quarta-feira, maio 31, 2006

Last Dance With Dani California

Os Red Hot Chili Peppers foram acusados de plagiar, com ‘Dani California’, o tema de Tom Petty, ‘Last Dance With Mary Jane’.

Já ouvi 956 vezes o ‘Dani California' e 21 o ‘Last Dance With Mary Jane’ e similitudes… nicles.
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Agenda: Ecrãs em mudança






















O livro será apresentado por:

- José Manuel Paquete de Oliveira, provedor da RTP
- Tânia Morais Soares, investigadora do ISCTE e do Centro de Investigação Media e Democracia (CIMED)
- Maria Emília Brederode Santos,directora da revista Noesis

No dia 6 de Junho, às 18h 30, na Feira do Livro, em Lisboa.

O livro “Ecrãs em mudança” reúne contribuições sobre as relações da televisão e da internet com os seus públicos, sobretudo os jovens. Dá também relevo ao provedor de televisão recentemente instituído pela RTP. A interacção entre os públicos e tais tecnologias faz-se, sobretudo, a partir dos ecrãs, face aos quais nos entregamos, quotidianamente, mais ou menos tempo, na nossa actividade profissional e de lazer. Tais ecrãs estão em mudança pois, quer uns quer outros, sofrem transformações constantes nos conteúdos, nos dispositivos, nos públicos, nas tecnologias que os fazem estar presentes nas sociedades modernas. Este livro dá uma contribuição para entender melhor as relações entre os ecrãs e os públicos, facto maior das sociedades contemporâneas.

Textos de Jacques Piette/Universidade de Sherbrooke, Dominique Pasquier/École des Hautes Études en Sciences Sociales, Jacques Gonnet/Université de Paris III, Eduardo Marçal Grilo/Fundação Calouste Gulbenkian, Serge Tisseron/Université paris VII, Geneviève Guicheney/France Télévisions.

Abrantes, José Carlos, (Organização), Ecrãs em mudança, Livros Horizonte/CIMJ, Lisboa, 2006 Tradução dos textos de francês e de inglês: António Melo e Vera Futscher.

www.josecarlosabrantes.net
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Dúvidas Culinárias


Se um bom frango faz uma boa canja porque é que um bom peru faz uma caca de canja?
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Mais associações de ideias

Ao ouvir certos professores falarem na necessidade e nos benefícios da autoridade, lembro-me de uma frase que é já um clássico dos WC'S (com vossa licença): «Lá fora és um herói, aqui dentro c... todo!».
Nisto, como em tudo, prefiro cobardes sinceros a heróis de papelão.
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sir Stephen Hawking (citado de memória)

"É difícil manter o respeito dos nossos alunos quando estes nos ajudaram a manter a higiene diária."

Ou talvez não.
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À sua maneira


Ontem, ao ver Fátima Bonifácio discorrendo sobre a violência nas escolas, lembrei-me de uma frase que ouvi em tempos:
«O intelectual não suja as mãos de sangue. Apenas ordena o massacre».
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Olha o animal

















nem sempre é fácil
olhar o animal
mesmo que ele te olhe
sem medo ou ódio
fá-lo tão fixamente
que parece desdenhar
o seu subtil segredo
parece ser melhor sentir
a evidência do mundo
que noite e dia ruidosamente
perfura e corrói
o silêncio da alma

Jean Follain
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terça-feira, maio 30, 2006

Passando os olhos pela RTP

Eu, no ano em que dei aulas, também perguntei a um aluno se ele já tinha pensado bem sobre o que seria a sua vida daqui a uns anos. Respondeu ele:
- Ó professor, eu não tenho de me preocupar. O meu pai é rico.
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Wild Sex

Claro. Essa é outra questão que mostra quão importante um título pode ser.
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Post (it) reaccionário

Estava a ler o Código da Vinci. Mas era bonita. É preciso ter a noção das prioridades.
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cultura geral???!!!...

De que côr é o mais famoso vestido de Monica Lewinsky?

[Ontem n' "A Herança".]
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certas manias...

não acho lá grande piada a esta história de, de vez em quando, o meu computador ter vida própria, é que, invariavelmente, o safardana, resolve fazer pela vida, quando eu estou a tentar… fazer pela minha.

vai daí dá-me tamanho guinche, que naquele instante, também houvera de gostar de ter capacidade de iniciativa e mandá-lo às urtigas!

eu como pessoa normal, também pretendo um computador absolutamente normal, sem tais minhoquices.

já lhe disse mais do que uma vez:

cá em casa a única pessoa que poderá ousar, alguma vez, ter vida, sou eu!

e, temporariamente, indignada, volto costas e vou-me deitar.

mas… não é que ontem, acordei a meio da noite, com aquela sensação de fitamento e o fulano, ousando fixar-me, e, ainda por cima, de mala aviada?

às vezes, devia perder certas manias, supérfluas e apelantes, por exemplo, de que sou muito democrata!

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segunda-feira, maio 29, 2006

a propósito

disto, apetece dizer isto:
ah, minha bela intelectuolândia!, leva o cachimbo, as imagens do trabalho, os estudos sobre o comunismo, o complicado e o simples e mostra-nos que há (i)mor(t)alidade na vida do pacheco!
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It's not that english women have anything specially exotic, they actully don't ... its just the way they dress ...
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Alguém me explica ...

... porque é que eu me havia de expressar em português sobre assuntos que penso em inglês ...
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Birras

Eu pensava que o episódio da queixa contra a Opel, por causa de um anúncio publicitário, era mais uma cena da Primavera. Mas leio no Público de Sábado que uma tal Elza Pais "chamou a atenção para a inexistência de uma autoridade que fiscalize a publicidade". Aqui está uma coisa inaceitável: sugerir que um conjunto de iluminados fiscalize, em nome da moral e dos valores (de quem?), a acção dos publicitários. Sinceramente, espero que a Opel responda em grande.
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gostava tanto

de si que um dia achou estranha uma determinada personagem, que se encontrava ali, naquele canto, olhando para ele. aquele homem não tinha nada a ver consigo, era velho e desgastado!
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Por falar em branqueamentos

Em Braga, ainda existe uma estátua do Gomes da Costa. A maior parte das pessoas passa por ela, e não faz a mais pequena ideia de quem seja aquele sujeito. Coitado do Gomes da Costa, cheio de boas intenções, e radicalmente ignorado pelos portugueses. O Tempo branqueia tudo. Que patife!
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domingo, maio 28, 2006

estupidificação...

Um dia destes em entrevista à Antena3, alguém [não me lembro do nome] dos Moonspell disse que quando teve a oportunidade de estar com [outro que não me lembro do nome] - algum grande baterista internacional que ele admirava - a única coisa que lhe conseguiu perguntar foi sobre o tempo que fazia!

Hoje senti-me um bocado assim - estúpida! - quando em frente a Sérgio Godinho não fui capaz de dizer mais nada além do meu nome (e o de outras pessoas para quem também pedi um autógrafo - e esta segunda parte já exigiu um esforço extra...) De entre todos os cd's, cassetes e vinis cá de casa, SG é certamente o que mais vezes aparece! Ouço-o (a par de Fausto) desde que me conheço. Não sei todas as músicas nem lhe conheço todos os álbuns mas, tendo em conta o panorama geral, acho que já vou conhecendo muita coisa. Podia dizer que queria ter assistido à conversa na 5a feira na Feira do Livro. Podia dizer que adorei o concerto intimista dado há uns tempos na Câmara de Matosinhos. Podia dizer que faço parte da tal malta na casa dos 25 que vibrou com os Amigos de Gaspar. Podia dizer que as versões de "O Irmão do Meio" estão muito bem conseguidas. Podia dizer que a parceria com os Clã é uma espécie de dois-em-um muito bem-vindo. Podia, pois podia?... Mas não disse! Isto da estupidificação é muito complicado...

NOTA (para o caso de alguém aí de baixo querer ir dizer tudo isto por mim ao senhor):
Lisboa: A apresentação do livro, originalmente marcada para terça-feira, foi entretanto adiada para domingo, dia 4 de Junho, pelas 21.00. O lançamento do livro em Lisboa decorrerá no Auditório da Feira do Livro.
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Branqueamentos e branqueamentos

Depois de ler este texto de Vital Moreira, para o qual o Filipe nos remeteu, fiquei com a forte impressão de estar a ler uma das tais tentativas de branqueamento da História que Vital Moreira tanto diz reprovar.

Aparentemente, Vital Moreira, quer passar uma esponja sobre o período que se estende de 4 de Outubro de 1910 a 28 de Maio de 1928. Período da nossa História em que não houve dia em que não fosse feita uma greve, uma revolta, um golpe, um contra-golpe, ou uma revolução. Período totalmente preenchido por um longo historial de atentados à democracia, e de assassinatos políticos.

Mas o mais caricato destas comparações históricas, é que a Revolução de 28 de Maio de 1926, se tem parecenças com algo, tem-nas justamente com o 25 de Abril de 1974. A 28 de Maio de 1926 Portugal adere em bloco à Revolução, e a República maçónico-democrática desmorona como um castelo de cartas.

O que é realmente importante, é que todos os acontecimentos históricos sejam analisados com rigor, isenção, e dentro de um contexto histórico. Tudo o resto é demagogia...
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Agora a sério

Eu também fico revoltado quando chamam "fascista" ao Estado Novo. O Fascismo é uma coisa séria, suportada por uma intensa elaboração ideológica, ao qual aderiram intelectuais de vulto e cujo corpo doutrinário deve ser estudado nas faculdades. O Estado Novo é um breve parêntesis retrógrada de um país tradicionalmente retrógrada. No fundo, cada país tem as ditaduras que merece.
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Claro que há um lado positivo em tudo


Imaginem a quantidade de piadas que perderíamos, se este homem não tivesse chegado ao poder.
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E estes, eram cristãos?


Sem dúvida.
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Não vejo qual é o problema em dizer-se que Salazar não era fascista


Afinal, este senhor também não era marxista.
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Idiotas





















Jack Welch, ex-CEO da General Electric e “guru” da gestão mundial, marcou presença na última sexta-feira no Fórum para a Competitividade, a decorrer em Lisboa. Welch não esteve com falinhas mansas, desancou forte e feio no nosso país, e apontou o dedo, directamente, aos empresários e gestores nacionais:

«Os gestores que apenas gostam de números e que não querem saber de pessoas – mas elas existem na empresa! – são uns idiotas».

Na conferência de imprensa que decorreu após a palestra do “guru” da moda, ficámos a saber que Jack Welch considera que o maior problema da fraca produtividade nacional é a cultura empresarial; e que Portugal é visto no estrangeiro como um país em contínua degradação e declínio no que respeita ao mais variados indicadores económicos, necessitando de um «grande abalo».

«Se compararmos o crescimento com o dos países da Europa do Leste, com a Irlanda ou Espanha, eu ficaria embaraçado com o desempenho económico português».

Os Portugueses deviam estar «envergonhados» pela forma como são vistos no estrangeiro.
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Info útil

Enquanto passageiros, existem alguns direitos que nos assistem e que vale a pena conhecer:
As ajudas aos passageiros que ficam em terra por overbooking (venda de mais lugares do que os disponíveis) ou por anulações com menos de duas semanas de antecedência, confere-nos o direito de reivindicar as seguintes indeminizações:
250€ por distâncias inferiores a 1500 km
400€ por distâncias entre 1500 e 3500 km
600€ por distâncias superiores a 3500 km
Sem falar no direito à oferta de comida, bebida e hotel e telefonemas gratuitos.

Ah! E se a espera por novo voo superar as 5h, o direito é de reembolso ou reutilização da viagem, anulada...

Isto é válido, claro está, em todas as companhias de e para qualquer aeroporto comunitário.

Usem e abusem dos vossos direitos... And have a nice fly!
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Directo ao assunto


A poucos dias dos 80 anos do 28 de Maio de 1926, de onde nasceu na ditadura salazarista, o revisionismo de direita aproveita para mais umas tentativas de branqueamento do Estado Novo.A receita tem sempre três ingredientes: (i) a demonização da I República, como reino da desordem, da violência e da "ditadura" do Partido Democrático - assim se justificando o golpe antidemocrático; (ii) o edulcoramento do carácter repressivo da ditadura -, assim se amnistiando os seus crimes; (iii) a relativização da diferença entre o Estado Novo e a actual República democrática -, assim se desvirtuando o 25 de Abril.Fora os correlegionários e os ignorantes, a quem é que estas falsificações históricas e políticas podem convencer?

Vital Moreira, aqui
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Qual é a novidade?

«Ensino superior nos EUA é inovador e competitivo, na Europa é tradicional.»
Público de hoje.
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sábado, maio 27, 2006

obras, obras e mais obras...

O Porto está em permanente estado de obras (pelo menos!) desde a preparação do Porto2001, com forte intensificação por alturas do Euro2004. Houve obras polémicas, umas mais do que outras, umas que ainda duram, outras que nem por isso... Mas não é para falar de polémicas que aqui estou hoje! O metro é excelente (nomeadamente a linha amarela – a que é efectivamente subterrânea!), a Casa da Música (ignorando os problemas de gestão financeira e cultural) é [deve ser!] uma mais valia, a revitalização da zona das Antas foi conseguida (e, apesar da chuva que entra pelas "janelas" laterais, o estádio é lindo! :P), a devolução do eléctrico à baixa parece-me uma boa ideia (não sei bem até que ponto será útil ou financeiramente viável, mas...), a Cordoaria ficou menos sombria (apesar da falta de mesas para os reformados jogarem cartas), na Batalha, a praça foi lavada e o cinema voltou a ganhar vida (resta esperar por uma dinamização mais activa), and soyon, and soyon...

Nos últimos tempos as obras chegaram em força à baixa (ignore-se aqui também a polémica da descaracterização dos Aliados). Circular de carro é mau!: 10 minutos para descer os Clérigos (menos de 500m) é um exagero!, novos sentidos, novas placas, novas direcções com mudanças todas as semanas são um bom teste à perspicácia do condutor. Mas andar a pé também é complicado!!!: mudam paragens e percursos de autocarros, mudam passadeiras, barram caminhos de um lado, abrem passagens de outro, até passam estradas por cima dos passeios! O passeio no fundo da Praça da Liberdade ficou reduzido a um corredorzinho com 1m de largura. Mas até se passava mais ou menos, não fossem os reformados especados a ver as obras, os namorados a passear de mãos dadas, as senhoras lado a lado na conversa, isto, para além das pessoas que já de si se mexem devagar e espaçosamente... Estão a ver aquela cena em que o Mr. Bean quer descer as escadas e acaba por ficar encurralado entre duas pessoas que descem devagar, devagarinho?... É assim que me sinto quando tenho de passar quase a correr nesse passeiozinho a caminho do comboio!

E pronto, foi isto que vim fazer aqui hoje,... lamentar-me! As polémicas ficam para outro dia...
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reflexões à volta de uma bicicleta

comprou uma bicicleta, por vezes sentia necessidade de erigir uma ilusão, lenta e levemente.

fantasia meramente espiritual, retratando-se passo ante passo, sobre alicerces mais ou menos estruturados, e construção arquitectonicamente inovadora,

isto é obra de arquitecto

e podendo ou não albergar impressões despropositadas.

um passado alicerçado em comodidades, e o presente, um marasmo de embaraços.

a obra de arquitecto esbarrando-se transitoriamente, nas vigas descarnadas e nos pilares áridos, demonstrando ostensivamente, a fragilidade de uma bicicleta, iludindo a elegância, mas nunca a ventura.

ilustração de Jonatronix

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Os Clássicos


Quando estudei Literatura Italiana na faculdade, o programa acabava em Leopardi (autor do séc. XIX), depois de passar por Dante, Boccaccio e Goldoni. O meu professor dizia que ainda não há distância suficiente para sabermos que é que vale a pena estudar de entre tudo o que se escreveu no século XX. Até meados do século XX, nas Faculdades de Letras, não se estudava nenhum autor posterior a Eça de Queirós, mas, como se vê pelo meu professor, a ideia persiste. Ao ler o artigo de Rui Tavares no Público de hoje, reparo que, numa sessão dedicada aos clássicos organizada pela Casa Fernando Pessoa, Maria Filomena Mónica defendeu, precisamente, a mesma ideia: nada de estudar autores do século XX. Eu, por formação e gosto, prefiro, pessoalmente, ler autores anteriores ao século XX, e estou convencido de que, fatalmente, muitos dos génios de hoje serão completamente ignorados amanhã. Mas acho simplesmente absurdo que se defenda que, nas escolas, não se deva estudar autores posteriores ao século XIX. Por duas grandes razões. Primeiro, porque é inevitável que a maioria dos alunos prefira autores contemporâneos, o que lhes pode incentivar o gosto pela leitura, entre outras qualidades. Segundo, porque o estudo dos clássicos mais antigos comporta o risco da fossilização: é grande a tentação de os professores analisarem anos a fio os mesmos sonetos de Camões, os mesmos capítulos de Fernão Lopes e, o que é pior, repetirem as mesmas análises que, há décadas, os estudiosos avançaram. Não há nada de mais cómodo do que usarmos o trabalho dos outros e, em grande medida, foi este círculo vicioso que afastou gerações de alunos de Camões, Bernardim ou Fernão Lopes. Propor mais do mesmo seria fatal.

P.S: Ainda segundo Rui Tavres, MFM “sugeriu que talvez a única solução fosse a de fuzilar os professores e começar tudo de novo”. Eu acho bem, mas proponho mais: que se aproveitem as espingardas, e se fuzilem, também, os sociólogos que falam de Literatura sem perceberem patavina de Literatura.
Adenda: este post, via Da Literatura.
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O regresso de um Príncipe






















Nas últimas semanas os tablóides desportivos da nossa praça vêm escrevendo as já vulgares "jornanovelas" que caracterizam todos os finais de época. De um momento para o outro, ao passarmos por uma qualquer banca deste país, podemos ficar a saber que Zidane afinal não acabou a sua carreira e que está a cogitar fazer a próxima época no Sporting; que o Ronaldo vai desvincular-se do Real e assinar pelo Porto; ou que Rui Costa iria abdicar de um ano de contrato que ainda o ligava ao AC Milan, e assinar pelo Benfica.

Confesso que sempre que ouvia os zuns-zuns que apontavam para o regresso de Rui Costa ao Benfica, não conseguia deixar de esboçar um sorriso de gozo. Quando, nas últimas semanas, o assunto Rui Costa vinha à baila nas conversas de café nos intervalos de trabalho, achava piada àquele brilhozinho nos olhos dos meus amigos e amigas benfiquistas. Como nunca acreditei no regresso do jogador ao Benfica, sempre que podia, ia tentando prepará-los psicologicamente para a dolorosa desilusão que poderia chegar a qualquer momento através de uma notícia de rádio ou informação on-line.

Foi pois com algum espanto que assisti à confirmação de que Rui Costa tinha, de facto, assinado pelo Benfica.

A minha convicção baseava-se, no principio erróneo, de que o Rui ainda tinha mais um ano de contrato com o AC Milan e que, em final de carreira, só um “alienado” trocaria um ordenado multimilionário por um salário “simplesmente” milionário. Também conjecturei que se o Rui quisesse sair do AC Milan por não ter a possibilidade de jogar assiduamente, como seria o seu desejo, poderia sempre desvincular-se, em comum acordo com a sua entidade patronal, e aceitar a proposta de um outro clube onde tivesse mais oportunidades e, simultaneamente, com capacidade financeira para lhe continuar a pagar durante mais um ano os honorários multimilionários a que teria direito caso mantivesse o seu vinculo ao AC Milan.

É que apesar de eu ser 250% sportinguista, sempre nutri admiração pelo talento e carácter de Rui Costa – um jogador que, ao contrário da maioria dos seus colegas de profissão, sempre soube assumir a sua paixão clubista pela positiva.

Este retorno só vem reforçar a minha admiração pelo jogador e, principalmente, pelo seu carácter.
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Ano Europeu da Mobilidade

Trabalhar, estudar ou viver na Europa é um direito adquirido, mas o direito de livre circulação no espaço europeu não torna a mão de obra mais eficaz e flexível apesar de este ano 10 milhões de euros estarem a ser aplicados na criação de um milhão de novos empregos distribuidos por 28 países.
2% da população do velho continente vive fora do seu país, mas deparamo-nos com o problema do envelhecimento das populações dos países de origem.
Fumentar a mobilidade ainda tem, apesar de tudo, algumas barreiras administrativas, culturais, linguísticas e sociais...
Será o futuro a integração ou o velhinho olhar desconfiado sobre os emigrantes?
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sexta-feira, maio 26, 2006

O Ovo ou a Galinha?

Chegou ao fim de um dos maiores enigmas da humanidade. Parecendo que não, esta conclusão pode ter algumas implicações directas na lógica discursiva comum.
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It is always a bit of a shock to find out how mortal the people for whom you have so much respect can be?
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Komitet Gosudarstvenno Bezopasnosti - Hummm... será que funciona?

Meus amigos... KGB!

Sigla mística - Комnтет tосуnа рственноn Беsоnnа сностn- , inspiradora de tantos filmes de James bond, livros, estudos académicos, jogos políticos, típico braço operacional da guerra fria, alvo e atirador de tempos idos, espionagem, tortura, peso político...vodka...24 julho...disco night....xí rí bí tí...entrar aos trambulhões no táxi...guardar forças para dizer a morada ao taxista...um abraço à sanita...comprimido anti ressaca?

Onde foi que me perdi?

É fácil encontrar os anuncios, em vários Outdoors e mupis, especialmente perto de Bares e Escolas ( ligação interessante, coincidência ? ).

Supostos comprimidos que permitiam aos agentes, aquando dos interrogatórios, beber e não ficarem embriagados...

É um comprimido que vai fazer magia, aumentar as vendas de bebida, lançado mesmo às portas do verão, quase em simultâneo com um estudo que revela que uma percentagem significativa dos jovens a partir dos 13 anos, já apanha valentes " cadelas " e " secas " dos paizinhos patrocinadores do próprio excesso.
Vende-se nas farmácias... será comparticipado?

Será que se irá vender nas novas farmácias do hipermercados?

" na compra de dois packs cerveja - oferta da KGB "

com o Gorbatchov no anúncio... ou talvez Putin, claro!
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foi ontem...

Foi ontem... e ninguém me disse nada!...

Dia 25. Café Literário da Feira do Livro do Porto, 21.30
Entrevista conduzida por Álvaro Costa. Com Nuno Galopim, Sérgio Godinho e Jorge Palma.

Vai ser no domingo... e eu não posso ir!...

Dia 28. Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos, 18.00
Lançamento do livro com NG e SG.

Finalmente, na 3a feira... fica um bocado fora de mão!...

Dia 30. Auditório da Feira do Livro de Lisboa, 21.00
Apresentação do livro com NG e SG

Oh, mundo cruel!...

[Informação retirada daqui e mais alguma coisa também aqui.]
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alguém sabe?

a pergunta do Filipe, já se me ocorreu bastas vezes. Mas como me deparo com tempos bastante fortuitos, quanto ao lazer, pressupunha sempre, não ando informada, não estou suficientemente documentada, daí vai....

mas afinal ou há mais gente nas minhas condições, ou há mais gente a tentar perceber e sem conhecimento suficiente..

todos os noticiários auditados, esmeraram sempre a morte, os incêndios e a necessidade dos portugueses se manterem quietinhos nos seus cantos.

agora as razões, as causas?

infelizmente uma grande apatia percorre a espinha dorsal da opinião pública, em relação ao actual Timor, de uma forma geral, quase todos ficamos de lagrimeta no olhar, mas… quanto aos idos.

será que a famosa “não inscrição” do José Gil, tem a ver com isto? não me parece! o que me parece é que andamos sempre a digerir emoções cujo prazo já espirrou.

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quinta-feira, maio 25, 2006

Publicidade: Epica Awards /Alcoholic Beverages















Campanha criada pela Noble Graphics Creative Studio da Bulgária para a Tuborg, que foi premiada em 2005 com um Epica Award na categoria de Alcoholic Beverages.
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Sem comentários

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Raciocínio lógico e poder de dedução





















Torjay Valter , Sherlock Holmes

Um grupo de peritos europeus concluiu que em Portugal não existem meios materiais, financeiros, humanos, nem treino, para levar a bom termo investigações de corrupção. Este grupo de especialista recomenda ainda às autoridades portuguesas que sejam revistas as medidas de «identificação, apreensão e confiscação dos proveitos da corrupção», e que seja criada uma entidade especializada, responsável pela gestão dos bens apreendidos.

Se eu fosse o famoso Sherlock Holmes, ou frequentasse o número 221b da Baker Street, depois de tomar conhecimento desta brilhante conclusão, poderia deduzir que se tivéssemos mais meios – materiais, financeiros, e humanos – e mais treino, o combate à corrupção em Portugal seria efectivo. Mas... como não sou o Sherlock, limito-me a deduzir que não tardará muito para que o governo crie mais uma entidade inútil cuja única especialização consistirá em gastar ainda mais dinheiro aos contribuintes.
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Mundo cruel

As mega operações relâmpago em bairros sociais têm sido frequentes e repetitivas, grandes aparatos e sempre o descontentamento dos populares.
Desta vez teve piada, uma podre cigana desesperada na porta da esquadra porque o seu irmão, coitadinho, tinha sido injustamente preso.
Ora bem, a injustiça residia no facto de apesar de terem sido encontrados lá em casa alguns silenciadores, miras microscópicas, material de alteração e sofisticação de armas e algumas, poucas, armas ilegais (para além de uma voluptuosa quantia em dinheiro), a culpa de tudo aquilo era dos pretos (e estou a citar)... é interessante assistir à atribuição múltipla de culpas (ou deveria chamar-lhe racismo entre raças ou entre minorias étnicas?)...

A indignação residia também no facto de terem entrado a matar e terem rebentado com portas e janelas... Bom, até onde percebi, era uma rusga... normalmente as rusgas têm por intuito apanhar desprevinidos os eventuais suspeitos...
Podiam sempre os senhores agentes, bater delicadamente à porta e pedir por favor para a abrirem... e já agora sem abrir fogo sobre eles...
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Ainda Timor

Alguém sabe quem são os bons e quem são os maus, desta vez?
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O blogueiro das tretas


Confesso que os quadros de Frida Khalo me desinteressam, o mesmo já não direi do belíssimo filme biográfico, cujo DVD comprei religiosamente. A sua vida é um exemplo de bravura, penitência e perseverança, sendo, por isso, extremamente irónica a notícia do diário digital.

Faz-me alguma impressão as diversas propagandas derramadas inocentemente, pelos media. De há uns tempos, para cá, olho sempre de través as mais diferenciadas notícias, tenham a ver com o ambiente, com a saúde pública, justiça, políticos, etc. Nunca se sabe quando é que o Patrício compra os serviços de uma agência de comunicação, cujo objectivo é demonstrar ao público, que a merda de boi é um excelente investimento… em termos de energias renováveis.

Para muitos utentes dos mais diversos serviços públicos é perfeitamente normal determinadas “leis” construídas à velocidade da luz, por um very tipical funcionário. Por outro lado, nas empresas privadas, também se considera extremamente costumeiro o “patrão”, desrespeitar a dignidade de quem por lá trabalha. É giro! ele é politicamente incorrecto, ouço algures alguém murmurar, com muita dignidade.

Das últimas coisas que li pela blogosfera a frase mais criativa foi: a Afinsa? ó claro, só poderia ter sido fundada por um português! (já não sei onde). Toda a construção frásica é de uma profundidade intelectual extraordinariamente revolucionária. O escriba deveria ganhar o prémio, o “blogueiro das tretas”, quiçá a personagem mais sã, deste vasto mundo oceânico.

Tenho muita pena Sotheby´s… mas não vou perder tempo ao telefone e, ainda por cima, gastar 4,4 M€, na compra de um quadro da Frida, não sei porquê os seus rabiscos sempre me deram a volta ao senso, mal por mal fico-me por um Bordalo, gente fina é outra coisa!

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A coisa que eu mais gosto é de fazer maldades e depois fugir do país.
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Loura aviso-te já que este gajo se anda a preparar para te plagiar, eu se fosse a ti telefonava já a um advogado!
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Não têm saudades do bebé?


É que as crianças são o melhor do mundo, especialmente as que já têm idade para ser adultas.
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Coisas sobre as quais é preciso escrever urgentemente

A arbitrariedade das analogias.
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Carrilhice do dia

Pois, o Pacheco Pereira denuncia os problemas do anonimato, mas na hora de concretizar as acusações remete-se para o silêncio.
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Mas porque é que será que sempre que eu tenho que apanhar a treta do avião, não consigo dormir ...
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quarta-feira, maio 24, 2006

Deus ex machina

As personagens desta estória parecem saídas directamente do clássico da literatura oitocentista de Robert Louis Stevenson, Doctor Jekyll and Mister Hide. O enredo tem sido de tal forma arquitectado, que fulminaria de inveja o próprio Quentin Tarantino. E há situações tão hilariantes, mas tão hilariantes, que seriam dignas de um qualquer sketch dos Gatos Fedorentos.
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Bofetada de luva branca

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Inverdades

A honestidade é o maior afrodisíaco.
(num episódio de "Frasier")
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Post demagógico

Terei sonhado, ou nós, mesmo com os enormes talentos que o teimoso Scolari não convocou, perdemos com a França?
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Sim, porque o que nos interessa são os direitos humanos

Há portugueses que estão tristes e indignados com o que se tem passado em Timor. Como é que a GALP foi perder o negócio do petróleo?
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Dicionário de expressões correntes

Tretas
é porca
mas mui cordiale
entente,
meu general?

Sendeiro
está
leão o foi,
o entendedor
da poda de boi.

Raspa-te soldado
pois arribou
o cabo,
ens’boado.

Tretas e botas
Rusgas e sobras
Avançar
Marchar
Vida ruim!

Onde o tentador?
Onde o botequim?

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terça-feira, maio 23, 2006

a casa dos avós tem os cabelos demasiado compridos

o surrealismo infantil e as suas combinações aparentemente irrealistas,
pasmam-me! pasmam-me!
um dia após o outro.
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Passeando pela blogosfera

Mais achas para a fogueira. É bom que pensemos nestas coisas.
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Cenas da vida real


Numa Biblioteca pública:

- Podia dizer-nos onde fica Tomar? (pergunta um grupo de jovens alunas a uma funcionária)
- Não sei... e essa não é a minha função aqui.
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generalizações...

Não, não vou falar do "Prós e Contras" de ontem... Vou falar do "Dança Comigo" de domingo também da RTP1. Alguém viu?... Uma das concorrentes-convidadas era Odete Santos e como convidados no júri estavam os Gato Fedorento. O que se passou foi que, na tentativa de manter a sua imagem de marca, Ricardo Araújo Pereira disse qualquer coisa do género:

- Notou-se que esta dança é cansativa... deu até para ver uma coisa inédita: um político a suar!

Toda a gente achou piada, excepto a Odete, que indignadíssima deu um sermão sobre o perigo de se fazerem generalizações:

- Nem todos os políticos são iguais e, fique sabendo, que eu já suei bastante quando tive de estudar matérias em que não estava tão à vontade.

Seguiu-se uma tentativa do Gato explicar que era, obviamente, uma piada, mas, de novo, no tom jocoso que lhe é característico:

- Eu disse aquilo, primeiro, porque, como toda a gente sabe, eu sou um palerma, e depois, até nem estava a falar de si, mas do seu par que é bastante parecido com [e agora não me lembro quem, mas era alguém do PP].

Odete voltou a ripostar, já num tom menos sentido (ou talvez não!):

- Se você é palerma ou não, eu não sei, você é que disse... Mas com esse seu argumento ainda me ofende mais, ao supôr que eu algum dia poderia dançar com alguém do PP.

Ainda bem que não podemos fazer generalizações, imaginem se pudéssemos!...
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desisto da realidade, desisto da informação

Indignado, comigo mesmo. É a paga que tenho por ser s. tomé insistentemente.

A arrogancia tem nome em portugal... Carrilho. Uma arrogancia, um lavar de roupa suja com um painel mediado (?) por uma jornalista (?) que toma lados, frases feitas, cuja expressão captada pelas camaras não esconde o truque mais abominável num debate ou conversa ( seja ela num café, nos corredores, de passagem ou na televisão ) a expressão em vários close-up's " não entendo nada do que está a dizer, estou de cabeça no ar a pensar noutras coisas, e visto que perdi 30 segundos da conversa vou estar atenta a uma frase ou outra para lança-la ao tipo que está à minha esquerda. Pouco importa a figura que eu faça pois concerteza ninguem vai notar, mesmo que esteja a distorcer o contexto!"

Engano o seu minha cara, notei eu, notou muita gente e notou Pacheco Pereira que pouco lhe faltou para lhe chamar aquilo que você é! a mais palpável imagem do que ali se discutia... a classe jornalística deste país e do mundo.

Por falar nisso, o que raio se discutia ali ao final? 3 minuto de um filme de propaganda? 3 minutos, dentro das 2 horas que carrilho ali faz propaganda? Bom, ainda bem que não se falaram dos restante 12 minutos. De um livro? Pacheco disse bem, disse que se tratava de um livro que, por boas ou más razões se falou durante 15 dias e que pelas mesmas razões, pelo mesmo espaço de tempo se deixará de falar.

Mas o público queria sangue, confusão. O público aplaudia, aplaudia o que entendia, a frase fácil, o insulto, a troca de galhardetes sem sequer equacionar todo um joguinho e discussõezinhas que já tiveram lugar noutros sítios, noutras ocasiões e secalhar com os mesmo intervenientes. Aplaudia quase ensinado. Antes fosse! Antes fosse por um qualquer sinal do estúdio, do género: " aplaudir" , "rir" , "vomitar". Seria sinal de uma troca comercial e não de uma parvónia de valores e interesses do público que o mundo atravessa, que Portugal atravessa.

Diz-se que o político tem a imprensa que merece, o político que antes desconfiava ( ou aceitava conivente )agora acusa ser vitima de uma imprensa que é paga para ele ter o que não merece, e nós temos os políticos e a imprensa que merecemos.

Então porque nos queixamos?

Porque é que eu acendo a televisão e perco tempo de vida a assistir à degradação de um estado de coisas já degradado? a ouvir pessoas que de 10 em 10 minutos regorgitam um curriculo nas cara uns dos outros? Pedantes contra pedantes? Eu tenho esse tipo de discussões no trabalho quando defendo os interesses da minha empresa ou a minha posição e não atinge nunca esse nivel de peixeirada, nem de perto nem de longe.

Porque no fundo foi o que aconteceu ontem no canal 1, no canal de serviço público ( fora todos os falsos puritanismos ) foi uma peixeirada sobre interesses privados - todos eles - discutido num orgão de comunicação público. Parabéns, pelo inédito e pelo ridículo. A TVI vai concerteza comprar os direitos para fazer uma sequela.

Àquela hora, acho que deviam ter posto uma bolinha no canto!
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Vá lá, admitam

O que nós queremos saber é se Carrilho apertou a mão a Ricardo Costa, à saída do programa.
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as imagens de marca e as empatias

o debate televisivo de ontem na RTP1, cujos protagonistas foram: Manuel Maria Carrilho, José Pacheco Pereira, Ricardo Costa e Emídio Rangel foi esclarecedor em determinados pontos:

- a generalização de acusações, normalmente foi pautada por argumentos pouco consistentes;

- o combate argumentativo andou em círculos e foi particularmente mortífero, para Carrilho e Ricardo Costa;

- o debate não visou esclarecer a opinião pública, tratou-se apenas de um exercício “umbigo”;

- Carrilho numa postura arrogante, intelectualmente frágil e aqui e ali de um cinismo mortal para ele mesmo; com argumentos inconsistentes, quando lhe eram pedidas provas sobre as acusações apenas se ria ou sorria cinicamente ou respondendo a Ricardo Costa, disse uma vez ou outra muito pouco convincentemente, isso é mentira!, isso é mentira!

- Costa mortífero nas frases assassinas a final “e você é a cara da derrota eleitoral” foi penosa, demonstrou in loco a indispensabilidade da classe jornalística, ser posta em causa mais vezes;

- Pacheco Pereira muito estranhamente, “foi extremamente ingénuo” pois só muito tarde percebeu que Carrilho não estava ali para esclarecer nada, Carrilho pretendeu escudar o debate sobre a diabolização da política, no exemplo da sua derrota eleitoral e está tão imbuído dele mesmo que não percebe que uma carreira intelectual consistente, não é o bastante para se ser um bom político ou vice-versa, JPP já percebeu isso há muito, por isso admira Cavaco e o seu “afastamento” do circo mediático, contudo Cavaco, apenas está aparentemente “afastado” e vence eleições porque para além dessa imagem de marca é um pobretanas que ascendeu a um alto cargo da nação, um ídolo para as massas, o povo adora mitos. daí as sistemáticas crónicas de JPP sobre a moralização da política, pois enquanto a política não for “descontaminada”, há imagem de marca, mas não há empatia para disputar eleições;

- Rangel escudado em frases feitas e curtas, foi o que melhor deixou passar a mensagem, Ricardo Costa igual a branqueador de informação, Pacheco Pereira é assim tão consistente, intelectualmente falando? Rangel interpelou JPP, por diversas vezes, no sentido de um caminho para o debate: há maus e bons jornalistas, e estamos aqui para falar nos maus (mensagem sublimar de Rangel: Ricardo Costa é um mau jornalista), só aparentemente Fátima Campos Ferreira foi a apresentadora do “Prós”.

- concluindo: Carrilho escreveu mesmo o livro porque não aguenta olhar para o espelho e este responder-lhe todas as manhãs: “és belo, mas… foste derrotado nas autárquicas pelo Carmona”. Pessoas intelectualmente sãs, não deveriam dar ouvidos a histórias da carochinha.

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Mentes distorcidas

Em Portugal, em pleno século XXI os homossexuais continuam sem poder dar sangue por terem relações promíscuas e pouco duradouras (apesar de protegidas).
Apesar de a maioria dos portadores de infecto-contagiosas, como o HIV, serem heterossexuais, o Presidente do Instituto Português de Sangue continua sem saber responder à questão de como e quando vão ser definitivamente enquadrados os homossexuais.
O Sr. Presidente não sabe se, apesar de ser sexo protegido, o sexo anal é ou não um comportamento de risco.

A pergunta parace-me pertinente Sr. Presidente: O que raio é para si um comportamento de risco????
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O pântano

Como já havia previsto no dia em que o livro foi publicado, a minha ideia de que Carrilho procura somente arrastar para a lama com ele o maior número de pessoas que conseguir, ganhou mais alguma consistência neste último Prós e Contras.

O plano de Carrilho estava bem elaborado. Apresentou-se em estúdio com todas as baterias direccionadas para Ricardo Costa; e a presença de Emídio Rangel serviu na perfeição os seus intentos.

Como Carrilho já nada tem a perder, restava-lhe a consolação de conseguir prejudicar a imagem pública de Ricardo Costa e, consequentemente, a sua promissora carreira profissional. Ricardo Costa estaria, previsivelmente, sempre algo limitado pelas funções que exerce na SIC. Apesar das circunstâncias, especialmente difíceis, esteve bem durante todo o debate. Contudo, Carrilho forçou-o, porventura, a ultrapassar alguns limites – o futuro o dirá.

Pacheco Pereira apercebeu-se logo de início das intenções de Carrilho e, inteligentemente, foi contornando o lamaçal.

A questão de facto da manipulação dos media, como convinha a Carrilho, foi tratada superficialmente. É uma questão sem qualquer dúvida, interessante, importante, mas também complexa e… muito antiga.
Já Voltaire no século XVIII constatava: «A imprensa, há que confessá-lo, tornou-se um dos flagelos da sociedade e uma vigarice intolerável».

Um século depois, Balzac, que nunca deixou de escrever nos jornais, defendia: «O jornalismo é um inferno, um abismo de iniquidades, de mentiras, de traição».

Mais dois séculos passados, e Carrilho, que sempre utilizou os media a seu belo prazer, acusa Ricardo Costa de ser «o rosto da vergonha». Ricardo Costa é que não se ficou e retorquiu: «…e você é o rosto da derrota eleitoral!» :)
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quem desconfia, zelos cria

ponto único – os qwertianos não absorvem a derrota, nos assuntos, do carrinho, por isso resta-lhes convir qu’assim a civilidade passou de cosmopolita a bovinice tresmalhada. ó home vossemecê por muito que se esforce não se alimenta de branqueaduras, então que houvéramos de confeccionar, um informe vergonhosamente condimentado? para a adjacente avente lá um catrapisco especificado, assim esgalharemos as carnificinas na pavimenta, p’los nomes.

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No fim do programa: primeiras impressões

Toda aquela teoria da conspiração, não são sinais de paranóia um apego excessivo à teoria da conspiração?
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segunda-feira, maio 22, 2006

quem confia, zelos não cria

ponto 1 - os qwertianos estão todos em obséquio com mania carrinho, pois o cunhedo do senhor alfredo é sobretudo intuitivo nos aforas das indústrias de intercedo e se os ápodos ora vendem carminas, ora carrinhos, não tarda nada especulam sobre a veracidade dos géneros na feira da ladra e isso, assentemos, não é aprazível!

ponto 2 - ouve lá ó urbanístico, tás com carências expatriadas? olha qu’o pessoal de qwerty3001 não é invertido nas ficções e se te apartas muito, um dia pranteamos-te com um êxodo em cima! nós desintrincamos-te o desconvier com conformidades ou o desvariar com consonâncias! vê lá vê, meu caro! olha qu’isso são motivos veramente extirpados.

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Que horas são?

Se está a ler este texto e já passam das 22:25h de segunda-feira (22.05.2006), e ainda não é uma da manhã, desligue já o computador e vá a correr, depressinha, até ao receptor de televisão mais próximo. Na RTP1 está a dar o «Prós e Contras», onde Manuel Maria Carrilho e Emídio Rangel enfrentam José Pacheco Pereira e Ricardo Costa. Vai ser uma festarola. Vou fazer pipocas… até amanhã!
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Inglesices quertyanas

Uma das imagens de marca dos emigrantes é dizerem mal do país de origem. Para mim o exemplo clássico é um comunista italiano no filme Cinema Paradiso que se prepara para deixar Itália e blasfema, para quem quiser ouvir, contra o seu país natal.

Confesso que eu próprio enquanto vivi em Inglaterra, durante 4 anos, me perguntei muitas vezes se o poder político olhava para a forma como as coisas são feitas lá fora antes de decidir sobre o destino do nosso jardinzinho à beira mar plantado.

Desde que regressei apercebi-me que a coisa é bem mais complicada. Os emigrantes quando regressam na vez de criticarem aquilo de que discordam, criticam também aquilo com que concordam. Quem desdenha quer comprar, andam à procura de tacho, é o que é.
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Por que será...

... que, ao ler isto, me lembrei disto?:

«(...) [O Nome da Rosa] é, em suma, o trabalho de um romancista de Domingo. Bom trabalho? Interessante trabalho. Mas ele mede sobretudo a distância que vai do saber ao efectivo fazer. É a distância preenchida pelo talento».

Vergílio Ferreira, Conta-Corrente 4, p. 462
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histórias do vagabundeio #10

um qwertiano que se preze também se arroga no alinhavo d’algumas quimeras isoladas, insígnias de ex-futuras colaborações de um eminente articulista, verdadeiramente destemperado e precisado de alguns ataviamentos:

- ó home at@o vossemecê escreve para a excrescência? que raio de inflexões tão escavadas! é claro que se vossa iguaria estranha términos tão frívolos como “mobilização das massas para a importância” parece-me irrespeitável, bastante irrespeitável;

- se não está para atribuir o inestimável clima à gente, porque deciframos o danilo castanho, o danilo castanho e o danilo castanho, o jp das couves, o jp das couves e o jp das couves, o conde de alcácer nivoso, o conde de alcácer nivoso e o conde de alcácer nivoso, não tem ego para o destaparem, daí a serventia ser imerecida;

- e se o estado “extrai esforçadamente”… at@o a atribuição no plano passaria evidenciada: obscurecer os facínoras;

- e se a afecção padecia de suco embaraçoso, logo se desbarataria uma conjuntura de estabelecimento na circunferência intelectiva portuguesa;

- e como os qwertianos são plebe de benefícios, arrogam a vossemecê, que reveja a oportunidade d’educar os seus filhos no império vernáculo da epístola, senão almejamos sequestrar o presidente da república, para uma audiência deveras auxiliativa, de forma a encasquetá-lo no sentido de outros convencimentos.

deste seu servo, incessantemente intencionado a emparelhar,

joaquim dos oleies

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Actividades legislativas II

"Das decisões finais proferidas pelos júris não cabe recurso, excepto quando arguidas de vício de forma."

Mais parece uma posta curta, mas é o artigo sexagésimo segundo de Estatuto da Carreira Docente Universitária.
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Boletim Meteorológico

O boletim meteorológico anunciou calor
Não vou duvidar
Faz sentido no meu sistema solar

Jorge Palma, "Boletim Meteorológico" (1989)

Ora bem... desta feita o boletim meteorológico não anunciou calor e anunciou aguaceiros para o Porto. De modos que hoje voltei a pegar no guarda-chuva. Mas sinto-me um bocado alien... Devo ser a única pessoa na rua de guarda-chuva na mão! Não é querer mal aos outros, mas, se anunciaram chuva, então que chova!...
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As Vacas Tresmalhadas









As vacas tresmalhadas pelo asfalto
da cidade, fazem fugir quem passa.
Amarelo... Vermelho! Uma atravessa.
É apanhada, seco, dá um salto,

desentranhada um mugido e, abatida,
põe nos olhos mansíssimos a vida,
Que pascigo escolheste, amável bicho?
Se não fora o olhar, já eras lixo.

Vaca malhada tresmalhada, vaca
de leite em sangue, atormentado nó
pulsando no asfalto, agora saca
dos misérrimos bofes o seu muuuu

derradeiro. Já sem dor ou protesto,
é da cidade a vaca mais um resto.

Alexandre O'Neill

post qwertianum - os qwertianos excluem-se automaticamente dos escapes à civilidade, pois podem destemperar a psique.
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domingo, maio 21, 2006

Bela cara-de-pau





















Depois daquele folhetim do Carrilho, é com alguma perplexidade que assisto à bela da Bárbara a apresentar o Globos de Ouro. O que realmente me surpreende não é que a SIC a tenha preferido como apresentadora dos Globos, mas que a Bárbara tenha acedido a apresentar o programa depois de todo o mal que o seu prezado esposo disse que a estação televisiva de Pinto Balsemão lhe fez.
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Há mão da Maçonaria






















O cónego Narciso Fernandes não tem dúvidas de que há um “ataque concertado da Maçonaria”. Eu ainda não tinha opinião formada sobre este assunto, mas depois disto, e disto, já não tenho qualquer dúvida que o cónego Narciso Fernandes tem razão.
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O mistério da Vaca do Campo Pequeno

A Vaca Cowpyright foi encontrada, abandonada, em frente à faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa. O alarme suou eram 6h52 da madrugada. D.Lurdes, a empregada da limpeza do Pólo Universitário, deparou com a pobre Cowpyright quando levantava os estores do gabinete do senhor Reitor, e se preparava para limpar as vidraças. Ainda visivelmente bastante perturbada, D.Lurdes relatou ao correspondente do «GR» no local, que a bichinha, embora não tugisse nem mugisse, parecia estar em boas condições físicas e psíquicas. D.Lurdes, conta que correu que nem uma louca em direcção à guarita do Pólo. O Segurança Aladino, demonstrando uma prontidão quase militar, agachou-se debaixo da secretária, e efectuou de imediato uma chamada com voz trémula para esquadra da PSP do Calvário. Passavam 4 minutos e 23 segundos das sete da manhã quando a brigada dirigida pelo Inspector Saraiva chegou ao local e tomou conta da ocorrência. Estabelecido o perímetro de segurança, e após 5 horas a vasculhar o lugar a pente-fino, um dos agentes da brigada especial da PSP – que por motivos de segurança pediu anonimato – deparou, por acaso, com um bilhete deixado pelos raptores junto a à pata frontal direita da Cowpyright. Às 17h23, uma fonte anónima do Ministério da Administração Interna deu a conhecer ao mundo o enigmático texto deixado pelos cruéis raptores da pobre Cowpyright: «mais vale uma vaca em Monsanto do que duas no Campo Pequeno».

O mistério adensa-se. Ai… se ao menos a famosa dupla Eça-Ortigão ainda fosse viva…
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uma outra visão dos direitos de autor

Os OVO são um grupo português que lançou este mês o seu primeiro trabalho. O cd está à venda nos sítios do costume, mas a novidade é que todas as músicas estão também disponíveis, na íntegra, na Internet para download (legal!) gratuito. A banda procura assim dar-se a conhecer, esperando que quem goste compre posteriormente o cd (se quiser e se puder...):

[...] não hesites em fazer download do que bem te apetecer...
Se gostares e tiveres dinheiro então compra! Com esse gesto ajudas a banda, que é co-produtora do disco, e adquires uma embalagem fabulosa realizada pela m104design (da qual foram extraídas as imagens que aparecem no player).
No caso de te contentares com os mp3 envia-nos um comentário de agradecimento.

Em entrevista nesta semana no "Portugália" da Antena3, deixaram a sua opinião sobre a questão dos direitos de autor que consideram serem demasiado limitadores da criação. Devíamos ser livres de nos inspirar em obras já criadas, de adaptar, de referir, de utilizar,... Deram como exemplo a sua música "A solução que me envolve", com inspirações (óbvias!) no "Não respire" de Sérgio Godinho, a quem pediram a devida autorização, que foi prontamente concedida pelo autor. No entanto, na sua [da banda] linha de ideias consideram que não deveria ser necessário qualquer tipo de autorização. Apoiam a divulgação de uma ideia [que já não me lembro do nome!...] que funciona como uma espécie de cadeia de favores: as pessoas podem utilizar as obras aí registadas desde que o resultado dessa utilização fique também disponível para a utilização de outros. Será que eles são novos e não pensam, ou é mesmo viável alguma coisa deste género?...
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Baleias















Grandes tribos flutuantes
migrações
icebergs de carne e osso
ilhas dolentes

Soa na noite triste
das profundidades
a sua elegia e despedida
porque o mar
foi despovoado de baleias

Sobreviventes de outro fim do mundo
adoptaram a forma dos peixes
sem chegarem a ser peixes

Precisam de sair para respirar
cobertas de algas milenárias
e então se encarniça com elas a crueldade
do arpão exclusivo

E todo o mar se torna
um mar de sangue
enquanto as levam para o esquartejamento
para fazê-las bâton
sabão azeite
alimento de cães

Os seus olhos são as pálpebras da aurora
das suas narinas sai fumo
Como de uma panela ou caldeira a ferver
No seu cachaço está a força
e na fronte se espalha o desalento*


José Emilio Pacheco

*Job 4.

Whales face a new threat
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histórias do vagabundeio #9

e vai à testa
ao queixo e ao nariz
é golo é golo é golo é golo é golo é golo é golo
ele é da malta ele é da malta
porque bebeu o copo até ao fim
ele é da malta ele é da malta
porque bebeu o copo até ao fim

piavam-se estas estrofes no central ontem de noite, já tardiamente, tão demore qu’a malta ainda saiu a tempo de apresar o jeito do centenário, comutando umas concepções co’a blanca, uma ucraniana, engenheira física, que repassa a roupa aos qwertianos abundantes.

no central descobrem-se umas actividades alinhavadas, por exemplo qu’a fernanda da burra não amargura umas incumbes aos assuntos; qu’o manel das couves farta-se de sulfatar as vidas alheias pelos quintais afora,

dessa talhe pelejo o fastio,

verbaliza com momices opinativo-sensuais.

também se desencobriu a tonsura à peixeira, pois os versos alinhavados, eram pró pacheco.

ó peixeira atão mas tu achas qu’o animal tem cornadura insuficiente para entender tais tresmalhices?

apreguntei-lhe eu na minha inculpabilidade, mas o pessoal já adquirira qu’as peixeiras nos espigam co’os pregões e co’a privação de falsa fé em analisar inconfidências.

extorquiu ela,

não te absorvas tanto c’o pacheco! é um animal de quatro patas e o rafeiro apenas quer galdinice e grelar a freima aos ouvintes, pois mia toda a noite e a barbara está c’o cio, porém.

depois encolhendo os ombros e especulando c’os antebraços cheios de escamas:

estes rapazes das metrópoles não percevem nada de filetes e depois põem-s’amanhar postas alcançadas.

a peixeira, é uma ilustração bem-querida pelos qwertianos e o pacheco é o felino da peixeira, um quatro patas incaracterístico, contudo temos d’o admitir, não descontenta festas da dona, nem os seus quefazeres televisivos, pois a peixeira prá’lem do tourejar, também s’afirma toda co’as pernas dos jogadores. a nossa catraia confidenciou-me qu’outrora s’a arruara d’amores por um vampiro e desde aí ficou ensimesmática co’as oportunidades tresmalhadas.

e assim contradigo

ó urbanístico, se tu queres galenteio, amanda daí a luva qu’o pessoal floreia-te na esquina!

faz favor de amainares injustiças só quando tiveres a certeza qu’os telhados estão embaciados!

os qwertianos não se importam nada de alinhavar imaginásticas dissertações, mas aqui quem despacha criaturas somos nós e numa herdade tão distintiva, o que faz carência é o alimento cerebral.

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sábado, maio 20, 2006

Quando eu morrer batam em latas,
rompam aos berros e aos pinotes -
façam estalar no ar chicotes,
chamem palhaços e acrobatas.

Que o meu caixão vá sobre um burro
ajaezado à andaluza:
a um morto nada se recusa,
e eu quero por força ir de burro...

Mário de Sá-Carneiro, «Fim», Obra Poética. Sá- Carneiro nasceu em 19 de Maio de 1890.
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é bom ser mulher...

Acabei de ler "Queimada Viva". A nível literário não estava a achar nada de especial; tinha uma excessiva repetição de ideias, que já me começava a cansar. Mas só mais adiante percebi o que já devia saber desde o início, se tivesse estado mais atenta: a história é real e estava a ser contada na primeira pessoa - Souad. Souad teve a infelicidade de ter nascido mulher na Cijordânia...

Na minha aldeia, se os homens tivessem de escolher entre uma rapariga e uma vaca escolhiam a vaca. O meu pai não se cansava de repetir que nós não servíamos para nada: «Uma vaca dá leite e vitelos. O que é que se faz com o leite e os vitelos? Vendem-se. Traz-se dinheiro para casa, o que significa que uma vaca presta serviços à família. E uma rapariga? Que serviços é que presta à família? Nenhum. [...]» [...] Nós, as raparigas, estávamos convencidas que assim era. Aliás as vacas, as ovelhas, as cabras eram muito mais bem tratadas do que nós. Nunca batiam às vacas ou às ovelhas!

O título do livro decorre da punição familiar decorrente de um "crime de honra"...

De repente senti uma coisa fria escorrer-me pela cabeça. E de súbito o fogo envolveu-me.

O livro é um testemunho. Tomar consciência de que estas coisas (ainda!) acontecem fez-me lê-lo com outros olhos e pensar que é bom ser mulher... em Portugal!
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A indiscrição do dia:

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Cheque em branco


Ainda no congresso do PSD, alguém volta a falar no cheque família. Consiste esta magnífica ideia no seguinte: o Estado, em vez de apoiar exclusivamente as escolas, entrega às famílias uma determinada quantia, que lhes permitirá escolher a escola, pública ou privada, onde querem pôr os filhos a estudar. Sempre que ouço esta proposta, espanto-me com a ideia que os seus proponentes farão dos portugueses. O que isto significa é, simplesmente, uma hipótese de financiamento público a instituições privadas. Na prática, isto não se distancia muito de um certo liberalismo à portuguesa, que consiste na reivindicação de largos investimentos estaduais em empresas privadas, em nome da iniciativa. António Barreto já disse que isto significa, mais ou menos, que os custos são de todos (isto é, dos contribuintes), e os lucros só de alguns. Mas, no caso das escolas, podemos ir mais longe. Por acaso, várias escolas privadas têm tido dificuldades, em virtude da natalidade e da situação económica do país. De modo que o cheque vinha mesmo a calhar. Nestas coisas, há que sermos claros.
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Facto positivo no congresso do PSD

Mendes Bota põe a regionalização em cima da mesa, alegando que o PSD não deve ser uma excepção de anti-regionalização no seio do Partido Popular Europeu.
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histórias do vagabundeio #8

em novas deviam ter sido cá umas tratúlias, e sem pareceres!

retrinca, de beiço a lamber o lábio, joaquim parafuso, digníssimo sucessor dos parafusos, de parafuseio, uma pileca perto de qwerty3001!

jp the third, ajuntando prosas físicas pelo café central, uma cafetaria moderna.

vinte mesas axadrezadas desenvolviam o decoro; abreviando o ambiente, uns triciclos montados numas cismáticas semi-vestidas; ou então uns varandas, aleijadinhos, numa arreliação de verga, mendigando o aceleramento do processo adoptivo; tal e qualmente e deveras amiúde, uns cilindros de lã, da avozinha, embeiçavam o quadro rançoso.

mas joaquim parafuso dos parafusos de parafuseio, mirava, abastecido, as meninas que, desde 1920, encaixilhavam o café central.

o avozinho extorquira-lhe,

gandas tetos, maganas! montanhas ensinadas, trabuzanas amealhando o céu!

depois de deslembrar as montanheiras, jornadeava força intelectual, abstraindo castas e enxadas, matizadas.

casara, obtivera filhos,

mas andam lá fora imigrados!

simone entra, desatarraxada, e joaquim parafuso amarfanhando as letras, engalfinhadas, nos auditivos:

20 à hora, cara, você vai a-d-o-r-a-r!

o central opcionava os qwertianos, era uma espécie de inclusão, em jeitos de café alternativo!

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Dia da luta contra a obesidade

Pois é. Parece que hoje é o Dia Mundial da luta contra a obesidade. Por isso, o que é que ainda aí estão a fazer? Desliguem o computador, pousem a fatia de pizza, levantem esses cús gordos das cadeiras e vão dar um passeio! Este blog ainda cá vai estar amanhã!
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Mais de 20% do território nacional não tem dono

Eu bem queria parecer que havia uma razão para este país andar sem rei nem roque. Aliás, pela marcha das coisas, o que parece é que o país todo anda sem dono há uns bons anos!
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Désir

Na Introdução a Memórias de Alegria, antologia de verso e prosa sobre Coimbra, diz Eugénio de Andrade:

Foi ele que me levou a ler o Oliveira Martins. Tens de lê-lo também: o primeiro encontro com este homem é uma fascinação. Começa pelas páginas sobre o duque de Coimbra; são lindíssimas. O Oliveira Martins tem um fraco por D. Pedro; eu também. Sabes qual era a divisa dele? Desyr. Uma só palavra, que naquele tempo, quando se não era nobre, conviria dizer em voz baixa, atravessou noites e noites da mais espessa retórica para ser agora a razão mesma, ou o poema, da nossa juventude: Désir. À mon seul désir… Não conheces o juramento que fizeram, ele e o conde de Avranches, ali na Igreja de Sant’Iago? «Conde, sabei que eu sinto já a minha alma aborrecida de viver neste corpo, e desejosa de se sair de suas paixões e tristezas. Pois que as coisas me não obedecem, determino morrer e acabar inteiro, e não em pedaços. Pela criação que vos fiz, pela irmandade que comigo mereceste ter na santa e honrada Ordem da Jarreteira, e principalmente pela vossa bondade e esforço, quero saber se no dia em que deste mundo me partir, quereis também ser meu companheiro?»* Sabes o que respondeu o conde? «Sou muito contente ter-vos essa companhia na morte, assim como vo-la tive na vida; e se Deus ordenar que do mundo vossa alma se parta, sede certo que a minha seguirá logo a vossa; e se as almas no outro mundo podem receber serviço umas das outras, a minha nesse dia irá acompanhar e servir para sempre a vossa…»*. Só em Shakespeare é que há coisas assim, não é verdade, David? (…) Quanto ao infante D. Pedro e ao Álvaro Vaz convenhamos que mesmo entre gente de Cavalaria não são frequentes mortes assim: - «Ó corpo, já sinto que não podes mais e tu minha alma já tardas…»*.

* Passagens da Crónica de D. Afonso V, de Rui de Pina


Alfarrobeira foi a 20 de Maio de 1449.
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sexta-feira, maio 19, 2006

Blogo-análise

De vez em quando, a realidade faz questão de lixar o blogger. Tinha eu já dois ou três magníficos "posts" preparados para o caso de o senhor Presidente, o senhor Engenheiro ou o sempre promissor Freitas dizerem umas coisas sobre certos assuntos... e, afinal, eles não disseram nada do que eu esperava. Não há dúvida: a verdade pode mesmo estragar uma boa história.
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Cenas da vida real


Nunca tive jeito para indicar direcções. Vá por aqui, siga em frente, contorne aquilo, continue: eis conceitos que sempre me soaram de forma esotérica. Estava convencido que isso se devia ao facto de não conduzir. Mas que isto aconteça num sítio fechado, é algo que raia a humilhação. Hoje, na faculdade, um sujeito pergunta-me onde fica a livraria. Indiquei-lhe a direcção. Minutos depois, por qualquer razão, volto atrás, e topo com o mesmo sujeito, fazendo a mesma pergunta a uma funcionária. Não sei qual dos dois ficou mais embaraçado. Talvez eu, que já nem me lembro por que diabo tive de voltar atrás.
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Directo ao assunto

A democracia constitucional: o único regime que permite a institucionalização (não confundir com anulação) do conflito. E esta lição é vital ainda hoje. Recentes polémicas revelaram-nos que se confunde pluralismo com harmonia. Pluralismo não é chá das cinco grátis. É luta. Pluralismo é murraça num ringue almofadado (democracia constitucional) e com doces luvas de pelícia (liberdade de expressão). Pluralismo não é uma palavra para enfeitar discursos. É um modo de vida que implica conflito.
Henrique Raposo, (suplemento do DN) de hoje,a propósito de Rousseau e outros cinco inimigos da Liberdade...
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A Petição das Petições

A Petição mais ansiada de todas chegou... finalmente. Aleluia! Bem-dito seja o seu criador.

Não perca mais tempo! Assine-a já aqui e contribua para um mundo melhor.
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Cinema, Música e Dança (5): Cabaret



Liza Minnelli: Life is a cabaret!
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Lendo jornais / blogues / papéis / caixas de comentários / pichagens (TM)


o pacheco esgotou-se então e oralizou sobre os seus amigos de estimação, pois é objector de desumanidades, pra ele assuntos como futebóis, carrosséis, festas bravas, e socialite odoriza a esturro e a comiseração jornaleira.

Mas quando é que a blogosfera vai dar descanso ao Pacheco Pereira? Não poderá ele dar as suas opiniões, sem ter logo um opositor à esquina a tocar a concertina?

Na blogosfera tudo quanto é gato pingado tem opinião sobre tudo e sobre nada (às vezes mais sobre nada do que sobre tudo). Com ou sem fundamento objectivo. E embirram sempre é com o Pacheco Pereira? Porquê?

Deixem lá o Senhor em paz a curtir os dividendos do sitemeter, cambada de invejosos é o que todos vocês são.
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Ora pense lá bem...

Ó senhor primeiro-ministro, deixe lá as "mulheres sós" beneficiarem dos tratamentos de infertilidade. Se elas querem ter filhos, deixá-las. Afinal, todos os bébés de hoje são poucos para pagar a sua reforma amanhã!
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Justiça poética, é o que é...

Leio hoje esta notícia na edição online do JN e não consigo evitar um risinho de escárnio. Sobretudo quando chego ao último parágrafo:


(...) O mais grave, no entanto, parece ser o furto por parte dos funcionários das lojas. Vieira e Silva diz que "serão casos pontuais", embora admita que "na distribuição existe uma alta rotação de funcionários". Ao JN, porém, fonte dos sector assegura que "a maior parte dos roubos, cerca de 60%, são internos". Lembrando que "só com a formação de pessoal", designadamente "repositores", se poderia "dar a volta aos números", o que é complicado "A elevada rotatividade das pessoas, nesta área, impossibilita que a maior parte receba qualquer tipo de formação".


É que estas empresas de distribuição e reposição de produtos sobrevivem à custa da exploração de mão-de-obra barata. Contratam pessoal no desemprego - muitos deles recém-licenciados - para trabalhar em condições precárias. Pagam-lhes um salário miserável. E ao fim de seis meses dão-lhes um chto no traseiro. Há uma grande rotatividade? Pois há! mas de quem é a culpa?... Coitadinhos dos supermercados que perderam mais de 100 milhões de euros em produtos "desviados" pelos seus funcionários?... coitadinhos o tanas!... Justiça poética... é o que é!
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Muuu... roubaram a vaca

A “Cowpyright” foi sequestrada a meio da noite de ontem. Sem tussir nem mugir. Desapareceu. Bom… Estava-se mesmo a ver. Uma vaca de marca registada. Assim, na rua. Sozinha, àquela hora da noite. Num país de piratas e falsificadores e violadores dos direitos de autor... Estava mesmo a pedi-las. Ai estava, estava!

A simples presença daquele animal era uma afronta ao nacional espírito da contrafacção. Um símbolo da opressão capitalista que nega às massas a cultura, o entretenimento e a moda que aquelas não têm dinheiro para pagar. Um altar ao fascismo trade mark.

Por esta hora, a inocente vaquinha deve estar agrilhoada no quarto de um desses mujahedins dos downloads e das fotocópias e das levi’s compradas nos ciganos. Não vai haver pedido de resgate. Não vão ser feitas exigências para a sua libertação. A “Cowpyright” vai ser, para os detractores dos direitos de autor, o exemplo de que, nestas coisas, não “há vacas sagradas”. E, para os defensores, vai ser o mártir da causa. Bem vistas as coisas… interessa a ambas as partes que a vaquinha continue como está: desaparecida!

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QUANDO PENSAVA QUE NÃO PODIA PIORAR...

...ontem à noite tudo deixou de fazer sentido, e piorou agressivamente!

Nem sei por onde começar, se pelo desenpenho amadoresco da canção portuguesa, se pela variedade dos temas apresentados, pois já cá faltava o tema do amor, e o do amor, não esquecendo o tema que é o amor e um que quase que não foi cantado... o do amooooooorrrrrr! e que lindo que foi ouvir cantar sobre o amor com senhores chifrudos, múmias e satanicos finlandeses, gajos de cabelo verde, e gente a desafinar enquanto representava a imensidão do mónaco e seus milhões de habitantes! todas com belo corpinho para cantar!

e as letras?

"Congratulations

Hey you, looking at me, I’m talking to you
I’m Silvia Night shining in the light – I know you want me too
Born in Reykjavik in a different league – no damn eurotrashfreak
The vote is in, they say I win
To bad for all the others

So congratulations I have arrived
I’m Silvia Night and I’m shining so bright
Eurovision nation your dreams will come true
You’ve been waiting forever
For me to save you
Wham bam boom"


Paralisado, ainda gritei por ajuda. o espetáculo horrendo seguiu...


" We are the winners
We are, we are!
We are the winners
We are, we are!

We are the winners of Eurovision
We are, we are! We are, we are!
We are the winners of Eurovision
We are, we are! We are, we are! "

e depois... em português. ao menos todos tivessem levado à letra.


NÃO DIGAS NADA
SOMOS LIVRES DE FICAR
NÃO ESTRAGUES A NOITE
COM COISAS DE NADA


mas disseram, e cantaram, e enganaram-se a entrar no chorus, e a música estava baixa, e a roupa que algum designer achou que era "fora" e "fantástica" e ...

diziam os gatos fedorentos:

não tenham medo, portugal faz sempre boa figura nos festivais da eurovisão!

ps.: Iládio! oh Iládio! se não consegues disfarçar, então nem sequer participes, eu sei que o apresentador grego estava já claramente apaixonado pois cantou uma letra em que durante 3 minutos disse 30 vezes...

"im in love with you"

... mas acho que não era por ti.
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histórias do vagabundeio #7

o meu mundo
é tão diferente do teu
mas cá no fundo
eu sinto que é igual
a cada dia que passa
um bolo de farinha,
com massa
eu sinto mais amor por ti

bom dia!

um qwertiano que se preze também é capaz de aformosear a vida com poesia.

poetisa, poetisa e também faz downsizings de postais de natal, tal-qualmente os brilhantes e saltitantes à vista dos assuntos realísticos.

a peixeira endireitou no outro dia a supradita poesia, pois encheu-se de odores p’lo pacheco e bichanou a coisa como quem não quer, qu’o desgraçado andava mal de amores por uma cachimbaria qualquer, que lhe abrutalhava a subsistência, pois a valdevinas mais não queria senão cachimbar o tempo todo e aqueles assuntos eram demasiado honoríficos para quem pretende ensimesmar um motivo de jeito.

a peixeira ainda… equitativa:

ó senhor dessas avarias deixe-se e lá sobre pieguices, especule!
sobejamente a estadística moralize
e lá, ouça!
amotine não se, o pescado mal amanhado, contra!

o pacheco esgotou-se então e oralizou sobre os seus amigos de estimação, pois é objector de desumanidades, pra ele assuntos como futebóis, carrosséis, festas bravas, e socialite odoriza a esturro e a comiseração jornaleira.

é certo qu’a nossa peixeira é mulher sisuda e quando se lhe pranta uma ideia na cachimónia… de baixo, saiam, qu’a mulher é capaz de s’ajoelhar perante nossa senhora e rezar 115 avés marias abruptas, mas o assunto é demasiado entrelaçado pois as especulações espirituais do pacheco são blindadas e comungam de vontades racionáveis.

daí nenhum qwertiano ter aventado a hipótese de se poder arranjar alternativa mais doce, assim deixemo-nos de comiserações e matutemos lá na hipotenusa de arranjar uma cachimba com menos fileto para o nosso pacheco, pode ser qu’assim ele se comocione excepto.

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curto e grosso

Pai e filho ao passar pelos Aliados:
- Estás a ver filho, aqui é que o Porto faz a festa quando é campeão. Ou melhor, aqui é que devia ser, se não fosse aquele senhor...
- Que senhor?
- O senhor Rui Rio.
- Quem é esse?
- É um parvalhão!

[Será que "parvalhão" é pior que "energúmeno"?... O tal pai que tenha cuidado pois pode ser o próximo... É conhecida hoje a sentença de Augusto M. Seabra. ]
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O General que foi de Abril antes de 74

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quinta-feira, maio 18, 2006

Tácticas





















Em parte, concordo com Francisco José Viegas. Desbaratar, em casa, uma final do Campeonato da Europa para a Grécia... foi mesmo muito mau. Esse, teria sido o momento ideal para agradecer ao Felipão o trabalho realizado e deixá-lo ir treinar o Benfica sossegado. Nós, os restantes 4 milhões de portugueses, teríamos ficado eternamente gratos.

Seguiu-se uma qualificação para o mundial, inseridos num grupo com Selecções que mal sabiam jogar à bola. Limitámo-nos a fazer a nossa obrigação. Sem qualquer brilhantismo.

Os convocados de Scolari para a fase final do mundial eram os esperados. Existia a dúvida quanto ao central que iria ser chamado a substituir Jorge Andrade, e uma remota possibilidade de Quaresma, Moutinho, ou de ambos, ainda poderem vir a ser chamados a representar a selecção principal. Para ser franco, ainda não percebi muito bem se algum dos dois ainda pode vir a ser convocado, mas também não me interessa muito. Mesmo que tal possibilidade venha a suceder, não vaticino nenhuma oportunidade para qualquer um deles entrar em campo com a camisola das quinas vestida. A chamada de Quaresma ou de Moutinho à nossa Selecção principal, não passaria de um prémio de reconhecimento da qualidade futebolística já evidenciada por estes dois jovens jogadores.

Tendo em conta os jogadores previsivelmente seleccionareis, considero que entre Quaresma e Moutinho, este último teria maiores probabilidades de ser chamado a representar a Selecção A. Contudo, também tenho a perfeita noção que esta uma opinião muito pessoal, e que existem, com toda a certeza, pelo menos umas quantas pessoas do fêcêpê que não concordam comigo. E digo “umas quantas” porque, mesmo que sejam todas... nunca serão muitas.

Apesar de não me considerar menos clubista que o mais ferrenho dos adeptos do fêcêpê, e por isso mesmo, não consigo deixar de estranhar algumas movimentações que, nesta fase do campeonato, só podem ser consideradas completamente despropositadas, cujo intento é bastante perceptível mas muito pouco inteligente.

Sejamos realistas: apesar da excelente qualidade evidenciada por alguns dos nossos jogadores, existem outras equipas nacionais bastante mais poderosas que a nossa. Mesmo que Scolari, conforme os gostos, seleccionasse Quaresma, Moutinho, ou Manuel Fernandes, a realidade é que as nossas hipóteses de vencer a competição, ou de chegar à final, são sempre diminutas. Mas como o futebol não é uma ciência exacta, o mais sensato - nesta fase - é apoiar a nossa Selecção.
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Actividades legislativas

Escrever uma lei?! Isso qualquer um faz, até os senhores deputados.

(mais um post que se gaba de não pagar direitos de autor)
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Cenas da vida real


A senhora da cantina estava desolada. Ninguém levava o peixinho? Deu tanto trabalho a fazer.
Lá levei o prato de peixe. O tipo que se seguia também levou peixe. Aqui está um exemplo de como as palavras mais simples podem ser as mais eficazes.
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Blogo-análise*

Pois, para mim, o mais difícil nisto da blogosfera são os títulos. Aprecio posts sem título, desde que usados com moderação, como faz o Luis. Até porque mesmo posts curtos têm muito a ganhar com bons títulos. Basta vermos este exemplo, e este e este.

*Nova rubrica, de periodicidade absolutamente irregular.
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Coisas que eu gostava de ler no GR

A opinião dos cidadãos luso-espanhóis sobre o Scolari.

Aquele Ruaquim se não nascesse tinha que ser inventado - a bem da nação.
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Cinema, Música e Dança (4): Saturday Night Fever



Bee Gees: You Should Be Dancing
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histórias do vagabundeio #6

um qwertiano estima sempre quem le põe em panorama um misticismo.
e o sucedimento acomodou-se hodiernamente logo pela matina.
uma aparição d’abrolho
amandando faíscas de um vermelho fluorescente
abençoando-nos as pupilas
corrigindo o engrenado.
o abalo foi notariamente desdenhoso dos assuntos já cursados.

e perante estas mitografias infestadas de pecadilhos capitais, só nos resta bem-fadar nossa senhora de fátima, por nalguma mezinha, se ter alembrado do ilusório qwertiano.
já são próximo d’onze horas e ainda se m'acometem ao orifício inconclusivo, sementes escusadas.
perante um simbólico destes os qwertianos resolveram petiçar também, pois obstante não há espantosos assuntos igualitários.
singnatários da petiçura:
zé das couves
fernanda da burra
albertino bate-chapas
carlos funerário
alberto marceneiro
a peixeira
zé pardal
edite merceeira
lurdes do caboco
e coisa e tal pois finou-se a nomenclatura da linhagem azul.

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Quando constato o que certas pessoas já me pediram para fazer pela democracia fico assombrado ... o que é que eles não me pediriam para fazer pela ditadura?
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Mentes brilhantes





















Ainda pegando neste incontornável tema… mas quem são as mentes brilhantes que assinam uma petição como esta com o campeonato do mundo à porta? Estrangeiros?
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quarta-feira, maio 17, 2006

Cinema, Música e Dança (3): Footloose



Kenny Loggins: Footloose
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Ainda a polémica que não me interessa nada

Por que é que quem está na SIC-Notícias a discutir a proposta do PS é Nuno Melo, e não um representante da Igreja?
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de bem com a vida e com o mundo...

Como vi dançar no Zimbabué
Quero também contigo gingar
Uma dança nova
Mistura de semba com samba
De mambo com rumba
Tu mão na minha
E a minha na tua

Sara Tavares, "Balancê" (2005)

Sara Tavares foi a convidada desta semana de Ana Sousa Dias no "Por Outro Lado" da dois: Uma portuguesa de Cabo Verde ou uma cabo verdiana de Portugal... Não faz questão de distinguir. A sua vida foi construída cá, mas os seus genes são de Cabo Verde. Tem tentado, e conseguido, conciliar as duas pátrias. A oportunidade dada pelo "Chuva de Estrelas" e pelo Festival da Canção foi agarrada da melhor maneira e, dispensando todas as manias de vedeta, caminhou numa busca pelo seu próprio estilo, que tem vindo a encontrar nas suas raízes africanas. Em toda a entrevista respirou-se a serenidade, a paz e a tranquilidade de quem sabe estar grato por aquilo que tem, mas sempre consciente do trabalho necessário para o alcançar. Já vão fazendo falta pessoas assim: de bem com a vida e com o mundo!...
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Aqui está...

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selecção

Já não há pachorra! Que comecem as hostilidades tão depressa quanto possível.
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Causas

Sempre desconfiei de leis aprovadas por amplas maiorias. Consenso aqui, consenso acolá, e acaba por sair uma misturada comodista, que desagrada a muitos. A nova lei da procriação médica assistida parece ser mais um exemplo típico. Sobre isso, leia-se esta carta aberta.
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Como evitar fracassos

Do Diário de Notícias de hoje (indisponível on-line):
«(...) a editora Guerra e Paz está a preparar outro evento original: um concerto de Boss AC no CCB (dia 21, às 17 horas), para lançar dois livros juvenis. Só haverá música, porém, caso se mobilizem pelo menos dois mil fãs do rapper.» (negrito meu)
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Portugal é um país curioso



Aqui, o único seleccionador que nos levou a uma final de uma grande competição internacional leva com um abaixo-assinado furioso por, entre outros crimes medonhos, não ter convocado um jogador de 20 anos que parece que será o futuro Maradona - e vai bem lançado, pois o genuíno também não foi convocado para o mundial, sendo júnior.
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os figurantes

rodopiam as folhas do plátano
palram as crianças
pipilam os pássaros
lavrando os campos.
sete e quarenta e cinco no sino da aldeia
descansam os defuntos!
dióxido de carbono na zona industrial
rotundas engordando a avenida
e palmeiras, quarenta e sete palmeiras!
ribanceiras ataviando cacos velhos
caixas adornando o eco ponto.
insurgem-se os comerciantes
increpando o dinossauro.
e o dia enlaçando os figurantes.

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terça-feira, maio 16, 2006

Cinema, Música e Dança (2): Pulp Fiction



Dick Dale and His Del-Tones, Misirlou
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sabedoria infantil

Conversa entre miúdas da primária:
- No outro dia a professora mandou-me escrever em duas folhas inteirinhas que não podia atirar papéis para o chão.
- E como é que tu fizeste?...
- Então... escrevi!
- Mas tens é de fazer como eu... a letra muuuuuuito grande! Assim escreves menos vezes!
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Notícias blogosféricas

O Rui Fernandes juntou-se à Esquerda Republicana.

O Rui escreve coisas muito interessantes, especialmente sobre política internacional. Será interessante acompanhar o retorno do Rui à bloga colectiva ...
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Aqui o Je vai andar um pouquito ocupado até ao dia 29.
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À falta de melhor

Deco foi galardoado com o prémio de "Melhor Atleta Português no Estrangeiro"...
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