qualquer alteração.
Curiosamente – ou talvez não - nos últimos 10 anos tivemos como Chefe de Estado o presidente Jorge Sampaio, e quatro (des)governos.
Apesar de já termos uma carga fiscal elevadíssima, a nossa Segurança Social (SS) gasta menos com cada português que os restantes Estados da União Europeia. Em 2001, por exemplo, a SS gastou apenas 56,9% do que habitualmente gastam os nossos parceiros europeus.
Quanto a mim está visto que o nosso sistema está completamente podre.
No estado lastimável em que estão as coisas, continuo sem perceber – digo eu que sou ingénuo - porque é que os nossos governos teimam em persistir defender alguns "direitos adquiridos" que para além de só estarem a agravar a situação, também não primam - em nada - pela moralidade.
É o caso das pensões milionárias que são pagas a muito “boa gente” (normalmente políticos ou gestores públicos) que nunca fizeram nada por as merecer, nem precisam delas para sobreviverem. Servem exclusivamente para levarem uma vida repleta de luxos imerecidos e que não se adequam em nada ao nível geral de vida da maioria esmagadora dos portugueses. Convém não esquecer que estas reformas milionárias são pagas pelos portugueses.
Segundo creio, o sistema nacional de pensões foi criado com o intuito de garantir uma reforma condigna a todos os portugueses e não com o objectivo de pagar reformas milionárias e bilionárias a alguns políticos e gestores públicos.
Não entendo porque é que não se cria um tecto máximo para o valor da pensão que pode ser paga - do tipo, 8 vezes o ordenado mínimo nacional -, pois, suponho, que quem recebe reformas milionárias já deve ter amealhado muito dinheiro durante toda a sua vida, e por isso, nem sequer os afecta receberem “somente” 8 vezes um ordenado mínimo nacional como reforma.
Este tecto no valor das pensões deveria ser aplicado inclusivamente a todos aqueles que já estão a beneficiar delas, pois não pode ser só a «Geração Rasca», e as seguintes, as únicas a serem prejudicadas.
Se há crise, então que seja para todos, igualitariamente.
No nosso país 12,4% da população activa vive apenas com 374 euros por mês (+600.000 portugueses), e 7,2% destes "activos" estão desempregados; 26,3% dos reformados recebem menos de 200 euros por mês; 79,4% da população activa não terminou o ensino secundário; as 100 maiores fortunas portuguesas representam 17% do PIB – 22,4 mil milhões de euros; 10.800 pessoas têm rendimentos superiores a 816 mil euros anuais; e, o mais grave disto tudo: nos últimos 10 anos estes números não sofreram qualquer alteração.
Curiosamente – ou talvez não - nos últimos 10 anos tivemos como Chefe de Estado o presidente Jorge Sampaio, e quatro (des)governos.
Apesar de já termos uma carga fiscal elevadíssima, a nossa Segurança Social (SS) gasta menos com cada português que os restantes Estados da União Europeia. Em 2001, por exemplo, a SS gastou apenas 56,9% do que habitualmente gastam os nossos parceiros europeus.
Quanto a mim está visto que o nosso sistema está completamente podre.
No estado lastimável em que estão as coisas, continuo sem perceber – digo eu que sou ingénuo - porque é que os nossos governos teimam em persistir defender alguns "direitos adquiridos" que para além de só estarem a agravar a situação, também não primam - em nada - pela moralidade.
É o caso das pensões milionárias que são pagas a muito “boa gente” (normalmente políticos ou gestores públicos) que nunca fizeram nada por as merecer, nem precisam delas para sobreviverem. Servem exclusivamente para levarem uma vida repleta de luxos imerecidos e que não se adequam em nada ao nível geral de vida da maioria esmagadora dos portugueses. Convém não esquecer que estas reformas milionárias são pagas pelos portugueses.
Segundo creio, o sistema nacional de pensões foi criado com o intuito de garantir uma reforma condigna a todos os portugueses e não com o objectivo de pagar reformas milionárias e bilionárias a alguns políticos e gestores públicos.
Não entendo porque é que não se cria um tecto máximo para o valor da pensão que pode ser paga - do tipo, 8 vezes o ordenado mínimo nacional -, pois, suponho, que quem recebe reformas milionárias já deve ter amealhado muito dinheiro durante toda a sua vida, e por isso, nem sequer os afecta receberem “somente” 8 vezes um ordenado mínimo nacional como reforma.
Este tecto no valor das pensões deveria ser aplicado inclusivamente a todos aqueles que já estão a beneficiar delas, pois não pode ser só a «Geração Rasca», e as seguintes, as únicas a serem prejudicadas.
Se há crise, então que seja para todos, igualitariamente.
4 Comments:
Onde é que se viu a crise ser para todos? Democracia nem na doença.
Já sabemos que a crise não é para todos, mas não brinquem com o nosso bolso. Se querem reformas milionárias... vão ao totta.
Infelismente André, os nossos políticos não têm vergonha, mas nós continuamos a votar nesta gentalha.
Estás enganado! As pensões foram criadas pelos políticos e para os políticos encherem os seus próprios bolsos à custa da maralha.
A resposta à tua pergunta inicial é obviamente,"não!". Mas não te estou a dar novidade nenhuma. :)
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