segunda-feira, julho 31, 2006

Silly season

Verão sem discursos de AJJ não é Verão. Este ano, o espectáculo voltou a não desiludir. Vá lá, confessem: um dia, vamos sentir a falta deste homem.
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perdidos, achados ou nem por isso...

Terminou ontem a segunda série de “Perdidos” – na RTP, ultimamente, aos domingos à tarde com repetição às terças de madrugada. Conta o dia a dia de um grupo de pessoas cujo avião se despenhou numa ilha no meio de coisa nenhuma. Com o fim desta série, já lá vão dois meses de sobrevivência, de aprendizagem, de descoberta da ilha, das pessoas com quem passaram a conviver diariamente em condições extremas e de alguma companhia inesperada...

Para quem não segue a série, perceber um episódio esporadicamente é muito complicado! O espectador segue a acção do tal grupo do voo que se despenhou e que entretanto montou acampamento na praia – longe dos perigos da selva desconhecida. Há, por um lado, as relações, as confianças e desconfianças dentro do grupo, e por outro, as incursões pela selva profunda, as reacções face ao desconhecido, numa tentativa de sobreviver e sempre na esperança de uma remota saída daquela ilha. Entretanto vamos tendo também alguns flashbacks que nos dão a conhecer melhor as personagens, mostrando episódios das suas vidas antes de embarcarem no fatídico voo. Além disso, resultado das incursões pela selva, o grupo não está sempre todo junto e vai havendo gente perdida ou raptada, cuja verdadeira história só vamos sabendo mais tarde também em jeito de flashback.

Esta segunda série gira em torno da descoberta de uma espécie de abrigo equipado de mantimentos e material informático onde tem de ser inserida uma misteriosa sequência numérica a cada 108 minutos. Durante toda a série fizeram turnos de vigilância no tal abrigo e foram inserindo os números sem, contudo, perceberem o porquê de tal acto, até que, neste último episódio... Há também uma aproximação de um outro grupo de habitantes da ilha “Os Outros”, que ganham especial importância no desenrolar da acção dos últimos episódios, em particular neste último... E estas reticências, a par dos estranhíssimos derradeiros minutos do episódio, dão-nos a certeza de que vai haver uma nova série! - digo eu...
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Directo ao assunto (TM)

Com amigos destes, Israel só encontra pior no fanatismo dos seus inimigos. Mas não se enganem. Se for preciso ocupar o Líbano como em 1982, estes amigos continuarão bem seguros atrás dos computadores, como os EUA continuarão do outro lado do oceano. Os israelitas terão de se enfiar sozinhos no atoleiro; nesse momento, a crença no governo de Olmert cairá rapidamente. A não ser que a União Europeia — a Velha Europa, a cobarde Europa, a insultada Europa — se ofereça para fazer o trabalho da ONU no Sul do Líbano, o que só poderá levar a dois resultados: ou não se confronta o Hezbollah e se arcam com as culpas pelo terrorismo, ou se confronta o Hezbollah e as tropas da UE terão ali o seu mini-Iraque. Entretanto, a chave do conflito está em Damasco e em Teerão, mas como estas são as capitais do “eixo do Mal”, não se pode negociar com eles.

Condoleeza Rice, que é a diplomata mais poderosa do mundo, acha que não vale a pena um cessar-fogo se é para ficar tudo na mesma.
Rui Tavares
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domingo, julho 30, 2006

A registar


Permaneceremos ao lado do Irão em todos os momentos e em todas as circunstâncias.
Hugo Chávez, Público de hoje.
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um piano com plumas


- seria baita interessante, se as personalidades famosas, emigrassem de vez, para qualquer lado.
meu bem se recostando na cadeira de praia - no fundo, no fundo, benzinho, era dada a oportunidade a outros.
- é bem, e depois, se esses outros, resolvessem ir fazendo fita e também querendo e indo emigrando, o pano igualmente se alevantando para outros.
meu bem compondo os ray ban e amolecendo os pés na água - é benzinho, você sabe e no final se ficassemos só nós... era uma festa danada de acesa, neste areal.
- cê hoje tá um tanto afrodisíaca, bem.
meu bem soçobrando num sussurro e acariciando omoplatas de benzinho - hoje e só para você, veja como sou um anjo! - cerrando os cílios numa longa cumplicidade de silêncio.
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sábado, julho 29, 2006

Os malefícios do piano















Como a maioria dos portugueses, só soube das novas ontem de manhã – no meu caso, via TSF. Estranhei aquela molengosa melodia de piano – que em mim não se entranha –, mas mantive-me firme, fiel à sintonização, aguardando ansiosamente pelas primeiras palavras do locutor. É que, se bem se recordam, ainda não há muito tempo, estas sonatas, indelevelmente, estavam associadas à perda de um “grande líder”. E mais atemorizado fiquei quando, abruptamente [1], o auto rádio começou a debitar um mar de prantos. Hoje, analisando a coisa mais a frio, consigo entender que sendo a música o objecto da notícia, o coro – de protestos – tinha toda a razão de ser.

Também deve ter sido por isso que, à frente do coro, se destacava o maestro António Vitorino d'Almeida, vociferando contra tudo, e contra todos: “Portugal não presta!”, Portugal é uma porcaria!”, “blá-blá-blá, blá…”.

Mesmo ainda não sabendo o que é que se tinha passado, concordei logo com ele. Mas foi sol de pouca dura. Quando ouvi a estória pela primeira vez, cheirou-me logo a saramaguice. Só mais tarde, no final do dia, é que vim a saber que não se tratava de uma saramaguice, mas de trafulhice.

Se bem entendi, sucessivos governos têm vindo a passar para as mãos [2] da referida senhora, não sei quantos milhões de euros; e a aplicação destas verbas públicas nem sequer é justificada pela beneficiária.
Porque é que se querem fazer doações à artista, não as fazem dos seus próprios bolsos?

E a pobre senhora, coitadinha, sentiu-se mal tratada, torturada, e mais não sei quantas coisas acabadas em “áda”, e, para manter a rima, foi de abalada… para o Brasil.

Já ouvi esta estória em qualquer sítio, com uma outra personagem, que acabou por regressar, e foi recebida em ombros pelos seus correligionários.

[1] Não é nenhuma piada dirigida a JPP.
[2] Mãos consagradas.
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Abrupto sob investigação

Não me parece nada que se possa colocar de parte a possibilidade da crise no Abrupto ter sido criada por um bug no Blogger, e de tudo não passar de uma infeliz coincidência. Convém algumas pessoas tomarem consciência que, se alguém quisesse mesmo atingir JPP, depois de ter conseguido sobrepor-se ao Abrupto, poderia ter feito muito pior.

Basta considerarmos os exemplos mais conhecidos de ataques a sites institucionais. Nestes ataques, os piratas costumam ter como objecto a subversão da mensagem veiculada pela instituição alvo e, para o simulacro ser perfeito, o layout dos sites atacados são mantidos, como se do original se tratasse. A única coisa que é alterada, e de forma radical, é a mensagem veiculada. Ora, pelo que tenho conhecimento, nada disto sucedeu no Abrupto.
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Menezes musical...

Enquanto que do outro lado do rio se discute o apoio (ou a falta dele) da Câmara na cultura da cidade, do lado de cá...

o Presidente destacou que os projectos culturais de Gaia pretendem ligar a animação à reabilitação urbana e às zonas com grande potencial turístico e são realizados numa perspectiva de não rivalizar com o que se passa nos outros concelhos. O conceito de base, segundo explicou, é fazer da margem esquerda do Rio Douro, frente ao Porto, um epicentro cultural de dimensão, pelo menos, metropolitana.

[Não, isto não é uma referência à autarquia do outro senhor... pode lá ser?!...]

Bem, resta dizer que destes projectos saíram para agora dois eventos musicais gratuitos no Cais de Gaia:

- 28/29 de Jul: Douro Blues - Festival Internacional de Blues de Gaia

- sextas-feiras de 4/Ago a 8/Set: Concertos de Verão - Rock às Sextas
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sexta-feira, julho 28, 2006

A memória de Franco

Em Espanha o Governo Socialista prepara-se para aprovar uma lei que visa eliminar os símbolos do Franquismo, estátuas, nomes de ruas o vale do caidos vai tudo desaparecer ou ser devidamente modificado.

Coitado do Franco, não há direito importonarem o senhor desta maneira depois de morto. Logo ele que era tão bom rapaz, não fazia mal a uma mosca!
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Directo ao assunto


Mário Rui de Carvalho, jornalista português da CBS, coloca a questão na SIC-Notícias: há 6 anos que a ONU está no Sul do Líbano para, supostamente, controlar a região. Como se vê, o Hezbollah continua rei e senhor da zona, com mísseis cada vez mais sofisticados. Por onde andava a ONU?
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O direito de pernada

Do auto de interrogatório de arguido, constante de fls. 32 do processo administrativo apenso, consta que este afirmou o seguinte: “Confessa que na verdade, numa atitude irreflectida, em algumas ocasiões, à noite, saltou o muro da cadeia para visitar a reclusa Rosa, e bem assim a reclusa Rosalina, visto uma e outra partilharem o mesmo alojamento na vacaria. Fê-lo de há cerca de mês e meio a esta parte e procedia às visitas à noite, pelas 22.00/23.00 horas, cerca de 2 a 3 vezes por semana. Permanecia no alojamento em companhia das 2 reclusas até cerca das 24.00 horas, por vezes, se a emissão televisiva durasse até mais tarde, até cerca das 2.30 horas, posto o que se ausentava saltando de novo o muro. Esclarece que gosta da reclusa Rosa mas no alojamento da vacaria nunca manteve trato sexual com a mesma. Apenas conversavam e viam televisão, os três, ou às vezes só os dois, caso a reclusa Rosalina adormecesse. Esclarece é que nunca permaneceu apenas com a Rosa, sozinhos, no alojamento, visto que a Rosalina de todas as vezes esteve presente.

Por sua vez a reclusa Rosalina afirmou o seguinte:
“(...) A situação vivida no quarto da vacaria que serve de alojamento à depoente e à Rosa era particularmente desagradável porque o funcionário Salvadinho vinha a essas instalações para manter relacionamento sexual de cópula completa com a Rosa; sucede que a Rosa e a depoente partilham um quarto exíguo e que entre as camas de ambas não dista mais do que um metro. E assim para não ser incomodada e para oferecer alguma privacidade à Rosa e ao funcionário, a depoente tinha que permanecer deitada de costas para eles e virada para a parede e tinha que manter os “phones” nas orelhas para não ouvir os ruídos da intimidade deles. “(cfr. fls. 7 do processo administrativo apenso). Referiu ainda que as aludidas visitas do arguido ocorriam em média em 4 noites por semana (cfr. fls. 3 e 8 do processo administrativo apenso).
Constata-se, assim, que os factos considerados provados nos nºs 8, 13 e 19 do relatório final estão de acordo com o relatado pela testemunha Rosalina que deles teve conhecimento directo, por ter estado sempre presente nos encontros entre o arguido e a Rosa ocorridos nas instalações da vacaria.


Processo nº 02211/98 (Tribunal Central Administrativo do Sul)
no impagável Direito de pernada
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As ansiadas férias

Têm estado uns lindos dias, uma brisa amena, o mar calmo e tépido, a praia grotesca de cheia. Como de costume, não há mais nada para fazer e por isso vamo-nos deixando ficar por lá o dia todo, de manhã cedo até à noite. Quando a despesa em protector solar se tornar insuportável, passaremos a ficar no janelão da sala do T1. Este ano tivemos sorte com o apartamento, especialmente se considerarmos o preço: é espaçoso, tem uma vista desafogada para as traseiras do Minipreço, fica a 1 hora a pé da praia. E cabemos lá os 7 sem problemas de maior, se exceptuarmos o de só haver uma casa de banho, mas como o café que fica no rés-do-chão está sempre aberto, ainda não houve situações que não se resolvessem. O pior é que ninguém tem lata para lá ir usar a casa de banho sem consumir nada. Quando a despesa em pastilhas elásticas se tornar insuportável passaremos a mijar para fora do janelão da sala do apartamento sempre que houver apertos. A alimentação é que não tem sido grande coisa, como deves imaginar. Ir para a praia todo o dia implica fazer aquela alimentação à base da sande que não faz bem a ninguém. A outra solução seria irmos comer ao apoio de praia, que é o que agora chamam ao bar onde cobram preços escandinavos por qualquer merda que lá se consuma. Isto, para pessoas que andam a sandes de manteiga porque já nem para o
queijo, o
fiambre, o
tomate, o
ovo têm dinheiro, é completamente impraticável. Estivemos a fazer as contas e parece-nos que nem a comer sandes de quase nada o dinheiro chegará até ao fim das férias. Mas se a despesa com o pão se tornar insuportável, atiramos a velha pelo janelão da sala do apartamento e dizemos que foi ela que se desequilibrou. Sempre é menos uma boca a comer e a Segurança Social até agradece. Depois, quando for hora de voltarmos para casa é que gostaríamos que nos viesses buscar, pois julgo que não vamos ter dinheiro para o Expresso, mesmo contando com a prévia defenestração da velha e a possibilidade de enfiarmos o puto no trólei.
no agrafo.net
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Ainda mais cómico

Isto é que é cómico. Comparado com isto as paidolas do gato fedorento sobre o caso são piadas amarelas.

Thanks to everyone for your concern and interest regarding
http://abrupto.blogspot.com. I just want to dispel the notion that any
malicious acts of "hacking" have taken place against the popular
Portuguese blog at that domain. We have looked into this particular
situation and it appears that there have been unusual and unintentional
overlaps in publishing to that URL. Such a situation is extremely rare
and can be attributed to circumstances unique to the "Abrupto" blog. We
are communicating with the parties involved and we will do our best to
ensure that the original blog at http://abrupto.blogspot.com continues
to publish without interference. Thanks again for your concern and we
appreciate your understanding.
(um alegado empregado do blogger sob o véu do anonimato)
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E para finalizar...

... e porque não gosto de enganar a clientela, vi-me forçado a efectuar a alteração da nomenclatura do link para Abruto no GR.
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quinta-feira, julho 27, 2006

Cede-se quota






Depois disto e disto, comecei a ficar com a ligeira sensação de que esta coisa do Blogger não é grande espingarda.
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Abrupto[s]

Ao querer visitar o Abrupto, para além de dar de caras com o outro Abrupto, também consegui "apanhar" o tal de "hacker". Ainda bem, porque já começava a desconfiar da estória.

Passo a transcrever, integralmente, o último post do dito "hacker":

Tuesday, July 25, 2006
Is this guy a hacker?
[O título do post é bastante singular, não acham?]

My blog got overwritten again. Is my blog being hacked? I sent an email to Blogger support but I got an automated message to look in their help section:

"Hi there,Thanks for contacting Blogger Support. Since we cannot always respondpersonally to every message we get, we encourage you to check BloggerHelp, where you can find answers to many common questions. Here are someof the top articles which could help you out:

CHANGES ARE NOT APPEARING ON YOUR BLOG
http://help.blogger.com/bin/answer.py?answer=639

A BLOG IS MISSING FROM YOUR DASHBOARD
http://help.blogger.com/bin/answer.py?answer=656

HOW TO DELETE A BLOG
http://help.blogger.com/bin/answer.py?answer=70

THIRD-PARTY ADD-ONS
http://help.blogger.com/bin/topic.py?topic=40

HELP WITH HTML OR CSS CODE
http://help.blogger.com/bin/answer.py?answer=1116

If you don't see what you need in these articles, you can use the searchform in the upper right corner of any Blogger Help page. Be sure also tocheck our Status page and our Known Issues page. These cover many knownbugs and current operational problems.

BLOGGER STATUS
http://status.blogger.com/

KNOWN ISSUES
http://help.blogger.com/bin/answer.py?answer=791

You can also check out our Blogger Help Group, to talk to other users, askquestions, or see if anyone else has had the same issue as you.

BLOGGER HELP GROUP
http://groups.google.com/group/blogger-help

If your question or problem is not addressed anywhere in ourdocumentation, please simply reply to this message and let us know. Wewill help you out as soon as we can. Thanks for your patience.

Sincerely,
Blogger Support"

Is this ever gonna end?
[comentário final do desgraçado do hacker]

posted by Me @ 5:33 PM 0 comments

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[fim do post]

O mais interessante é que se fizermos esta busca no Google, surgem-nos dois Abruptos.

Ou isto é um valente bug do Blogger, ou anda por ai um Cracker a gozar com o pessoal todo.

Entendo que é uma situação bastante desagradavel para JPP, mas se a estória estiver para durar, como parece, talvez não fosse má ideia JPP começar a pensar abrir o tasco noutro local.

PS. Depois desta confusão internacional, poderia passar a chamar-se: Abrupto Reloaded. Mas para ser mesmo original, JPP deveria manter tudo na mesma, e baptizar o seu blogue de Dr. Jekyll and Mr. Hyde.
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é preciso saber... mas, acima de tudo, é preciso querer!

Sei é um segredo, eu não conto a ninguém
Só falei a um que é teu amigo também

Diz-me o que é que ele disse, o que é que ele achou
Sobre aquilo que nós dissemos
Diz-me, ele acha-me o quê e se ele sabe o porquê
De tudo aquilo que nós vivemos

Os segredos são de quem os souber guardar

Era tudo mais fácil se eu estivesse lá para ouvir
Era tudo mais fácil se eu estivesse lá para rir

Sei que é um segredo, isso é fácil de ver
Se é que ainda o é, mas como vais tu saber

Os segredos são de quem os quiser guardar

Basta que entre nós exista e ao silêncio já não voltas
Não sei como foi, nem quero amanhã calar, eu espero

Era tão mais fácil quando era a minha vez de me vir
Tão mais engraçado quando eu me lambuzava a ouvir

Diz-me o que é que ele disse, o que é que ele achou
Porque eu não conto a ninguém

Manel Cruz / Pluto, "A Vida dos Outros" (2004)
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Directo ao assunto(TM)

"Israel não é membro permanente do Concelho de Segurança da ONU mas tem direito de veto, isto é, assume publicamente que desrespeita resoluções do Conselho de Segurança." José Goulão no Clube de Jornalistas (citado de memória)

Pergunta ingénua: porque é que os Estados Unidos nada fazem para modificar este estado de coisas?
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CSI abrupto: cenas do último episódio

As primeiras versões do falso abrupto pareceram-me ser cuidadosamente desenhadas para esconder a identidade do hacker que se apoderou da URL do abrupto.

No seu último ataque o autor do falso abrupto começou a dar sinais de claro desleixo:
1) incluiu um profile no template do blogue
2) mostrou que tem um blogue com caixas de comentários sem moderação
3) mostrou que mantém um blogue desde Novembro de 2005

Uma coisa é certa se o senhor é Português e se o móbil do crime é atacar Pacheco Pereira por razões pessoais o disfarce é realmente perfeito. Aqueles que querem acabar de uma vez com este triste episódio deviam tomar nota, porque isto de facto não interessa a ninguém.
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quarta-feira, julho 26, 2006

Escândalos

Como se viu aquando da campanha eleitoral, nunca fui grande entusiasta de Manuel Alegre e do seu plano para erradicar a podridão da política portuguesa. Mas pareceu-me patético o ruído levantado em torno da sua reforma da RDP. Mais interessante seria que se comentasse o caso de uma antiga professora de português em S. Tomé, que receberá uma reforma de 27 euros (informação obtida via José Júdice, Metro de hoje). Acontece que este país continua mais incomodado com os ricos do que com os pobres. Lembram-se daquela história que se conta sobre Otelo Saraiva de Carvalho? Um dia, na Suécia, Otelo terá dito que em Portugal queriam acabar com os ricos. Ao que terão respondido: curiosamente, nós, aqui, queremos é acabar com os pobres. Pelos vistos, continuamos iguais.
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Passeando pela blogosfera

A melhor série de posts sobre o conflito no Médio Oriente ( e, sobretudo, sobre a nossa reacção a ele) que conheço na blogosfera portuguesa está aqui.
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Sobre a lei da indumentária no parlamento da Madeira, uma dúvida

Mini-saias, são permitidas?
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Invidia

No meu caso, terá de encontrar outro substantivo em latim, sinónimo de um duplo sentimento: pena e gozo.

De pena, porque Pacheco Pereira é um comentador político que venho considerando, mas que de uma assentada, demonstrou total privação de sentido de humor, e mais grave, do ridículo – conceito que tanto parecia abominar.

Gozo, por Pacheco Pereira considerar, que “nós”, meros mortais, estamos, segundo as suas próprias palavras, incomodados perante a mera existência de um blogue como o Abrupto.

Da parte que me toca, considero o Abupto uma coisa completamente insípida. Tem muita audiência? Pois tem! Mas o Correio da Manhã, o 24 horas, o Morangos com Açúcar, e o Aqui é só Gatas, também têm, e não é por este motivo que os leio, vejo ou visito - ou o deixo de fazer.

Se me esforçar, talvez consiga compreender aquela curiosidade quase patológica pelas imagens dos outros a trabalhar, o gosto pela astronomia, ou o fascínio que nutre pelo comunismo e pelos comunistas, porém, nada disto me diz nada. Nem sequer aqueles trechos incompletos, em latim, francês e inglês, de autores de referência que, muitas vezes, nem sequer se dá ao trabalho de mencionar. Fácil mais fácil, não há!

Obmyslam swiat, wydanie drugie,
wydanie drugie, poprawione,
idiotom na smiech,
melancholikom na plcz,
lysym na grzbien,
psom na buty.
(*)

Felizmente, ainda habitam na blogosfera, Franciscos Josés Viegas, Luíses Carmelos, Eduardos Pittas, Paulos Queridos, entre outros, que apesar de por vezes assumirem nos seus blogues opiniões e pontos de vista que podem levantar alguma celeuma, não parecem sentir qualquer necessidade de se colocarem em bicos de pés. Não precisam.

(*) Imagino o mundo, segunda edição,
segunda edição corrigida,
para os idiotas se rirem,
os melancólicos chorarem,
os carecas se pentearem,
os cães uivarem. (…)

Wislawa Szymborska, Obmyslam swiat (Imagino o Mundo),
in «Wolanie do Yeti» (Chamada para Yeti), 1957
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terça-feira, julho 25, 2006

sei lá se é!...

Há vícios de linguagem que me incomodam profundamente não é? A coisa nem corre mal até eu reparar neles não é? Mas não é? a partir do momento em que reparo não é? parece que não consigo ouvir mais nada não é? Minha gente não é? ouçam-se não é? não é? É que não é? se há "não é" que até fazem sentido não é? como pedido de confirmação de alguma ideia não é? o facto de serem usados como sinais de pontuação desvirtua totalmente a sua utilização não é? Dá-me vontade de não é? literalmente não é? responder a cada um deles não é?

"é, claro que é!"
"sei lá se é! tu é que estás a dizer, como queres que eu saiba?!"
"e se eu disser que não, que não é, o que é que fazes?!"

[E o "muso" inspirador desta estória foi Carlos Amaral Dias no "Alma Nostra" de há uns tempos na Antena1. Quando dei por mim a repetir de 5 em 5 segundos os "não é" saídos pela telefonia, só me apeteceu atirar o rádio contra a parede...]
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o mundo e eu

e o mundo a ferro e fogo anda. e assim o é desde tempos imemoriais. tende a tornar-se um mundo aborrecido e rotineiro. sempre as mesmas coisas ciclicamente, feitas nos mesmo moldes e métodos mudando apenas as personagens deste romance "athrilerzado policialmente de acção e amor aterrorizado". o mundo civilado nas praias veraneando boceja. Na cadeira reclinada, com um perna de pau na mão ( dos pequenos pois tem mais morango ) e equilibrando na outra um jornal contra a aragem, salta rápidamente as páginas da secção internacional e de política nacional e vê que nada mais há para ler. e boceja olhando de soslaio com atitude felina para a mundanice imunda de uma caras ou tv guia ( ainda existe? )
e o mundo arde, e eu como aborrecido um mac natura,e o mundo implode socialmente como sempre o fez mas desde há 500 anos para cá mais intensamente, e eu chateado mudo os canais da tv cabo à procura do Axn. E o mundo é caos e eu peço o livro amarelo nas reparições de finanças porque não dormi bem hoje e estou chateado com a falta de atenção que a senhora me deu.

e o mundo existe e nós procuramos um que não existe. assim sempre o foi, assim sempre o será:

o mundo desiste de nós e nós aborrecidos desistimos dele.

(bocejo)
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Leitura recomendada:
A Casa, a Escuridão

A VERDADE

tu és bonita.
tu és feita de sol.
eu amo-te

este livro. passa um dedo pela página, sente o papel
como se sentisses a pele do meu corpo, o meu rosto.

este livro tem palavras. esquece as palavras por
momentos. o que temos para dizer não pode ser dito.

sente o peso deste livro. o peso da minha mão sobre
a tua. damos as mãos quando seguras este livro.

não me perguntes quem sou. não me perguntes nada.
eu não sei responder a todas as perguntas do mundo.

pousa os lábios sobre a página. pousa os lábios sobre
o papel. devagar, muito devagar. vamos beijar-nos.

José Luís Peixoto, in «A Casa, a Escuridão», 2002

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segunda-feira, julho 24, 2006

Pela boca morre o Peixe[co]




















Recordam-se?

PRIMEIRA LEI DO ABRUPTO : Evitar discutir a Posição, procurar atacar a Contradição.

SEGUNDA LEI DO ABRUPTO : A blogosfera é um lugar de fronteira, onde impera a "lei da selva" e o darwinismo social, logo a intensidade da zanga e da irritação na blogosfera é muito superior à da atmosfera.

TERCEIRA LEI DO ABRUPTO : A esmagadora maioria dos temas, comentários, reacções, alinhamentos, posições é absolutamente previsível.

QUARTA LEI DO ABRUPTO : A blogosfera tem horror ao vazio.

QUINTA LEI DO ABRUPTO : A blogosfera é a Aldeia dentro da Aldeia Global, todos são vizinhos, todos sabem tudo de todos, todos zelam activamente para que se cumpra a regra principal da Aldeia: o igualitarismo tem que ser absoluto.

SEXTA LEI DO ABRUPTO : Na blogosfera o lixo atrai o lixo.

SÉTIMA LEI DO ABRUPTO : O tribalismo é a doença infantil da blogosfera.

OITAVA LEI DO ABRUPTO : O que vale na blogosfera tem que valer na atmosfera.

NONA LEI DO ABRUPTO : O carácter lúdico dos blogues diminui à medida que a importância da blogosfera aumenta na atmosfera.

DÉCIMA LEI DO ABRUPTO: A blogosfera não se consegue ver ao espelho.



Conclusões:

1. Depois de ler este post de Pacheco Pereira com atenção, confirma-se a perfeita exequibilidade das leis 1, 2, 3, 4, 6, 7, e 10.

2. As leis 5, 8, e 9, devem ser revogadas, e revistas pelo legislador.

3. Para informação mais aprofundada sobre este tema, clicar aqui.
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Aventureiros mas pouco





















Erwin Olaf

Os homens portugueses são os maiores adeptos das «aventuras de uma noite», apesar da maior parte confessar ser fiel às suas companheiras
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Recomenda-se "musica" Portuguesa de "musicos" trabalhadores

fora os puritanismos, fora a ideia atrapalhada que os musicos portugueses são perseguidos e negligênciados, fora as críticas de fraca qualidade, fora a musica pimba e os comentários de nariz empinado cheios de retórica intelectual sobre o que deve e não deve ser a musica portuguesa... fora tudo isso, a verdade é estamos realmente nas lonas! Mas a pergunta que se faz frequentemente, geralmente pelos principais intervenientes, é a de "quem tem a culpa?"
E na fila para os bodes expiatórios está muita gente e muita coisa.
Desde as rádios que não passam portugueses, ou se passam não é em portugues, as editoras, o público, Stº António, o Primeiro Ministro, o governo, a cerveja sem alcool, a vizinha e o seu poodle francês.
Toda esta gente é culpada de alguma coisa, excepto claro, o próprio músico. porque este ainda pensa que a genialidade funciona per si, porque vive ainda a saudade do advento da música de intervenção ou dos estranhos anos 80. E realmente acreditam: foi tudo um passe de mágica, era eu e alguem sentiu o que eu era e bummmm eis que sou uma estrela...

Parece-me infantil que hoje em dia uma banda não seja versátil e consciente do mundo em que vive, do conceito de imagem que tem de ser diariamente preparado, das técnicas de palco, de fazer vibrar quem nos está a dar o prazer de estar ali a ouvir as nossas egocêntricas almas. E claro... fazer música.

bandas que hoje em dia se esforçam, que são activas e produzem, que craim telediscos, logos, imagens, paginas na internet, curtas metragens, espetáculos audio visuais, conceptualizam e desconceptualizam ( que também é conceptualizar )são bandas que merecem pois são artistas, criativos e esforçam-se. Têm noção de que ser músico dá trabalho, e que é isso mesmo, trabalhar que levará a sua mensagem ( e egocêntrica alma ) a algum lado.

Mesa,Ovo,Toranja,Clã,tantos, tantos....

Força para os que trabalham ao contrário dos que se ficam a lamuriar que os primeiros tiveram foi cunhas.

são eles que fazem a "música" perder o acento, o acento português.

:)))
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Os tarecos

"Caro Bolseiro

A iniciativa FUGA DE CEREBROS COM TALENTO terá lugar HOJE (24 de
Julho), às 18h, na zona de desembarque dass partidas do AEROPORTO DE
LISBOA.

Este protesto simbólico inclui uma encenação de bolseiros forçados a
emigrarem para prosseguirem as suas carreiras, e visa alertar para as
dificuldades enfrentadas pelos jovens investigadores científicos.

Tem havido bastante interesse por parte da comunicação social, pelo
que podemos contar com a sua presença hoje à tarde. PRECISAMOS TAMBÉM
DA TUA PRESENÇA! A nossa posição será reforçada com uma presença
robusta de bolseiros.
" email da Associação de Boldeiros de Investigação Científica
Sou bem capaz de ter que ir ao aeroporto de Lisboa em breve, mas não é para tomar
parte em nenhuma (ence)nação.
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e penso eu...

José Miguel Júdice falou hoje no "Conselho Superior" da Antena1 sobre a visita da Ministra à Assembleia. Começa por firsar a diferença entre a política e a técnica. [E penso eu: é a diferença entre o que se diz e o que se faz!] Esclarece que tem que ver com o modo como se dizem as coisas. [E penso eu: é a diferença entre o falar bonito para esquecer e o falar directo para pôr em prática.] Continua dizendo que a política tem uma linguagem própria e que a Ministra, não sendo política, meteu os pés pelas mãos na Assembleia. Acrescenta, no entanto, que a senhora saíu melhor do que entrou, ganhando um estado de graça temporário: o da coitadinha. [E penso eu: Coitadinho é o Calimero!!!...]
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Na imagem (cortesia da BBC): Um blogger português descansa entre dois posts sobre o conflito Israelo-Libanês.


Um Herói!
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domingo, julho 23, 2006

Como afastar leitores


Capas horríveis, formatos incómodos e preços elevados. A Guerra e Paz começa a ser especialista na arte.
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Gaiteiros de Lisboa ontem no Porto

Em palco... uma montanha de instrumentos possíveis e imaginários no campo do sopro, da percussão e mais alguma coisa. Os bombos, os pratos, as latas,... predominantemente à esquerda e as gaitas, a trompa, as flautas,... predominantemente à direita. No meio, os tubarões: uma colecção de tubos de PVC cinzentos, convenientemente cortados e alinhados numa estrutura de madeira formando uma oitava, e tocados pela batida de uma espécie de chinelo de esponja. Os sete gaiteiros foram-se passeando pelo palco, saltando de instrumento em instrumento, dando um nó na cabeça do técnico das luzes, que ontem devia estar em dia não - digo eu! -, e gerando alguns (vários!) contratempos logísticos nos entretantos. O vilolino de Manuel Rocha juntou-se ao grupo em algumas músicas.

O público (que não encheu a sala), afectado pelo "snobismo" do espaço - como ouvi alguém dizer no intervalo -, demorou um bocado a aquecer, correspondendo apenas no final das músicas. A comunicação em conversa bem disposta, que tardou a aparecer, facilitou a aproximação e o acompanhamento espontâneo das palmas durante as músicas lá foi surgindo timidamente pelo meio.

Para quem não conhecia o grupo - para mim! - o espetáculo foi uma agradável surpresa - fiquei orgulhosa de ter comprado bilhete - ó pá, Nuno, "obrigados"! A força da percussão, a harmonia dos sopros, a envolvência das vozes, unidos por um espírito de raíz tradicional e salpicados pela exploração de novos sons saídos de instrumentos únicos feitos por medida... - "eu gosto disto!" era o pensamento que me ia assaltando de forma cada vez mais confiante durante o desfilar das músicas em palco, consolidando-se a convicção de que é um espetáculo que vale a pena ver ao vivo.

Resta dizer que ainda não foi desta que "Sátiro" viu a luz do dia, mas que continua ansioso por sair cá para fora.

[A Casa da Música segue em português no próximo dia 30 com Maria João e José Peixoto. E, não sei se já tinha dito, dia 7 de Dezembro há Sérgio Godinho! =)]
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Quando leio certos blogues é como se levasse um murro no estômago. O pior é que me dá um gozo do caraças ... filhos da mãe
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Do lado de cá das bombas

O público de hoje inclui uma interessante lista de blogues de libaneses e israelitas que têm vindo a comentar o conflito. Eis um bom complemento da informação e do comentário tradicionais, feito por quem vive de perto a questão. Aqui ficam alguns:

Urshalim, Israeli bunker, Mustapha, Ronen, On the face, Perpetual refugee.
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Directo ao assunto

O que começou por ser uma justificada resposta de Israel à agressão parece agora uma ratoeira de duas portas, uma para cada lado. Nenhum dos lados pode derrotar o outro, mas nenhum pode ceder.
Jorge Almeida Fernandes, Público de hoje
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Nós e os media


A primeira página do público de hoje inclui uma chamada de atenção para o problema da abertura do túmulo de Afonso Henriques com o seguinte título: «José Mattoso escreveu a Sócrates sobre o túmulo de D. Afonso Henriques». Dentro, a página 3, encontra-se uma coluna cujo título, em letras grandes, reza assim: «Historiador José Mattoso escreveu carta a Sócrates sobre o túmulo de Afonso Henriques». Começo a ler a coluna, e rapidamente me apercebo que a carta de Mattoso, tão efusivamente anunciada, está aqui um pouco como Pilato no Credo. As referências a ela resumem-se a isto: "Foi precisamente a Sócrates que o historiador José Mattoso, membro da equipa de Eugénia Cunha, dirigiu uma carta, dias depois de o IPPAR ter voltado atrás na autorização que concedera à antropóloga. Mattoso prefere não falar sobre a carta enviada e o gabinete de José Sócrates optou por não fazer qualquer declaração sobre o assunto".
Ah..
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My name is Jonh, Jonh Pendry

Os emigrantes, no país de acolhimento, convivem muito com pessoas oriundas do país de origem. E, não, isto não é um exclusivo português. Vamos por momentos assumir que se trata de uma questão pragmática.

No meu caso tive alguns bons amigos portugueses enquanto vivi em Inglaterra. Alguns deles faziam investigação. Tenho belas histórias para contar.

O Miguel gostava de contar alto e bom som na cafetaria (em inglês para que toda a gente entendesse):
"My first shock when I arrived was listening to the departmental secretary addressing John Pendry as «John». Just like that «John»!"

O detalhe é que o senhor um dia destes é bem capaz de ganhar o prémio nóbel da física.
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sábado, julho 22, 2006

Ainda o CSI

«Já aconteceu ao Bomba Inteligente da Carla e está agora a acontecer ao Abrupto de José Pacheco Pereira. Sem aviso, blogues duplos (quase iguais) entram em cena e ostentam-se subitamente a si próprios como peças de um fetichismo primário. Não acreditarão numa fulminante entrada no paraíso, depois de se fazerem explodir no meio da multidão; mas acreditarão no prazer efémero, às vezes apenas de instantes, que é tentar reduzir o outro a nada. O terrorismo visa sempre o mesmo: aniquilar em nome de uma imagem, seja ela qual for. Na atmosfera como na blogosfera.» in Miniscente

«According to both Viviane and Clayton H, a significant--if small-- number of sex and erotica blogs posted on blogspot/blogger have recently been hacked. Seems like someone--or a few folks--have found ways to steal passwords, and....Discussion of how to protect your blog and improve security is happening at stopinternetcensorship.blogspot.com--the tips from this small community seem useful for everyone looking to safeguard their data.More on this from Figleaf.» in Susan Mernit's Blog

Para além disso descobri (ainda hoje, não me perguntem como*) que o "blogue fantasma" do abrupto ainda está acessível, o respectivo código não me parece ter nada de especial para além de um conjunto de anúncios que qualquer um pode pôr no seu blogue. O truque é mesmo explorar as fraquezas do blogger para poder usar uma URL que é um asset valiosissímo ainda que gratuito. Ontem à noite a brincar aos detectives descobri que o retorno mínimo no sistema de publicidade utilizado pelo hacker são 10 dólares diários, isto assumindo que o engraçadinho não tem mais do que uma conta no servidor que fornece o serviço publicitário. Para além disso o tal blogue fantasma tem uma caixa de comentários vazia e com comment moderation, resta saber se os comentários são de facto enviados para um email válido. Duvido!

Resta acrescentar que acedendo à referida página do "blogue fantasma" é possível ver o código fonte do script que origina a publicidade, suponho que a informação aí disponível permitirá com a ajuda do fornecedor do serviço de publicidade saber univocamente a morada para onde são enviados os chequesinhos com as royalties da boa acção. É claro que se o rapaz for mesmo esperto usa uma caixa postal anónima, o que (se Deus quiser), nos dias que correm, também deveria ser resolúvel, por razões que o Pacheco Pereira saberá explicar melhor do que eu ...

Só mesmo nós, neste nosso paraíso (latino e umbiguista) à beira mar plantado, para pensarmos que a brincadeira é ad hominem ...

Actualização: Após algumas brincadeirinhas com o código do script que coloca a publicidade no template do pseudoabrupto, constato que o user id do brincalhão no servidor de publicidade é "99246".

Actualização 2: Está aqui uma cópia da brincadeirinha. Optei pela publicidade gratuita, num gesto covarde e inadmissível numa sociedade que se quer liberal. Arrepender-me-ei para todo sempre! (Os melómanos, se quiserem, tem lá o código fonte do script publicitário, devidamente in ctivado.)
O blog tem caixa de comentários, aberta a todos, vão lá divirtam-se, comentem, deixem lá o vosso spam, anónimo. Ou nem por isso.

* o objectivo da expressão é claramente iniciático.
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a História por trás da Quadratura...

Já que o tema da actualidade blogosférica tem sido Pacheco Pereira, aqui fica também o meu contributo. Mas, como políticas e politiquices não são o meu forte e também não percebo nada de hackers e crackers, vou tentar uma abordagem alternativa...

Sabeis vós o que tem realmente de especial a Quadratura do Círculo?...

A Quadratura do Círculo é um dos três famosos problemas da Antiguidade Clássica - época em que se "divertiam" a fazer construções geométricas recorrendo exclusivamente ao uso de régua (não graduada) e compasso. Quadrar um círculo consiste em construir um quadrado com a mesma área do círculo dado, e as outras duas famosas construções são a Duplicação do Cubo - construir um cubo com o dobro do volume dum cubo dado - e a Trissecção do Ângulo - dividir um ângulo dado em três ângulos de igual amplitude. Durante séculos e séculos a procura de resposta a estes três problemas impulsionou grandes avanços na Matemática e, só no século XIX, com razões que vão muito além da Geometria, foi provada a impossibilidade euclidiana destas construções com régua e compasso. Assim, os três famosos problemas consumaram-se como três famosas impossibilidades... e viveram felizes para sempre!

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O bom o mau e o vilão

Estamos entendidos André, eu sou o vilão, tu és o bom e ele é o mau. Acima de tudo nada de sentimentalismos, que isto do farwest da blogosfera portuguesa não se coaduna com estas coisas.
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Rosebud


















Pacheco Pereira é uma força da natureza. Ainda mal recuperado dos ataques vis de que foi alvo esta semana o seu Abrupto, já arranjou forças para descobrir Xanadu em Titã, e em Kubla Khan. A recuperar a esta velocidade, ainda acaba por descobrir a Xanadu de Charles Foster Kane, e o verdadeiro significado de «Rosebud».
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Sumário dos nefastos efeitos da pirataria sobre o sitemeter do abrupto

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sexta-feira, julho 21, 2006

ainda falta muito?...

Ainda falta muito para dia 7 de Dezembro?...
...
Falta?! Ohhh... Está bem, eu espero... ... ... ... ... Então e agora? Ainda falta muito?...
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Metablogers do it better or metablogers can not stop looking to their belly button

Em tempos cheguei a dizer que às vezes mandava um post para o blogue errado, na altura, houve até quem perguntasse se eu corrigia ou não o erro.

Eu confesso que continuo a gostar de esticar a corda, mas há certos erros que agora já não tenho vontade nenhuma de cometer, não sei porquê.
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quinta-feira, julho 20, 2006

há gente antipática...

Os revisores dos comboios urbanos têm uma maquineta para tirar bilhetes, mas o utentes que entra numa estação com venda personalizada ou automática de bilhetes têm de o comprar na estação, sendo o revisor um agente de venda apenas para os restantes casos. Eu acho muito bem, até porque, se assim não fosse, ninguém comprava bilhete na estação e, à custa das vezes em que não passa o revisor - pois ele não pode estar em todo o lado ao mesmo tempo! -, iria haver muita viagem por pagar. Mas uma coisa é não comprar bilhete e simplesmente ficar à espera que o revisor apareça (ou não) para lhe dar conta do sucedido, outra coisa é, ainda antes do comboio partir, chegar a correr e explicar ao revisor que se está atrasado, perguntado se se pode comprar o bilhete a bordo.

Não, minha senhora. Tem de comprar ali na máquina. Se entrar no comboio sem bilhete paga uma multa de 50€.

Mas eu tenho um exame marcado agora de manhã no Porto...

Este comboio já está a partir atrasado. Se tivéssemos partido a horas a senhora não o teria apanhado. Espere pelo próximo!

E fecham-se as portas, com a senhora do lado de fora a perguntar o nome do revisor - espero que para apresentar queixa, apesar de eu não saber muito bem com base em quê: antipatia extrema, será que serve?... Eu percebo que as regras sejam para se cumprir, mas há que ter em conta o espírito da sua criação. A mulher foi ter com ele antes de entrar no comboio, ou seja, não ia fugir ao pagamento do bilhete; o que é que lhe custava ter-lhe cobrado o bilhete a bordo do comboio?...
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na na na na na na na na na na...

- meu bem cê me dá o protector do couro cabeludo?
- do couro quê?
meu bem sinceramente entediada - meu amor você tem de aprender português de Portugal.
- não seja ridícula!
meu bem consultando as notícias no nokia 354a - meu amor aquela história do Abrupto tá-se simplificando?
- não sei não! mas o André diz qu'é cracker e não hacker!
meu bem com ar de enfado - você sabe benzinho, essa coisada técnica não é assunto da minha simpatia - corrigindo o ar e levantando levemente os óculo Ray Ban - benzinho cê tá vendo aquele menino ali?
- o abutre? craro que tou vendo, um dia deste rebento a cara desse cara!
meu bem sussurrando ao ouvido esquerdo de benzinho - cê sabe benzinho ele há menino tão peladinha...
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C-802





















Judeu Errante, Gustave Doré

«...podem ter a certeza de que aconteça o que acontecer o Abrupto continuará. Não será por esta via que acabam com ele.» Pacheco dixit

Com aquela conversa toda do «judeu errante» não me admira nada que o ataque ao Abrupto se trate de uma retaliação do Hezbollah.
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quarta-feira, julho 19, 2006

Notícias blogosféricas

O blogue "de vagares" está entre a vida e a morte, segundo consta tudo isto se deve aos ataques das mamonas assassinas.
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CSI: Abrupto

















Paulo Querido lidera a nova equipa CSI. No primeiro episódio desta saga de produção nacional, a equipa CSI investiga um presumível ataque à integridade física virtual de um conhecido opinion maker da nossa praça.
Como tive o privilégio de assistir ao teaser desta nova série, posso desde já garantir que a interpretação de Pacheco Pereira é simplesmente assombrosa, e tão realista, que chega mesmo a parecer um blogger à beira de um ataque de nervos.

Esta nova série conta ainda com a participação de outros dois actores bastante conhecidos da Blogosfera Lusa: Eduardo Pitta e Miss Pearls. Com uma equipa de CSI’s desta envergadura, o crime na blogosfera tem os dias contados.

PS. Só lamento que se continue a confundir crackers com hackers.
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O maravilhoso planeta da música portuguesa
[Parte um vírgula cinco]















«É preciso ter calma
Não dar o corpo pela alma»


Os fãs do Abrunhosa que me perdoem, porém, embora podendo não parecer – como efectivamente não parece –, o desígnio desta minha indecorosa criação photoshópica é única e exclusivamente a paidagogía.

Ainda cheguei a ponderar colar neste simulacro algumas breves linhas de uma qualquer prosa ininteligível – e analogamente indecorosa –, em busca de uma concatenação perfeita, mas como certo dia disse um publicitário americano – ou segundo outros, um sábio chinês –,“uma imagem vale mais que mil palavras”.

PS. Voltarei a este assunto mais tarde.
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mais vale tarde...

Já percebi que há uma grande margem de improviso... Sabendo a matéria, ter capacidade de relacionar...

Dizia ontem na RTP, uma das alunas abrangidas pela repetição dos exames de Física e Química, numa entrevista de rua (ou melhor, de café), quando a jornalista lhe perguntou o que iria fazer de diferente no estudo para este novo exame.

E digo eu: Ó minha linda, só agora é que percebeste isso?!...
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o Umberto, novamente!

- meu bem cê tá lendo o Umberto, novamente?

meu bem de semblante ligeiramente irritado – você insiste em me importunar quando estou envolvida na leitura, assim não dá.

- sorry meu bem, acontece que a gente no vindo pra praia necessita de carinho, tou carente.

meu bem olhando de soslaio e desfolhando mais uma página – hoje não tem menina jogando bola, não é?

- é, não sei que deu nas danadinha!

meu bem abanando ao de leve a cabeça e sussurrando – este fulano deve pensar qu’eu estou interessada na história da carochinha...

- cê tá falando de quê, meu bem?

meu bem continuando a abanar a cabeça num jeito de deixa pra lá – da próxima vez que você me vir pegando nesse livro, cê faz o favor de botar fogo nele?

- meu bem cê é irritante com esse livro aí, não percebo porque não o vai jogando no lixo.

- meu bem cê sabe... vai ser tema de tertúlia blogueira e eu pretendo saber do que falo.

- meu bem cê não conhece o método de leitura simplificada?

meu bem sacudindo os resquícios de areia na cadeira de praia e ajeitando o óculo Ray Ban – não preciso, cê vai me dando uma lição diária sobre o assunto, baby.

- cê tá pretendendo me tirar do sério?

meu bem sorrindo e mostrando os dentes recentemente alinhados - sim meu amor, eu gosto do seu jeito tirado do sério – osculando ele.

tlim tlim tlim benzinho consultando mensagem no nokia 354a - meu bem cruz credo! qu'horror! o abrupto foi atacado por um hacker!

meu bem pestanejando os cilíos - xi... isso é coisa simples ou complicada, baby?

- cê é uma danada de uma invejosa, isso é que você é!

meu bem abanando ao de leve os óculo Ray Ban e murmurando - cê é um desentendidozinho!

acariciando a coxa dela e gritando ao menino jogando bola – ESSA DONA É MINHA. TIRA O OLHO, ABUTRE!

meu bem, num acariciamento Ray Ban, nas perna do menino, acabando de marcar um gol. esse menino, cafajestezinho, e ela precisando de ler as perna dele, danação!

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terça-feira, julho 18, 2006

Quem examina quem examina?


Como tenho estado muito ocupado, desconheço pormenores da trapalhada da repetição dos exames de Física e Química (a ver se o Diário de Notícias de amanhã me esclarece). Mas retive uma informação dada pela SIC-Notícias. Segundo Mário Crespo, houve professores que tentarem fazer alguns dos exames no tempo previsto, e não conseguiram. O comentário de Mário Crespo é o único admissível: isto também diz muito acerca desses professores/correctores. Até porque houve alunos que, não só conseguiram acabar os exames no tempo pretendido, como o fizeram com boas notas. Ou não houve?...
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ao contrário aqui do André...

Conheci um poeta, escritor e solidário
Um livre-pensador, vanguarda e visionário
Falava em proteger florestas, oceanos
Os rios e o ar que já não respiramos
Escrevia com alma, com coerência e energia
O tempo ia passando, ninguém o compreendia
E livre de discursos, promessas, teorias
Podiam-lhe chamar para melhor o definir
Livre pensador convicto ecologista,
Um grande idealista

Ele era um poeta, um pintor, um pianista
Seu nome não vem na lista

Conheci um pintor que pintava aguarelas
Criava obras-primas e morria com elas
Conheci um pianista, um músico anarquista
Que compunha canções, que eram sua conquista
E tocava com alma, sentimento e alegria
O tempo ia passando ninguém o compreendia
E livre de discursos, promessas, teorias
Podia-se dizer para o melhor definir
Dava sons à vida, coloria a vida, alegrava a vida

Ele era um poeta, um pintor, um pianista
Um músico anarquista
Ele era um poeta, um pintor um pianista
Seu nome não vem na lista

José Cid, “O poeta, o pintor e o músico” (1993)


Eu até ia escrever sobre outra coisa, mas visto que o chefe voltou a por música nacional ali no cantinho - e depois de tanta afronta =) - eu tinha de dizer alguma coisa!

Ao contrário aqui do André, como já devem ter reparado, eu gosto de música portuguesa, e, além disso, de há uns tempos para cá, até gosto de gostar de música portuguesa – torna-me assim numa espécie de bicho raro!... Não estou a dizer que toda a música nacional é boa, mas há boa música nacional. Também não estou a dizer que o que é estrangeiro não presta, mas tenho uma propensão natural para o que é nosso – e não é só na música...

Ao contrário aqui do André, os CD cantarolados na língua de Camões dominam esmagadoramente a minha pequena discoteca particular e tenho gosto em assistir a espetáculos de músicos nacionais – não “um qualquer” só porque é português, mas um bom espetáculo, que aprecio especialmente por ser português.

Ao contrário aqui do André, não assisti à gala do Gil tempo suficiente para ter uma opinião formada, mas, à partida não me parecia mal a junção em palco desses artistas. No entanto, como não tenho conhecimento de causa e reconhecendo que por vezes há boas ideias que não correm muito bem, abstenho-me de mais comentários.

Ao contrário aqui do André... não, desta vez não é ao contrário do André... Eu também vi a tal reportagem na SIC sobre José Cid, apesar de ter ficado um bocado descontextualizada porque perdi o início – aquilo veio a propósito de quê?... Adiante! A imagem que eu tenho do José Cid está um bocado afectada pela posição demasiado ofensiva que ele tem vindo a tomar face ao panorama musical pouco dado à música portuguesa. As coisas não estão muito bem, mas nem tudo vai mal e a música nacional vai passando (pouco, mas alguma coisa!) nas rádios – que eu ouço! A Antena1 e a Antena3, como rádios de serviço público, têm dado alguns bons exemplos: e viva a Quinta dos Portugueses da Antena3 – onde as 5as feiras são exclusivamente nacionais. Mas voltando ao Cid, deu há uns anos uma 3ª feira de Queima das Fitas com algum nível – dia tradicionalmente “pimba” – e também eu fiquei espantada com as músicas que sabia do senhor... Eu não o catalogaria como pimba, a imagem em que se transformou é que o torna caricato, não é tanto a música, ou, pelo menos não era... A visão imediata que tenho dele é ao piano a cantar a música ali do início: “Ele era um poeta, um pintor, uuuuuuuuuuuuuuuum pianista” – não me lembro do resto da música, mas a letra (que fui buscar a um site sobre o Festival) não é má e adequa-se um bocado aqui ao espírito de incompreensão do músico nacional.

Ao contrário aqui do André, e falando agora ali no cantinho musical do chefe, tenho os três álbuns dos The Gift. Gosto bastante do primeiro – Vinyl – saiu uma coisa diferente, as cordas dão-lhe um toque especial. Os outros dois – Film e AM/FM – estão mais electrónicos, já não gosto tanto... Diz, quem gosta, que este último é, de longe, o melhor... Eu não aprecio... Quanto ao grupo em si, não gosto da postura que têm em palco e em entrevistas – demasiado pretensiosos e não primam pela simpatia. Neste campo de apresentações em palco, vivam os Clã e a Manuela Azevedo, que estão para os The Gift e a Sónia como a noite para o dia.

Concluindo, e ao contrário aqui do que acha o André, “o maravilhoso planeta da música portuguesa” existe e recomenda-se – sendo certo que aquela foto não é, obviamente, a sua melhor imagem de marca! Dependendo do local e da altura, é importante sentir as mensagens, apreciar as letras, ser envolvido pela melodia, saltar com a batida, dançar com o ritmo, gritar com o som... É claro que também podem fazer tudo isto com a música estrangeira – acredito! –, isso parece que nunca esteve em causa, o que está em causa é o facto, para muitos, surpreendente, de o poderem fazer com música portuguesa!


PS: No próximo sábado há Gaiteiros de Lisboa na Casa da Música, às 22h, com bilhetes a 10€. Confesso que foi a minha “propensão natural” (aliada a um gostinho especial pela música tradicional) me alertou para este espetáculo, mas o que me convenceu foi esta apreciação do Nuno Sousa ao espetáculo de Lisboa.
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a relevância, chérie?


- cê sabe meu bem, o André não gosta de música portuguesa, apesar de encontrar em alguns a relevância.

- a relevância, chérie?

- Rui Veloso, Abrunhosa, Tim e género.

- o André não anda ouvindo novidade.

- novidade, meu bem?

- sim, o Alexandre Monteiro, o Cruisin' Alaska, é tão jeitosinho, fazendo lembrar o pet sounds.

- cê o tem no iPod, meu bem?

- craro.

- cê deixa dar uma olhada?

- cê tem também a Filarmónica Gil, um rapazinho com uma vozinha de futuro Tom Waits, musiquinha bem mexidinha, bem malvadazinha, bem existencialzinha, num sentido de: cadê meu amor?

- cê é uma enciclopédica, meu bem.

- cê sabe bem, estando a gente no fora, a gente sente saudade e chora com a pedra da calçada.

- cê é memo sensível, meu bem.

- e a Marisa, o Camané, a Jacinta, a Sara, o Sérgio? ah e um caso - ao de leve um murmurejo sobrancelha - muuuiiiitttooo esssspeciiiallll.

- o David. com o David eu iria até ao arco-iris encontrando o tesouro lho daria e fugiria apressada, via láctea desfasada e cantarolando tra la la la la la la.

- meu bem cê tá um tanto transtornada, cê relaxe, nós tamo na praia pra curtir o sol, não pra dar vexame!

chérie de óculo de sol observando as pernas dos menino, jogando bola, ele há menino, tão danadinho…
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Quando há lua

















Quando há lua e as mulheres passeiam de vestidos floridos
Espantam-me os seus olhos,
as suas pestanas e toda a ordem do mundo.

Parece-me que de tão grande e mútua atracção
Podia, enfim, resultar a verdade definitiva.

Czeslaw Milosz, in «Cidade sem nome», 1969
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segunda-feira, julho 17, 2006

O maravilhoso planeta da música portuguesa















Não consigo gostar de música portuguesa. Isto não significa que não consiga ouvir uma ou outra musiquinha entoada no nosso idioma, ou que não valorize o trabalho de um ou outro compositor, músico ou banda, mas na generalidade, soa-me tudo imensamente mal.

Em certas ocasiões, no local e altura certa, até sou capaz de escutar, com algum prazer, um Zeca Afonso, um Carlos do Carmo, uns Já Fumega, uns Trovante, um Adriano Correia de Oliveira, contudo, apesar de melomaníaco e consumidor compulsivo de glosas musicais, nunca gastei um cêntimo na compra de um CD cantarolado na língua de Camões, nem para assistir a um espectáculo de um qualquer músico nacional.

Se ainda tivesse alguma incerteza quanto a esta minha hipersensibilidade, os breves, intercalados, e sofríveis minutos, em que tive a infelicidade de assistir ao espectáculo da Fundação Gil, transmitido neste último fim-de-semana num dos nossos canais televisivos, foram mais que suficientes para ter ficado definitivamente esclarecido.

A causa por detrás do espectáculo foi inversamente proporcional à qualidade musical do mesmo. E considerando – como considero – que a Fundação Gil representa uma causa de inquestionável nobreza, podem tentar imaginar o pesadelo que foi para mim ter de ouvir, mesmo que por breves minutos, àquela aberração “musical”.

Não sou apreciador da musicalidade dos artistas que estiveram em palco, mas sou capaz de reconhecer, sem qualquer dificuldade, que Rui Veloso, Luís Represas, Tim, e Abrunhosa, são algumas das mais eminentes figuras da nossa música. Mas todos juntos?! Minha nossa! Aquilo soava pior que um concerto do Zé Cabra.

Isto tudo vinha a propósito – depois de ter "colado" a fotografia no topo deste post já não tenho tanto a certeza –, de ter passado esta noite no Jornal da SIC uma reportagem sobre os 40 anos de carreira de José Cid. Amado por muitos, gozado por muitos mais, a verdade é que no ano passado, numa daquelas já tradicionais festarolas de Verão em honra de uma qualquer Santa padroeira de uma aldeola perto da Ericeira, tive a oportunidade de assistir, por entre o intenso fumo de uma sardinhada, popular qb, a um espectáculo do José Cid e da sua banda, que incluía nomes como Zé Nabo e Mike Sargent, e posso garantir que foi um verdadeiro show. Também fiquei espantado com a quantidade de pessoas de todas as idades, e das mais diversas condições socioprofissionais, que sabiam, na ponta da língua, todas as músicas do José Cid. Para além do mais, descobri hoje, que é um dos raros cantores portugueses que já tem vídeos editados no YouTube.
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o avanço do choque tecnológico...

Quem nunca andou atrás do Rossio e da Rua Augusta? Quem nunca foi directamente para a prisão sem passar pela casa da partida e sem receber 2000$00?... Para além do jogo clássico, tem havido diversas edições especiais que vão adaptando as ruas, as estações e as companhias a outros contextos. Vi, há pouco tempo, uma das edições mais recentes, onde algumas ruas são diferentes, as estações são aeroportos e as companhias das águas e electricidade são qualquer coisa de telemóveis e internet. Mas o que me chamou imediatamente a atenção até foi outra coisa: as notas! esta edição não tem notas!!! Cada jogador tem um "cartão bancário" e as transacções são efectuadas num aparelhómetro - uma espécie de calculadora adaptada a terminal multibanco. Invadiu-me um misto de nostalgia e admiração... O choque tecnológico já chegou ao Monopólio!
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novos diálogos dos cabeça melancia


- cê viu cariño? é ou não belíssima?

cariño abrindo disfarçadamente a boca – pois… assim também eu!

- como cê domina bem a gramática... cê pretende desdizer o quê?

cariño acariciando o tédio – meu amorrrr essa menina tem tudo no sítio, excepto um pequeno pormenor e… dramático…

- lá está você vendo verruga no canto do olho.

cariño sorrindo cinicamente – verruga… hum interessante… bem interessante …

- cariño desembucha lá… não tenho o dia todo!

cariño esfregando o tornozelo – tem dia aflito assim pra você meu amorrr? – acompanhando as costas da mão com trajecto da perna como cê consegue fazer isso?os dedos brincando com os pelos das pernas dele

- ai cariño, isso machuca!

e sussurrando-lhe ao ouvido esquerdo – é um ele, meu amorrrr.

- não! – abrindo a boca pasmado e exclamando enraivecido – cê sabe cariño… essa gente anda vendendo gato por lebre…

cariño pestanejando e descobrindo a língua nos dentes – cê sabe amor cê dê por bem empregue o amor qu’a gente tem!

- é isso aí meu bem… é isso aí!

cariño sedutora e disfarçadamente osculando ELE.

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domingo, julho 16, 2006

A Hora da Literatura. Serviço público.

Ignoro as possíveis implicações legais, e suponho que as editoras não acham muita piada. Mas uma das coisas boas dos blogues é isto de podermos ler extractos mais ou menos generosos de grandes momentos da Literatura. Nós agradecemos. Por exemplo, este grande conto de Jorge de Sena.
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Vecchia Signora


Sobre a despromoção da Juventus podem dizer-se muitas coisas. Que as irregularidades desportivas devem ser severamente punidas; que a justiça italiana funcionou rápida e sem olhar a nomes; que em Portugal estas coisas seriam impensáveis. Tudo muito certo. Mas eu sou da Juventus desde pequenino, mesmo sem saber porquê. E lá que fiquei triste, fiquei.
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Directo ao assunto

Na sequência da vitória do Não no referendo de 1998 sobre o aborto, os adeptos da liberalização assentaram a sua estratégia na exploração mediática dos julgamentos de mulheres acusadas desse crime. Acabar com uma lei que “envia as mulheres para a prisão” e com o “enxovalho do julgamento” foi o lema que incendiou os media, da Maia a Aveiro. O facto de não haver mulheres na prisão não os impressionou. E o facto de a instrumentalização ruidosa desses julgamentos só agravar o estigma do julgamento penal (contra o qual pretensamente protestavam) tornava claro que aquelas mulheres não estavam a ser respeitadas por elas próprias: estavam a ser usadas, ao serviço de uma causa ideológica. Não é difícil reconhecer que o objectivo dos defensores da liberalização do aborto não é evitar os julgamenots ou a prisão. O seu propósito é o aborto livre, universal e gratuito (isto é, financiado pelos contribuintes) até às 10 semanas.
Alexandra Teté, Público de hoje
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os cabeça melancia


- querida h0je ac0rdei virado para o enfrentar do mundo.

querida cogitandohoje é o enfrentar o mundo, amanhã é o Teixeira, o funcionário mais extraordinariamente inteligente do Universo, depois é a Paula, xi… e o que ela faz ganhar!

- querida cê tá m’ouvindo?

querida limando unha sim… mas não sendo todo tão geniais, eu consigo viver a interligação do mundo e é o fim da picada, esta onda tá com tudo!

- querida imagine que na última janta da empresa o novo consultor fez isso e mais aquilo e até contando uma anedota em público sobre negociação, imagine entre uma puta e um cliente, esse cara é um génio! vê oportunidade de negócio até aí…

querida acomodando o cigarro na boquilha - enfim o génio é um careca, baixinho e bastante sedutor.

- cê sabe que o Pina não ganhou as eleições? imagine qu’eu tando com o Querido, e ele telefonando prá’qui e prá’colá, tentando motivar os eleitores, mas o homem é só puzzles e tá dando muito nas vistas.

querida com uma ligeira enxaqueca - ainda bem que ele perdeu, é essa gente que dá cabo dos partidos.

- ce cê imaginasse a coisa querida, acho que nem olhava pra eles.

querida olhando como quem pretendendo um assassinato quero um lá d'imaginar e alguma coisa de lógica administrativa.

- pois é querida cê tá certa. mas a João é uma excelente jornalista, imagine que lhe dei um texto para fazer sobre a Cochinchina e ela o fez!

querida sussurrando o óbvioé normal, a senhora é jornalista!

- eu sei querida, acontece qu’hoje em dia cê sabe como é difícil encontrar alguém que saiba falar, quanto mais escrever!

querida cogitando sobre o não ser o que me interessa nas pessoas é a sua capacidade de gritar vida por entre os gestos, os olhos, as mãos, o resto é irrelevante.

- eh, mas cê não trabalha com elas, não, isso é importante, mas… cê também precisa de avaliar a inteligência.

querida num trejeito de altruísmo a inteligência é apenas mais um apêndice.

- Xiça querida cê hoje tá memo braba!

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sábado, julho 15, 2006

Coisas complicadas e má língua

"Parece que o Parlamento Europeu quer ouvir o actual MNE, o director do Instituto Nacional de Aviação Civil, Luís Almeida, o director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, e o director-geral do Serviço de Informações de Segurança, Antero Luís, a propósito da obscura questão do "caso dos voos da CIA". A proposta é de Ana Gomes (tinha que ser) e obteve a complacência de Carlos Coelho, em ambos os casos tomando muito infelizes atitudes, para não dizer outra coisa. Espero bem que os nossos responsáveis nas áreas mais sensíveis da nossa política externa e segurança nacional digam claramente que não, que não aceitam este tipo de intromissões do PE num estado soberano." Pacheco Pereira

"Pacheco Pereira escreve e termina com "estado soberano" um parágrafo acerca dos voos da CIA. Pois é! E descreve "o caso dos voos da CIA", entre aspas. Delírio? Não, pura palhaçada. Sonhando, deve pensar que o país dorme." Vitorino Ramos

E eu que não gosto nada de concordar com as outras pessoas: um verdadeiro carneiro.
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Soraia Chaves



Reparem no detalhe dos botões dourados, só não percebo é porque é que puseram botões dos dois lados, a costureira devia estar distraída.

Agora com licença tenho que ir comprar o Expresso, que eu sou um homem respeitável e sério.
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sexta-feira, julho 14, 2006

Passeando pela blogosfera

I am a fundamental conservative Christian Republican of African American ancestry. I work for a soap manufacturer in the IT department. I believe the world has gone absolutely insane and will rapidly get worse. I blame the liberals.
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Tudo bons rapazes




Ainda no DN de hoje (e também indisponível on-line), Ramalho Eanes lembra algumas das figuras internacionais que melhor impressão lhe deixaram, enquanto foi Presidente da República. Entre eles, estão Tito e Deng Xiaoping.
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Os mauzões


Leio no Diário de Notícias de hoje (indisponível on-line) que o inefável Coito Pita, fiel braço armado de Alberto João Jardim, «com a voz colocada no registo da ameaça, recordou que há 75 anos tivémos uma revolta da Madeira. Daí o apelo que eu faço aos madeirenses. Estejam atentos a esta postura do PS porque, ainda, podemos chegar a uma nova revolta do século XXI» (sic, tal e qual, com vírgulas e tudo). Suponho que Coito quis formular uma ameaça para nós, os do rectângulo. Acontece que, para que uma ameaça faça sentido, são necessários, pelo menos, dois requisitos: a) que os ameaçados não queiram que a ameaça se realize; b) que os ameaçadores tenham vontade e capacidade para realizar a ameaça. Contas feitas, Pita devia seguir com mais atenção os media do continente. Estes radicais madeirenses lembram-me um certo anúncio: "eles falam, falam...".
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Até que a morte vos separe














Tenho a consciência que este é um tema bastante controverso. Inclusivamente, as maiores e mais “calorosas” discussões a que alguma vez assisti, versaram precisamente esta temática.

Como o governo israelita nunca abdicará da Lei de Talião, e os grupos palestinianos mais radicais nunca aceitarão o domínio judeu sobre Jerusalém, a região parece destinada a ficar para sempre submersa num imenso mar de sangue.

Confesso que ainda tive alguma esperança que com a saída dos israelitas dos territórios ocupados o conflito poderia tender a abrandar, todavia, depois dos últimos acontecimentos, cada vez mais me convenço que este conflito só terá o seu término com a subjugação total de umas das partes envolvidas.

Quando toca a guerra aberta, os israelitas não brincam em serviço. A Síria, o Líbano, o Irão, e todos aqueles que ao longo dos anos tem vindo a comprar esta guerra com Israel, que se cuidem…
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Ó jovem deixa-te lá de fazer de conta que sabes escrever textos humorísticos e diz-nos é quando é a próxima sessão de autógrafos. Estou a falar a sério, quem me mandou perguntar foi a minha prima, e olha que ela não é nada de deitar fora!
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???!!!...

Keyboard error or no keyboard present

Press F1 to continue...
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as raparigas interessantes

também lêem o Expresso, pois o Expresso, está para as raparigas interessantes, como o Quim Barreiros para a populaça, um regalo de faz-de-conta, mas…

os rapazes interessantes também lêem a playboy, pois a playboy, está para os rapazes interessantes, como o Quim Barreiros para a populaça, um excesso de faz-de-conta, mas...

os habitantes de qwerty3001 também lêem a Ana, pois a Ana, está para os habitantes de qwerty3001, como a clínica geral, para a medicina, amanha-se ali um bocadinho de tudo, mas...

e as pessoas interessantes também lêem o geração rasca, pois o geração, está para as pessoas interessantes, como o Shakespeare para a humanidade, regalamo-nos imenso, com os faz de conta, uns dos outros, mas…

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quinta-feira, julho 13, 2006

Clichés

- Que achas do googlar?
- Ultimamente, tenho melhores resultados com o altavista.
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Se há coisa que não suporto é o Chico Espertismo.
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PR


Não custa reconhecer que Cavaco Silva tem tido um bom início de mandato. Digo "não custa", porque não votei nele (aliás, convictamente, eu não votei em ninguém). O mais curioso é a forma como tem gerido os vetos e os reencaminhamentos para o tribunal constitucional. Primeiro, veta inapelavelmente a proposta das quotas para as mulheres. Agora, promulga a lei da procriação medicamente assistida. Eu, que sou contra as quotas e não tenho nada a opor à lei da PMA, felicito-me. Mas o mais interessante nem é isso. O mais interessante é (será/seria) ver os partidos da Esquerda tecerem elogios ao homem que, em Fevereiro, era um novo Salazar, e, inversamente, ver a Direita colocar reservas ao homem que, em Fevereiro, ía por isto tudo na linha. Com muita pena minha, perdi o momento em que Cavaco foi elogiado por Ana Drago. Agora não quero perder o comentário de César das Neves à promulgação da PMA.
Nota: a Igreja Católica, como se vê, continua a "dar orientações aos cristãos do ponto de vista ético e moral". Reparem bem: dar orientações. Não se pode dizer que a Santa Madre Igreja não evolui. Há uns anos atrás, daria ordens. Agora, dá orientações.
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The very best of Materazzi



É durinho sim senhor. Só espero é que não se lembrem de fazer uma longa-metragem com as entradas do Petit. :)
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