quarta-feira, março 30, 2011

Responda você mesmo

Facto 1: Portugal encontra-se há vários meses em estado de pré insolvência.
Pergunta 1: Quem é que detém as competências necessárias no nosso
quadro constitucional para tomar as medidas que nos deveriam ter
afastado deste estado de pré insolvência?

Facto 2: O governo de José Sócrates não conseguiu nos últimos seis
anos tomar as medidas necessárias para evitar a situação dramática em
que nos encontramos.
Pergunta 2: Se José Sócrates não conseguiu em seis anos evitar esta
situação vai conseguir agora retirar-nos dela?

Facto 3: Precisamos de ajuda externa para obtermos a liquidez
necessária que nos ajude a sair desta crise.
Pergunta 3: Conseguimos a liquidez necessária para sair desta crise
sem recorrer ao FMI?

Facto 4: Precisamos de um governo credível para voltarmos a obter a
necessária confiança dos mercados/credores.
Pergunta 4: José Sócrates que governou o país nos últimos 6 anos e com
os resultados conhecidos tem essa credibilidade?

Facto 5: Precisamos de um Primeiro-ministro que não seja parte do problema
Pergunta 5: [faça-a você mesmo]
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terça-feira, março 29, 2011

Vou fingir














Vou fingir que José Sócrates não foi Primeiro-ministro de Portugal nos últimos seis anos. Vou fingir que não obteve uma maioria absoluta no seu primeiro mandato. Vou fingir que a responsabilidade de termos a pior média do crescimento económico dos últimos 90 anos, a maior dívida pública dos últimos 160 anos, a maior dívida externa dos últimos 120 anos, e a maior taxa de desemprego dos últimos 80 anos, é da conjuntura internacional e dos partidos da oposição. Vou fingir que só voltámos à divergência económica com a Europa nos mandatos de José Sócrates por mera coincidência, e que os verdadeiros responsáveis são a senhora Angela Merkel e o Durão Barroso. Como nestas coisas do fingimento também não convém abusar, vou fingir que José Sócrates cumpriu meia dúzia de promessas eleitorais. Vou também fingir que o PEC1, PEC2 e PEC3, são imposições do PSD. Vou fingir que o PC4 não foi chumbado por todos os partidos da oposição. Vou fingir que não me chamo André. Vou fingir que não vivo em Portugal. Vou fingir que vou votar José Sócrates. Vou fingir que não escrevi este post.

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domingo, março 27, 2011

Yo no lo creo en brujas pero que las hay las hay

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Cyborg

Benedict Campbell ,Whatever Happened to Baby Jane?
Entre o seu ser, o seu MacBookPro, e o seu iPhone 4, não existem impedimentos. Uma união que impressiona sobremaneira pela extraordinária quantidade de posts que conseguem lançar por hora no ciberespaço, a qualquer momento e em qualquer lugar.
Terabytes de caracteres e imagens que parecem ganhar vida própria quando, em escassos segundos, se desmultiplicam em minúsculos bytes disfarçados de grandiosos Gigabytes, por blogues, facebooks, twitters, rádios, jornais, e televisões – e que assoberbam com relativa facilidade ecrãs e discos rígidos de modesto PC’s Marca Própria adquiridos em suaves trinta e seis prestações na Worten mais próxima.
Posts meticulosamente elaborados, onde nunca é esquecida a necessária fonte em itálico na inclusão da soberba citação do autor consagrado, nem descuidada a imprescindível referência à autoria da deslumbrante imagem digital HD que o adorna, mas onde teimam em fluir concepções obstinadamente esvaziadas pela cruel realidade dos factos.

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sexta-feira, março 25, 2011

Antes que os propagandistas da Manipulação Em Curso as apaguem ou reinterpretem...

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quarta-feira, março 23, 2011

Hino à Alegria

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Para a História

Só falta ficarmos a saber se o Primeiro-ministro José Sócrates é capaz de cumprir, pelo menos, a sua derradeira promessa.

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terça-feira, março 22, 2011

Amanhã é o primeiro dia do resto de nossas vidas

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A morte chega cedo












A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.

Fernando Pessoa

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Crisis? What crisis?

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segunda-feira, março 21, 2011

DESASSOSSEGOS [RELOADED]

Quando nasceu a geração a que pertenço encontrou o mundo desprovido de apoios para quem tivesse cérebro, e ao mesmo tempo, coração. O trabalho destrutivo das gerações anteriores fizera que o mundo, para qual nascemos, não tivesse segurança que nos dar na ordem religiosa, esteio que nos dar na ordem moral, tranquilidade que nos dar na ordem política. Nascemos já em plena angústia metafísica, e plena angústia moral, em pleno desassossego político.

Bernardo Soares, O Livro do Desassossego

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Do Sentimento Trágico da Vida

Não há revolta no homem
que se revolta calçado.
O que nele se revolta
é apenas um bocado
que dentro fica agarrado
à tábua da teoria.

Aquilo que nele mente
e parte em filosofia
é porventura a semente
do fruto que nele nasce
e a sede não lhe alivia.

Revolta é ter-se nascido
sem descobrir o sentido
do que nos há-de matar.

Rebeldia é o que põe
na nossa mão um punhal
para vibrar naquela morte
que nos mata devagar.

E só depois de informado
só depois de esclarecido
rebelde nu e deitado
ironia de saber
o que só então se sabe
e não se pode contar.

Natália Correia, in "Poemas (1955)"

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Estórias irreais

"Quantos de vocês já se deitaram esta semana sem jantar?", pergunta o repórter da CBS a uma plateia repleta de alunos de uma escola secundária em Newton, Iowa. Pensei de imediato: "Que pergunta mais absurda! Numa escola secundária nos Estados Unidos, um repórter a perguntar a adolescentes, na sua maioria caucasianos, quantos deles é que não jantaram durante a semana? O homem está doido!"

Não foi preciso esperar muito para se começarem a ver as primeiras mãos a levantarem-se envergonhadamente. Alguns alunos pareciam tão surpreendidos quanto eu; mas depois de olharem fixamente para as dezenas de colegas que se já encontravam de braço no ar e cabeça baixa, acabaram por lhes seguir o exemplo.

Em privado, um adolescente com cerca de 14 anos explica ao repórter o que é sentir fome: "às vezes quero adormecer rapidamente para não sentir fome, mas o estômago dói-me tanto que não consigo dormir a noite toda".

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quinta-feira, março 17, 2011

Filhos da época

Somos filhos da época
e a época é política.

Todos os teus, nossos, vossos
problemas diurnos e nocturnos
são problemas políticos.

Quer queiras quer não,
os teus genes têm passado político,
a pele um tom político,
os olhos um aspecto político.

O que dizes tem ressonância,
o que calas tem expressão,
seja como for, política.

Mesmo passeando pelo campo,
dás passos políticos
em solo político.

Poemas apolíticos são também políticos
e lá em cima brilha a lua,
unidade que deixou de ser lunar.
Ser ou não ser, eis a questão.
Que questão, diz, querido.
A questão política.

Nem é preciso ser humano
para ganhar importância política.
Chega de seres petróleo,
ração composta ou matéria reciclavel.

Ou a mesa de debate,
cuja forma foi discutida meses a fio:
em que mesa se negoceiam a vida e a morte?
Redonda ou quadrada?

Entretanto pereciam os homens,
morriam animais,
ardiam casas,
tornavam-se os campos bravios
como nos tempos antigos
e menos políticos.


Wisława Szymborska in "Alguns gostam de poesia", Ed. Cavalo de Ferro, 2004, p.211-212

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quarta-feira, março 16, 2011

A estratégia de vitimização do primeiro-ministro continua...

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Mais um Visionário















Abrantes Mendes diz que com ele o Sporting vai «deixar de enfiar barretes»‎. “Não vai de modas”, e apresenta o seu treinador de eleição: S.c.o.l.a.r.i.

Se o principal objectivo do homem é perder as eleições, podia-o fazer em grande estilo... apresentando um contrato já assinado com o Artur Jorge.

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terça-feira, março 15, 2011

1 Milhão no facebook

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Uninstalling

















Imagem de autor desconhecido

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segunda-feira, março 14, 2011

Herói do Chaimite

Como dizia o outro, lá do alto dos seus cinquentas e tais, sessenta e poucos, com uma expressão meio aborrecida, meio enfadada: “Não gosto nada destas conversas das gerações. É um daqueles temas que me chateia!”. Gere adequadamente o silêncio e as rugas na testa, que propositadamente transparecem um ligeiro aborrecimento.
Entre mais um bafo no "puro" Cohiba e um trago de Courvoisier, sente-se inesperadamente aprisionado pela lei da gravidade ao pesado cadeirão. Levanta-se a custo, não conseguindo conter uma indisfarçável manifestação de alívio, e despede-se de todos com um sempre glamoroso, “até amanhã camaradas!”.
O resquício de um invulgar bronzeado de inverno, legado da sua mais recente passagem pelos Alpes Suíços, exalta-lhe o olhar etílico.
Desliza tropegamente em direcção à porta do conhecido restaurante lisboeta, e deixa cair, inadvertidamente, o garrido cravo vermelho que lhe adornava a lapela.
Um jovem paquete fardado a rigor, refém de um sorriso contido, procura salvaguardar a delicada porta centenária à sua passagem. Mesmo à sua frente, a pisar a calçada sempre suja e evasiva do Bairro Alto, aguarda-o um já resignado BMW Série 5 Berlina.

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Não há volta a dar

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Realista Utópico

O clima social degrada-se de dia para dia. Prevê-se que paralisação dos transportadores possa vir a ter um efeito acelerador e corrosivo na presente e débil situação político-económico-social do nosso país.

José Sócrates é parte do problema e não parte da solução. O actual Primeiro-ministro já deu provas, mais que evidentes, de que não tem condições políticas nem capacidade para liderar o governo de Portugal. Neste momento precisamos de estar unidos. Sócrates não tem perfil para unir os portugueses em torno de um projecto comum.

Porém, na delicada situação económico-social em que o país se encontra, também não parece de todo recomendável que se procure antecipar a qualquer custo eleições legislativas – que, quer se queira quer não, podem acabar por dividir ainda mais os portugueses.

Vivemos tempos difíceis, e o próximo governo terá de tomar decisões complicadas, que exigirão um amplo consenso político nacional - o mais alargado possível.

Os protestos de dia 12 por todo o país demonstraram que os jovens, e menos jovens, dos mais diversos quadrantes político-ideológicos e extractos sociais, se encontram disponíveis para lutar juntos por objectivos comuns, e que também existe um forte espírito de solidariedade inter-geracional. Dois exemplos que devem servir de orientação ao próximo governo de Portugal.

Para conseguirmos superar esta[s] crise[s], o próximo governo terá de ser necessariamente, um governo forte e abrangente em termos político-partidários, porque terá de estar munido do Poder necessário para enfrentar alguns dos mais poderosos interesses instalados e profundamente enraizados na sociedade portuguesa; e em simultâneo, procurar acabar, definitivamente, com alguns dos abusivos direitos adquiridos que, em grande medida, são co-responsáveis da profunda crise em que nos encontramos.

Nestas particulares circunstâncias, exige-se, mais do que nunca, que os actuais detentores do poder político, económico e judicial, sejam mais determinados e solidários na resolução dos problemas nacionais; e mais compreensivos com as justas aspirações dos jovens, e menos jovens portugueses, que ordeiramente se manifestaram no passado dia 12 por todo o país.

Já é tempo de, neste país, a Boycracia ceder definitivamente o lugar a uma cultura de Meritocracia, e dos interesses superiores da nossa Pátria se sobreporem irreversivelmente a alguns do mais mesquinhos interesses corporativos.

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Miopia

Não sei de éramos duzentos e cinquenta e sete mil, ou trezentos e setenta e seis mil. Mas uma coisa é certa, éramos muitos e bons.

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domingo, março 13, 2011

Exemplar direito à indignação

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Fórum das Gerações - 12/3 e o Futuro

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Plot Point 2

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Portugal À Rasca

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sábado, março 12, 2011

O pior cego é aquele que não quer ver

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sexta-feira, março 11, 2011

DESASSOSSEGOS [RELOADED]





















Imagem: M.C.Escher, Relativity, 1953

«Pertenço a uma geração - ou antes a uma parte de geração - que perdeu todo o respeito pelo passado e toda a crença ou esperança no futuro. Vivemos por isso do presente com a gana e fome de quem não tem outra casa. E, como é nas nossas sensações, e sobretudo nos nossos sonhos, sensações inúteis apenas, que encontramos um presente, que não lembra nem o passado nem o futuro, sorrimos à nossa vida interior e desinteressamo-nos com uma sonolência altiva da realidade quantitativa das coisas».

Bernardo Soares, O Livro do Desassossego

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Aqui fica uma sugestão

Deveriam pensar seriamente em alterar o vosso nome de "boiada" para "boyada"?

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quinta-feira, março 10, 2011

Mais duas estrelas e acertava no Euromilhões

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Especial Geração P

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quarta-feira, março 09, 2011

Esclarecimento

1. Face a invasão de emails e comentários tipo spam de que temos sido alvo nos últimos dias, e para os visitantes mais distraídos, cumpre-me esclarecer que o blogue Geração Rasca não tem qualquer tipo de ligação ao movimento Geração À Rasca;

2. Quem pretenda contactar ou solicitar mais informações sobre o protesto agendado para o próximo dia 12 de Março, deve visitar o blogue do movimento ou aderir ao evento numa página criada especialmente para o efeito no Facebook;

3. Em nome individual declaro-me solidário com o protesto organizado pelo movimento Geração À Rasca, embora não subscreva na íntegra o seu manifesto;

4. O Geração Rasca é um blogue colectivo mas os posts vinculam única e exclusivamente o seu autor.

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terça-feira, março 08, 2011

Jantar indigesto

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Estou à rasca!

Quero ir à manif dia 12 mas a continuar assim não sei quem organiza o quê e ainda acabo na manif errada.

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Transtorno de personalidade dissociativo

Movimento Geração à Rasca interrompe discurso de Sócrates

Espero que o amável convite de José Sócrates, Secretário-geral do Partido Socialista, se mantenha em aberto até dia 12 de Março, para no final do protesto podermos ir todos jantar à residência oficial do Primeiro-ministro.

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Não se esqueçam de levar tampões para os ouvidos

Porque se o Homens da Luta começam a cantar gritar a manif vai dispersar antes de começar.

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Todos temos um Jel dentro de nós

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O seu a seu dono

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