O "CANSAÇO" DE CAMPOS E CUNHA
Por muitas desculpas que se arranjem, parece-me evidente que a sua saída se prendeu com divergências e conflitos de interesses cada vez mais indisfarçaveis que estão a surgir no seio do governo e internamente no partido socialista.
Este episódio é bastante mais grave do que alguns querem fazer crer, pois este governo conta com uma forte base de apoio: uma maioria absoluta parlamentar; um Presidente da República que ao contrário de outros tempos anda muito condescendente e silencioso; uma multidão de opinion makers que pretendem todos os dias e por todos os meios «tapar o sol com a peneira»; um relevante número de apoiantes com cartão rosa que querem manter os "bons empregos" que entretanto lhes arranjaram; e até com o apoio dos portugueses que como eu não acreditam neste governo mas que sabem que o país necessita de estabilidade governativa.
Com esta sólida base de apoio este governo deveria ter a obrigação de governar sem qualquer sobressalto e com um rumo definido, contudo, o Primeiro-ministro José Sócrates parece continuar a vacilar entre a defesa dos verdadeiros interesse do país e os caprichos dos seus camaradas de partido.
Não era isto que eu esperava, assim como não me parece que fosse isto que o povo português esperava de um novo governo saído de eleições antecipadas forçadas por outras «trapalhadas» que, em comparação com as actuais, cada vez me parecem mais umas simples brincadeiras de mau gosto.
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