segunda-feira, novembro 30, 2009

Jorge Jesus desceu à terra...

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Playboys lusitanos no jardim de Inverno

Os Dead Combo não falham. Este encerramento de digressão no jardim de Inverno do S. Luiz um mundo de perdição... entre fados, tangos argentinos, assobios, ressacas mal curadas...não aconselhável a pessoas sensíveis. Venha de lá mais um copo de jack daniels ou de vinho carrascão servido em copo de vidro alto, quer a ASAE queira quer não queira... de preferência servido pelo melhor empregada da casa ;-).

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domingo, novembro 29, 2009

Canções.Mais.Que.Imperfeitas@38

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sábado, novembro 28, 2009

diz que...

Terão vocês ouvido, eventualmente, falar no processo de avaliação de professores?...

Diz que andam em negociações. Diz que os sindicatos até nem parecem descontentes. Diz que o processo vai ser revisto. Diz até que pode ser temporariamente suspenso.

Ai diz?!... É que nas Escolas nada se sabe, e continuamos, por isso, a brincar às avaliaçõezinhas com prazos e calendários afixados para entrega de papéis, dos quais ninguém está interessado no conteúdo...

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sexta-feira, novembro 27, 2009

Oui, chéri, c'est vendredi

Madonna- Celebration

... porque hoje há por aqui alguém que tem algo a celebrar.
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quinta-feira, novembro 26, 2009

Já nem ver para crer é o que era...

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quarta-feira, novembro 25, 2009

Ginjal


Mesmo em frente ao Cais do Sodré, na outra margem, há um sítio que merece um passeio para quem visita Lisboa. Só 10 minutos de Cacilheiro a partir do Cais do Sodré. Este lugar é fantástico. Uma das vantagens de ali ir é usufruir-se do Tejo que é este fantástico espelho gigante que dá aquela luz que toda a gente reconhece a Lisboa.
Fala-se em obras... Espero que não retirem a personalidade àquele local e que intervenham apenas no campo da segurança.
Ao fim da tarde é fantástico ver a cor de Lisboa a mudar. Esta foto é matinal. O último domingo bem cedo.
Venham quanto antes!

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segunda-feira, novembro 23, 2009

Epístolas #1

Aconselho a leitura da carta de Pedro Oom ao crítico literário Palma Ferreira.
O que é isso de ser surrealista não sendo, de não ser sendo ou de não saber se se é ou não é?
E o crítico literário ficou suficientemente esclarecido?
Precisarão os marchantes de escândalo, confusão, espectáculo e sordidez?
Que tipo de perfil se adequará a um surrealista?
Hilariante o tom e digno de uma inteligência de fino recorte literário como já alguém disse um dia, desdizendo não sei bem o quê.

O COELHINHO QUE NASCEU NUMA COUVE
"Era uma vez um coelhinho que nasceu numa couve.
Como os pais do coelhinho nunca mais aparecessem a couve passou a cuidar dele como se do seu próprio filho se tratasse. Com ervilhas tenras que cresciam ao seu redor a couve foi criando o coelhinho dentro do seu seio até que este passou a procurar a sua própria alimentação. O coelhinho, que tinha um coração muito bondoso, retribuindo o afecto que a couve lhe dedicava considerava-a como sua verdadeira mãe. A mãe couve e o seu filhinho adoptivo foram vivendo muito felizes até que um dia uma praga de gafanhotos se abateu sobre aquelas terras. O coelhinho ao ver que aqueles insectos vorazes devoravam tudo o que era verde cobriu com o seu próprio corpo o corpo da mãe couve e assim conseguiu que os gafanhotos pouco dano lhe fizessem. Quando aqueles insectos daninhos levantaram voo os campos em volta passaram a ser um imenso deserto de areias e pedra. O pobre coelhinho, que sempre tinha vivido nas proximidades da sua mãe couve, teve de deslocar-se para muitos quilómetros de distância a fim de procurar comida. Mas já nada havia que se pudesse mastigar naquelas terras. Passaram muitos dias e o pobre coelhinho estava cada vez mais magro mais magro e faminto. Então a mãe couve disse-lhe assim: “Ouve meu filho: é a lei da vida que os velhos têm de dar o lugar aos novos, por isso só vejo uma solução: assim como tu viveste durante algum tempo no meu seio, passarei a ser eu agora a viver dentro do teu. Compreendes, meu filho, o que eu quero dizer?”O pobre coelhinho compreendeu e, embora com grande tristeza na alma não teve outro remédio, comeu a mãe.
[“2 HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS (EMANCIPADAS) QUE ILUSTRAM A DIFERENÇA ENTRE O AMOR FILIAL E O AMOR CONJUGAL” (Também magistralmente dito por Mário Viegas em Humores, 1980)
Actuação Escrita, edição & etc (1980)]"


E a realidade será tão comestível como a mãe couve?

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domingo, novembro 22, 2009

Murais de volta a Lisboa



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Canções.Mais.Que.Imperfeitas@37

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sexta-feira, novembro 20, 2009

Se ao menos ainda fosse possível acreditar na ciência...

Na sua crónica de hoje do jornal SOL José António Saraiva tece longas considerações sobre provincianismos e urbanidades, em desfavor dos primeiros e em pura exaltação étnica dos segundos.
Segundo o director do SOL, no PS venceu o provincianismo e a megalomania; e a sedução pela metrópole fez-se sentir através de certas práticas indesejáveis (imputadas ao provincianismo): inveja, compadrio, amiguismo e assalto a todas as estruturas do poder e do Estado.
Será que o Estado alguma vez foi uma entidade acima de qualquer suspeita? Não terá a sua construção formal sido sujeita a um objectivo visível e a um oculto? Sendo o visível a regulação dos interesses entre os indivíduos e o oculto nem todos terem a possibilidade de defender os seus interesses?
O Estado liberal não deixa de ser uma invenção genial, uma espécie de "Vaticano" nacional e nos seus meandros sempre se construíram legitimidades e imperativos nacionais. Não podemos, no entanto, deixar de ser generosos, alguns interesses foram sendo construídos tensionalmente a favor das classes com menos acesso ao poder.
Contudo, quanto à verdadeira função do Estado, aguardemos pela história para que se faça justiça à verdade, ou para percebermos de como os embustes foram, ao longo dos tempos, apresentados com a aparência política de defesa dos interesses de todos. Não é preciso tecer aqui grandes considerações acerca deste assunto, basta estudarmos um pouco da história ocidental do século XIX e XX.
O que estamos a assistir na comunicação social portuguesa é a uma velha luta entre facções que sempre estiveram mais ou menos presentes, as elites (urbana e a provinciana) sempre pretenderam defender a sua gente, com as mesmas armas, mas com aparências ligeiramente diferentes; tal como qualquer grupo se pretende defender dos seus mais directos concorrentes.
Os alinhamentos concertados e estratégicos sempre se construíram através de uma teia entre interesses políticos, económicos, provincianos, aristocracia, amigos dos provincianos, nos quais o deslumbramento pelo poder é muito mais do que um fenómeno exclusivo de uma facção política. Afirmar isto seria, provavelmente, sofrer de esquizofrenia da parcialidade e pretender reescrever a história recente de Portugal, aliás a "face oculta" dos mega processos da justiça são as lutas intestinas pelo poder. A sobrevivência nos meandros do poder requer uma grande capacidade de movimentação entre o visível e o oculto, simultaneamente, a aparente "má moeda" vai sendo substituída pela “boa moeda”. A justiça sempre compactuou com este estado das coisas e não é agora que o irá deixar de fazer, as histórias surreais que rodeiam os processos judiciais são máscaras hediondas de injustiça.
Parece-me que o problema oculto da actualidade não é o enriquecimento à custa dos contribuintes, algo de bastante respeitável, o problema reside não só no facto de os “provincianos” não serem hábeis na arte de fazer de conta que não são ricos, mas também no esquecimento de que a usurpação, a morte e a devastação sempre conviveram artisticamente com a árvore genealógica de qualquer família aristocrata.
Se JAS nos pretende explicar, seguindo aliás de uma forma bastante eficaz o modelo científico, que a sua teoria assenta em factos e os mesmos permitem construir uma teoria verdadeira, vamos fazer de conta que não conhecemos a famosa história do cientista que apresentou um artigo-embuste numa qualquer revista de ciência. Não é que o cientista em questão ficou indignado com a tal revista, pois o corpo editorial da mesma tinha sido incapaz de detectar a fraude? Depois desta história como é que poderemos acreditar que na ampla variedade da actividade humana não existem elites travestidas de provincianos e provincianos travestidos de elites? Sim, o grande problema da humanidade já não é não poder confiar nem nas elites, nem nos provincianos, o grande problema da humanidade é já não poder confiar na ciência...

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Como começar uma guerra logo a perder

UE 0 - EUA 1

Catherine Ashton, baronesa, é a recém nomeada Alta Representante para a Política Externa da UE, cargo criado pelo recentemente aprovado Tratado de Lisboa.
Até agora era uma ilustre desconhecida de toda a gente, excepto dos funcionários da Direcção-Geral do Comércio da Comissão Europeia, da qual era Comissária.
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Pobres Belgas


Lá vão ter de cavar fundo outra vez para encontrar um novo primeiro-ministro...
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segunda-feira, novembro 16, 2009

Leituras recomendadas

«José Sócrates já foi comparado com Blair por causa da sua terceira via. Já foi comparado com Zapatero pelo vanguardismo nos costumes. Mas hoje é para mim claro que a comparação não é entre Sócrates e qualquer dos anteriores. O paralelo a fazer é entre Sócrates e Berlusconi. E é inteiramente necessário e apropriado que o façamos, agora que o presidente do Supremo Tribunal de Justiça declarou nulas as escutas das conversas entre Armando Vara e José Sócrates no processo Face Oculta. (…)»
 
 
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Solução Raid, casa e plantas

Se estamos na maior crise económica das últimas décadas
Se diminuiu o consumo
Se as grandes empresas estão em dificuldades e despedem trabalhadores
Se aumentam os beneficiários do subsídio de desemprego
Se os estados se encontram com graves problemas de conter a despesa pública
Se se descobre que as grandes empresas despedindo trabalhadores se têm sustentado razoavelmente
Se entretanto continuou a aumentar a despesa pública
Logo a crise económica será uma forma de as empresas aumentarem os seus lucros, os Estados aumentaram as suas despesas públicas, para sustentarem economicamente os trabalhadores que foram despedidos pelas grandes empresas?
Pergunta de leigo: para que raio não simplificamos isto de uma vez e exterminamos o Estado e os subsídios de desemprego?

Dona Melancia – meu bem, ‘cê se considera assim tão inteligente? O que ‘cê acha qui ‘tão fazendo os senhores que vivem na Twilight Zone*?

*-os senhores que se encontram de vez em quando em Davos, que transportam as suas tendas e confraternizam amigavelmente num sistema de partilha de culturas, sociedades e formas distintas de absorver o mundo.

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domingo, novembro 15, 2009

Canções.Mais.Que.Imperfeitas@37

Não gosto especialmente de Joe Cocker, contudo a sua versão de A little help from my friends é bastante superior ao original.

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sábado, novembro 14, 2009

Carnavalização da política

"Carnavalização da política" é um conceito de Boaventura Sousa Santos, segundo o qual existe um atitude de farsa entre padrões de actuação do Estado, os agentes políticos e a interiorização de práticas políticas coerentes.
Exemplos: a) a legislação e o seu não cumprimento, práticas retrógadas e leis avançadas. Por um lado o Estado compromete-se, por outro descompromete-se; b) a "carnavalização" e "descanonização" dos processos ideológicos na integração do partido "Os Verdes" na coligação eleitoral CDU, aparentemente ambos os partidos defendem modelos de desenvolvimento (sócio-económicos) bastante distintos.

Assim "perante o espectáculo de carnavalização da política, não admira que o 'o Português' se tenha afeiçoado a 'convicções negativistas, nomeadamente ao nível político e educativo que o conduzem ao auto-envenenamento mental' (Quadros, 1986: 84)."

SANTOS, B.S. (2002). Pela Mão de Alice. O Social e o Político na Pós-Modernidade. Porto: Edições Afrontamento, p. 63.

Não sei se será ou não correcto, mas as constantes notícias referentes a "fontes" sobre processos em segredo de justiça, não contribuirá também para a consolidação de uma "carnavalização" muito especial:

- investigações;
- arrastamento interminável pelos tribunais;
- papel das "pretensas" fontes jornalísticas.

isto é a contribuição irresponsável de todos para a consolidação de uma ideia:
há uma justiça para quem tem posses para pagar a advogados hábeis na arte de lidar tecnicamente com as leis e a justiça para todos os outros.

Não sei não, mas acho que era bom trocarmos umas ideias sobre este assunto.

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sexta-feira, novembro 13, 2009

Oui, chéri, c'est vendredi


MVSC - The Game You Never Play

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quarta-feira, novembro 11, 2009

Honoris Causa

Com a ligação quase umbilical que persiste em manter com a justiça e o direito, a única coisa que estranho é ainda não ter existido uma universidade neste país a prontificar-se a facultar um diploma em Direito ao senhor Primeiro-ministro.

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spam prevention...

8 + 2 ?
3 plus 7 ?
2 plus 9 ?
9 + 7 ?
6 + 1 ?
5 plus 7?
1 add 7 ?
Estou maravilhada com este spam prevention! E viva a numeracia! O meu primeiro pensamento foi: estamos a assumir que toda a gente que escreve na net sabe fazer estas contas - o que não é verdade! Depois: pah, o computador tem calculadora incluída. Mas, por fim, comecei a ficar muito mais divertida: podiamos evoluir o sistema para coisas mais complicadas e assim fazer uma pré-selecção dos comentadores. E que tal:
x + 5 = 2
3x + 5 = 7
2x^2 + 5x = 4
3/7 (x + 1/2)^2 = 8 x/11
Digam lá se não era divertido. Todo um novo mundo matemático mesmo às portas da internet.

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terça-feira, novembro 10, 2009

ruas da amargura...

"Ruas da Amargura" é um filme/documentário português sobre a pobreza e os sem abrigo nas ruas de Lisboa, em exibição em circuito comercial apenas em cinco cinemas.

Não é a história do coitadinho, não é uma lição de moral... São, acima de tudo e antes de mais, pessoas! Pessoas com vidas e vidas com pessoas. Histórias, percursos, vivências, reflexões. Vidas que se tranformaram de diferentes formas, que reconhecem o seu percurso, que o assumem e que tentam (ou não) retomar trilhos perdidos...

Dá que pensar a frontalidade com que são assumidas as opções, a consciência de caminhos tomados, a lucidez esclarecida dos pensamentos...

O trailer está disponível no YouTube, mas, pessoalmente, não acho que seja um bom reflexo ou apresentação do filme. O trailer parece a montra do pobrezinho ou o desfile das desgraças. O filme vai muito além disso pois torna-nos familiares desses "coitadinhos" do trailer que afinal têm vida e histórias de vida.

Queria deixar-vos com "La Bohème" - porque sim! vejam o filme! - e nas buscas de um vídeo encontrei uma versão nossa, pela fadista por Mafalda Arnauth. No entanto, não a consigo publicar aqui, por isso ouçam no imeem.

cartaz

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segunda-feira, novembro 09, 2009

Muralha d’aço


















Quando o muro de Berlim caiu há 20 anos algumas das pedras que se soltaram devem ter batido na cabeça dos comunistas portugueses.

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O escoicinhar de circunstância

Ontem, ao final da tarde, Mário Crespo, Medina Carreira, um economista da Sic e Nuno Crato transformaram-se, em alguns minutos, em profundos conhecedores dos diversos modelos e tendências económicas.
Mário Crespo soube escolher bem os pares.
Nuno Crato defendeu o modelo económico que sustenta o neoliberalismo.
Medina Carreira a teoria económica que alicerça o neoliberalismo e lhe acrescenta uma pitada de neoconservadorismo.
E o economista da Sic representou o modelo económico neoliberal.
Se a um jornalista não se lhe pode pedir especialização em todas as matérias sociais, económicas e políticas, a um matemático também não e aos homens das finanças ou da economia muito menos.
O objectivo de abordagens antagónicas é à partida uma vantagem, ao contrário do que defendem muitos dos seus detractores.
À partida Mário Crespo ou é um bom profissional, ou um mau jornalista, ou um entertainer politicamente incorrecto, contudo ambas as tendências são paradoxais.
Um bom profissional reconhece o seu conflito de interesses e tem na mira a imparcialidade (ou objectividade ou neutralidade), mas relaciona-se com a senhora de forma tensional, ora como uma espécie de rapariga entradota que recorre com frequência ao cirurgião plástico, ora como uma espécie de rapariga madura que assume as rugas com uma certa aura (ou griffe).
Um mau jornalista não reconhece o seu conflito de interesses, considera-se imparcial e exibe a sua neutralidade de forma tão óbvia e caricata, com uma pitada de escoicinhar* de circunstância.
O entertainer politicamente incorrecto é sempre do contra, não possui desformatação ideológica e ora se consegue rodear de gente insuspeita, ora possui um passado fidedigno, ora é um bom apostador de palavras.
A amplitude e parafernália de classificações poderão recorrer a este modelo e acrescentar ou retirar alguma coisa, os chamados modelos híbridos e quiçá ambivalentes.

Esforcei-me por traçar um paradigma justo e imparcial, de forma a analisar criteriosamente a tendência económica de Mário Crespo, mas não é que estou até agora em plena crise teórico-existencial?

* - argumentos que escoicinham a inteligência alheia.

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domingo, novembro 08, 2009

Canções.Mais.Que.Imperfeitas@36

Entre Nick Cave


ou PJ Harvey


a escolha torna-se difícil.

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sexta-feira, novembro 06, 2009

Quatro anos e quinze dias depois…

Obrigado Paulo Bento pelo teu profissionalismo e também por te teres demitido.

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Oui, chéri, c'est vendredi


The xx - Basic Space

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quinta-feira, novembro 05, 2009

O João não morreu!

Ontem à noite, no CCB, Gaiteiros de Lisboa, Oquestrada, Dead Combo e Naifa fizeram festa. Lembrar-se do João Aguardela só pode assim ser. Perceber este criador dos projectos Sitiados, Megafone, Linha da Frente, e Naifa é tão simples! Basta gostar de música com verdade e irreverência.
No lugar que o João ocupava em palco, nos Naifa, apresentou-se a companheira do compositor, Sandra Baptista.
Conheca-se o projecto Aguardela. Há ali muito material para rever. Até gravações do Rock Rendez Vous


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quarta-feira, novembro 04, 2009

agora na Antena 3...

... a transmissão em directo do concerto de "homenagem" a João Aguardela no CCB.
Recomendo!

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segunda-feira, novembro 02, 2009

Entre o oculto e o acessível

Há profissionais das mais variadas áreas de actividade, destacando-se alguns por variadíssimos motivos. Como? Ora através dos meios de comunicação social (jornais, revistas, televisão, etc.), ora através de outras causas, como, por exemplo, o enriquecimento singular.

Se fossemos olhar para a sociedade em geral e tendo em conta dezenas de personalidades públicas (políticos, empresários, juristas, médicos, etc.) como se explica que pessoas sem fortuna pessoal e no prazo de alguns anos tenham conseguido construir uma fortuna desmesurada?

Bem, ponhamos a coisa em termos de ganhar a sorte grande. Até hoje, e que se saiba, ninguém a ganhou com desmérito. Porquê? Bem, a roleta, o computador, ou outro que tal, é sabiamente administrado e à prova da subversão humana, o que não invalida um certo glamour (as virtualidades - ou não - de tal sistema).

No mundo dos negócios, da política e das mais diversas actividades profissionais enquanto uns, afortunadamente, conseguem acertar na sorte grande, outros nem por isso, o que é uma grande maçada. Acertar na sorte grande em qualquer actividade profissional (independentemente do mérito ou desmérito) equivale a dizer ou que se acede a uma informação privilegiada ou que se está no momento certo à hora certa (isto sem ponta de ironia).

Será que a maior parte das pessoas está consciente de que se tem possibilidade de inverter uma determinada situação a seu favor está no campo elucidativo daquilo a que se chama corrupção? Claro, obviamente, sim! E se colocarmos a coisa nestes termos: imagina que tens um amigo que trabalha na banca e que te telefona e diz: é pá, compra acções de Y e não digas nada a ninguém. Compravas? Não compravas?

Actualmente, os políticos, empresários, médicos, advogados, etc. são uma espécie de purgação do mal-estar geral, sendo eles os principais transgressores, corruptos e malfeitores e todos os outros o grande conjunto das suas vítimas.

Será que tais vítimas mudariam, se lhes fosse possível, de lugar? Importar-se-iam de ocupar o cargo dos novos transgressores, corruptos e malfeitores revitalizando assim as diversas classes profissionais e dando origem a novos políticos, empresários, médicos, advogados, etc. e à criação de mitologias cujo discurso moralista esconde autoritarismo social e formas perversas de sociedade, enfim para a tornar mais íntegra?

Os diversos meios de comunicação, individuais, corporativos, privados e sociais estão repletos de cónegos de circunstância, que fazem de conta que esquecem o básico: o interesse individual é, bastas vezes, incompatível com o interesse colectivo.

Assim, enquanto uns acertam na sorte grande e vão viver à grande e à francesa, outros constroem a sua sorte grande através de conspirações e sobrevivem com contraconspirações político, económicas e financeiras, outros enriquecem com uma pitada de intrigas, delitos e pequenas subversões político, económicas e financeiras, algures o sistema rejuvenesce transformando uns em bodes expiatórios e tendo em vista revitalizar a política, a economia e a finança, na melhor das hipóteses para ocuparem os lugares entretanto vagos.

Enquanto isso há ingénuos, cépticos, optimistas e pessimistas profissionais, alguns deles ocupam lugares chave na comunicação social e são pessoas intelectualmente sérias e ideologicamente imparciais. A jusante ou a montante há os que acreditam em determinadas verdades, os que manipulam e são manipulados, os trucidados, os que têm desequilíbrios orçamentais e outros no desemprego.

Entretanto alguns (políticos, analistas, académicos, opinião pública em geral) constroem mitologias próprias, argumentários hipotéticos e modelos de sociedade irrepreensíveis, entre uma palavra luminosa daqui, uma pitada de génio dali e uns quantos truques mágicos dacoli.

Concluindo, vivemos num mundo oscilante, entre a abstracção e a realidade e onde alguns percebem que linhas divisórias não devem transpor e outros actuam, detêm as rédeas do poder e ditam as regras do jogo.

As regras são justas (ou injustas)? Depende da postura ética de quem detém o poder e de quem pretende beneficiar (ou prejudicar).

Nenhuma discussão acerca do poder (seja ele qual for) é intelectualmente séria se não for colocada nestes termos: de que forma se articulam, naquele indivíduo, os interesses (privado e o público)? De que forma os seus interesses individuais se sobrepõem aos colectivos e vice-versa?

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domingo, novembro 01, 2009

fragmentos !



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Canções.Mais.Que.Imperfeitas@35

Covers de Dylan e que tal White Stripes?

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uma noite gigante...

Três grandes nomes da nossa música juntos em palco para um espectáculo construido em conjunto... A ideia é genial e o resultado ou é muito bom ou é uma grande desilusão... O colectivo não pode ser apenas a soma das partes. Os três senhores têm de justificar - para além do óbvio - este encontro tão desejado. A responsabilidade é imensa! De bilhete na mão já há dois meses, fui deixando que se apoderasse de mim a expectativa de uma grande noite!... Dos concertos de Lisboa nada soube. Estranhei a ausência de comentários imediatos, mas também nada fiz para os procurar... a surpresa faz parte da grandeza do conceito.

...

Letras partilhadas, divididas e conjuntadas - lindo! Os três juntos exploraram cumplicidades sem nunca perder a sua individualidade. Incrível como, no meio de tanta convergência, se distinguem perfeitamente os traços individuais... A palavra solene de José Mário, a palavra multifacetada de Sérgio Godinho, a palavra bailada de Fausto... A palavra, sempre a palavra, rainha mãe na obra destes senhores e convidada de honra neste espectáculo.

Também a presença... a afirmação de José Mário, o gesto de Godinho, a discrição de Fausto. Mas, acima de tudo, um prazer imenso que transbordava na sinceridade do primeiro, na dinâmica do segundo e na intimidade do terceiro.

Uma noite gigante!...

Voltem sempre!


A minha selecção de momentos:

"Guerra e Paz" - integra o meu lote de preferências de Godinho e não me lembro de alguma vez a ter ouvido em concerto; foi uma excelente abertura, com bons augúrios para o resto da noite.

"Como um sonho acordado" - "a" minha canção de Fausto; integrou o lote das canções de abertura; foi uma boa partilha, mas o final não teve a força que devia - faltou a energia dos sopros que ficaram abafados no meio da multidão sonora.

"Primeiro Dia", "Rosalinda" e "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" - foram as canções de cada um dos senhores mais acompanhadas pelo público na cantoria colectiva.

"O canto dos Torna-viagem" - foi cantada pelos três sozinhos em palco; a ideia é muito boa, mas não resultou muito bem; as três vozes da música, originalmente cantadas com coros de apoio, foram repartidas apenas pelos três; faltou um temperamento do volume sonoro que permitisse equilibrar a harmonia e distinguir a nova voz das anteriores continuamente repetidas.

"Quatro quadras soltas" - foi um momento naturalmente adequado.

"Ser solidário" - foi uma boa memória...

"Que força é essa" - apresentada com os arranjos de José Mário para o "Irmão do Meio"; é, para mim, uma referência pessoal obrigatória que esteve à altura do acontecimento.

"Maré Alta" - já em encore; era a minha aposta inicial para música de fecho do concerto; não falhei por muito; ainda com o balanço da agitação de um final próximo, foi a música em que os meus parceiros do lado mais se podem ter queixado de perturbação sonora: há palavras que são para serem cantadas bem alto!

"Inquietação" - também em encore, foi um agradável presente; tem lugar indiscutível na minha selecção de José Mário; pena a atrapalhação de Fausto, mas a canção é mais forte que isso.

"Na ponta do Cabo" - fechou o concerto; o alinhamento na frente do palco de todos os músicos acompanhados de pequenas percussões deixou-me antever a canção que aí vinha e fiquei com pena pela escolha; a dinâmica criada com o público nos dois temas anteriores seria cortada, pela "impossibilidade" de um acompanhamento de tamanho emaranhado de letra; no entanto a força das vozes e das percussões a par da alegria conjunta que transbordava do palco acabaram por conseguir um bom ponto final.

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