sexta-feira, julho 22, 2005

SE A MEMÓRIA NÃO ME FALHA

Se a memória não me falha, no ano passado por esta altura os incêndios também devastavam o país de lés a lés, só que a diferença é que no ano passado a culpa dos incêndios era do governo…

Também foi no ano passado que um ministro se demitiu pouco tempo após ter tomado posse, por divergências de cariz particular – e não por divergências políticas – com o Primeiro-ministro de então. O resultado deste “quiproquó” foi a dissolução da Assembleia da República pelo actual Presidente da República.

Já este ano e em escassos meses conseguimos observar: um Primeiro-ministro a dar o dito por não dito quanto ao aumento dos impostos; um Ministro da Defesa ao lado do Presidente da Republica a confessar as suas reservas quanto à independência nacional; uma Ministra da Educação que demonstrou uma série de dúvidas sobre a questão da jurisdição e competências dos tribunais das regiões autónomas; um Ministro de Estado e das Finanças com incertezas quanto à qualidade do investimento público conjecturado pelo seu próprio Governo; outro Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros embaraçado com os níveis de corrupção que reconhece no país; e ainda um Ministro da Administração Interna que não tem qualquer dúvida sobre um excêntrico relatório policial que concluiu que o que se passou em Oeiras não foi um «arrastão» mas uma «fuga».

Vale ainda a pena relembrar uma primeira tentativa falhada de retaliação política de alguns sectores bem identificados do partido socialista sobre o Procurador-geral da República, com o aval do actual Governo; dos constantes equívocos no Orçamento que culminaram com o bater da porta por parte de Campos e Cunha; na inércia demonstrada perante as declarações claramente xenófobas de Alberto João Jardim; e na tentativa algo burlesca de auto promoção do Professor Freitas à Presidência da República.

Se a memória não me falha, também foi no ano passado que o Presidente Jorge Sampaio deu os seus últimos sinais de “vida”.
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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Agora não há qualquer duvida que Sampaio está a fazer um péssimo segundo mandato.

Tem sido uma vergonha a actuação de um presidente que deveria ser o presidente de todos os portugueses e não só de alguns.

Sofre de uma já indisfarsável partidarite aguda, e o problema é que nem sequer tem vergonha na cara.

quarta-feira, agosto 24, 2005 9:48:00 da tarde  

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